sábado, 30 de dezembro de 2017
A terminar o ano 2017
Ano de 2017 deve terminar entre os três anos mais quentes do registo histórico
quarta-feira, 20 de dezembro de 2017
Metafora: o rio e o oceano
O rio e o oceano
Diz-se que mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme de medo. Olha para trás, para toda a jornada, os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira, o rio não pode voltar. Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na existência. Você pode apenas ir em frente. O rio precisa se arriscar e entrar no oceano. E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece. Porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano.
Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento. Assim somos nós. Só podemos ir em frente e arriscar. Coragem! Avance firme e torne-se Oceano!
domingo, 17 de dezembro de 2017
Aldeias do Xisto
De regresso ás viagens
Talasnal - - Lousã - Distrito de Coimbra
Está é, desde há muito, a Aldeia do Xisto da Serra da Lousã que tem dado mais visibilidade e carisma ao conjunto. Pela sua dimensão e disposição, mas também pelos muitos pormenores das recuperações das suas casas. Descobrir esta aldeia representa mergulhar no mundo mágico da Serra da Lousã e embrenhar-se numa vegetação luxuriante por onde espreitam veados, corços, javalis e muitas outras espécies. Aqui reina a Natureza, sensível, que pede respeito. Mas que permite inúmeras possibilidades de lazer e de desportos ativos. Aqui sente-se o pulsar da terra e a sua comunhão com os homens quando se avistam ao longe as aldeias. Parecem ter nascido do solo xistoso, naturalmente, como as árvores. A ruela principal acompanha o declive da encosta, num percurso íngreme. Dela derivam quelhas e becos, que criam um ambiente de descoberta que todos gostam de explorar à espera da surpresa de um novo recanto.
sábado, 9 de dezembro de 2017
“Bonecos de Estremoz”
Os "Bonecos de Estremoz" foram classificados como Património Cultural Imaterial da UNESCOA arte popular tem mais de 300 anos de história.A UNESCO classificou esta quinta-feira "07/12/2017 como Património Cultural Imaterial da Humanidade a produção dos “Bonecos de Estremoz”, em barro, uma arte popular com mais de três séculos.
A classificação da “Produção de Figurado em Barro de Estremoz”, vulgarmente conhecida como “Bonecos de Estremoz”, foi decidida na 12.ª Reunião do Comité Intergovernamental da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) para Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, que decorre na Ilha Jeju, na Coreia do Sul, até sábado.
A decisão, que ocorreu pelas 01:05 (hora de Lisboa), foi bastante celebrada pela comitiva portuguesa que durante os festejos exibiu exemplares de “Bonecos de Estremoz”.
Os “Bonecos de Estremoz” pertencem a uma arte de caráter popular, com mais de 300 anos de história, tendo sido o primeiro figurado do mundo a merecer a distinção de Património Cultural Imaterial da Humanidade, na sequência da candidatura apresentada pela Câmara Municipal de Estremoz, no distrito de Évora.
A candidatura teve como responsável técnico o diretor do Museu Municipal de Estremoz, Hugo Guerreiro.
Com mais de uma centena de figuras diferentes inventariadas, a arte, a que se dedicam vários artesãos do concelho, consiste na modelação de uma figura em barro cozido, policromado e efetuada manualmente, segundo uma técnica com origem pelo menos no século XVII.
Em Estremoz, trabalham atualmente nesta arte emblemática Afonso e Matilde Ginja, Célia Freitas, Duarte Catela, Fátima Estróia, Irmãs Flores, Isabel Pires, Jorge da Conceição, Miguel Gomes e Ricardo Fonseca.
Um abraço a todos.
Um abraço a todos.
quinta-feira, 7 de dezembro de 2017
Transpraia "Costa da Caparica" a historia
O Transpraia é um comboio turístico que liga a praia da Costa da Caparica à Fonte da Telha, num trajeto de cerca de 9 kmts à beira do Atlântico num percurso que compreende 4 estações e 15 apeadeiros, tendo sido o primeiro acesso a algumas praias mais remotas para os inúmeros banhistas da altura. |
Inaugurado em 29 de Junho de 1960, é propriedade da empresa Transpraia – Transportes Recreativos da Praia do Sol, Lda, opera no litoral do concelho de Almada e foi um projeto de Casimiro, hoje administrado pelo filho António Pinto da Silva.
Casimiro, exímio atirador de tiro ao voo, investiu o dinheiro dos seus prémios neste projeto.
A ideia de criar o Transpraia nasceu dos 4 anos vividos em Santo António da Caparica por motivos medicinais devido ao iodo desta praia para curar as amigdalites da sua filha mais nova.
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No regresso da 1ª viagem houve festa e um cortejo que percorreu a Rua dos Pescadores com a banda a acompanhar.
À época escrevia o o Diário de Notícias que ao almoço e aos "brindes", "falou em nome da Transpraia o Sr. Dr. Canas Cardim, que a exemplo do que já fizera no início da viagem, saudou os visitantes e disse que a obra iniciada era um dos muitos sonhos que a sociedade pensa realizar para o progresso da Costa da Caparica", acrescentando: "Quem nos dera ser vivos, daqui a poucos anos, para assistir à transformação total desta região maravilhosa, quem sabe, talvez impulsionada por estas pequenas máquinas Diesel, rastilho do nosso empreendimento!"
Com o Transpraia muitas vidas se cruzaram, Carlos Alberto foi inicialmente cobrador, depois maquinista, tendo chegado a encarregado, desde o tempo em que vendia bilhetes a dez tostões, quando só existiam duas praias, a Costa e a Fonte da Telha.
Quando quase ninguém tinha carro, todos ficavam na praia da vila, mas o Transpraia trouxe a oportunidade de um dia de praia em família com apenas meia hora de viagem.
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As praias da costa foram desbravadas com o tempo e com a ajuda do Transpraia que, de Junho a Setembro das 09:00 às 20:00, foi dando a conhecer a beleza natural da Costa do Sol, e das novas praias, tendo lá chegado antes de qualquer outro.
No pós-25 de Abril houve um boom de clientes que faziam filas enormes para os bilhetes, criando conflitos, empurrões e discussões quando um comboio chegava, obrigando à frequente intervenção da Policia Marítima, não havia lugares vazios e quase subiam para o tejadilho.
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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017
Passando pela Trafaria
A Praia da Trafaria possui uma língua de areal extensa e pertence à foz do Rio Tejo pela margem Sul. Situa-se na frente urbana de mar da localidade piscatória que lhe dá nome.
As areias e águas desta praia são utilizadas pelos pescadores para recolherem as suas embarcações.
Os silos de armazenagem de graneis sólidos e alimentares e o terminal de carga e descarga operados pela Silopor dominam a paisagem, tamanha a sua envergadura.
A vista sobre Lisboa e a emblemática Torre de Belém são o principal atrativo.
Passeio Ribeirinho da Trafaria
Este passeio ribeirinho, junto às margens do Tejo, é pautado por calçada portuguesa e uma zona de esplanadas, bem como iluminação que permite passeios noturnos numa zona de rara beleza que possibilita o deleite nas imagens que o estuário do rio nos oferece.
sexta-feira, 1 de dezembro de 2017
Não Digas Nada!
“Não Digas Nada!” por Fernando Pessoa
Não digas nada!
Nem mesmo a verdade
Há tanta suavidade em nada se dizer
E tudo se entender —
Tudo metade
De sentir e de ver…
Não digas nada
Deixa esquecer
Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada…
Mas ali fui feliz
Não digas nada.
Fernando Pessoa, in “Cancioneiro”
Fernando Pessoa foi um dos mais importantes escritores e poetas do modernismo em Portugal. Nasceu em 13 de junho de 1888 na cidade de Lisboa (Portugal) e morreu, na mesma cidade, em 30 de novembro de 1935. É mundialmente conhecido como poeta dos heterônimos.
Nem mesmo a verdade
Há tanta suavidade em nada se dizer
E tudo se entender —
Tudo metade
De sentir e de ver…
Não digas nada
Deixa esquecer
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada…
Mas ali fui feliz
Não digas nada.
Fernando Pessoa foi um dos mais importantes escritores e poetas do modernismo em Portugal. Nasceu em 13 de junho de 1888 na cidade de Lisboa (Portugal) e morreu, na mesma cidade, em 30 de novembro de 1935. É mundialmente conhecido como poeta dos heterônimos.
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