segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

FORTE DE S.SEBASTIÃO DA CAPARICA

A Torre Velha, situada na margem sul do rio Tejo, foi mandada erigir por D. João II, no lugar do antigo Forte da Caparica, construído no reinado de D. João I. A sua estrutura original, segundo as gravuras de Garcia de Resende, era composta por uma torre e um baluarte, no mesmo modelo desenvolvido alguns anos depois na Roqueta de Viana do Castelo e na Torre de Belém.
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       Em 1571, à semelhança do que aconteceu com diversos fortes ao longo da costa portuguesa, D. Sebastião mandou reformar a torre, ficando responsável pela obra Afonso Álvares, cujo projecto a transformou numa fortaleza de maiores dimensões.

Nessa época passou a ser designada por Fortaleza de São Sebastião da Caparica. Entre 1580 e 1640 ficava conhecida como Torre dos Castelhanos, sofrendo alterações estruturais durante a dinastia filipina. A fortaleza que chegou aos dias de hoje mantém as partes fundamentais existentes em meados do século XVII, como comprova uma planta desenhada em 1692 (IAN/TT, Col. Casa de Cadaval). A planta da fortificação desenvolve-se em U, composta por três corpos, e três baluartes com casernas. Uma das extremidades do forte é prolongado por um baluarte e pela torre de vigia. Junto à porta de armas foi edificada a capela, dedicada a São Sebastião. O corpo central da Torre Velha é de planta quadrangular, rebaixada, à qual foi adossada a casa do governador. A antiga porta da praça, junto à torre, ostenta escudo com as armas de Portugal.
No final do século XVIII a fortaleza voltava a receber obras, possivelmente de consolidação, dirigidas pelo coronel Francisco D'Alincourt (SOUSA,Raul,1997). Em 1801 as fortalezas da margem sul do Tejo eram desactivadas, e alguns anos depois a Torre Velha foi transformada em lazareto, destinado a abrigar passageiros e tripulantes que necessitassem ficar em quarentena. No ano de 1832 a torre voltava a ser remodelada e reactivada, mas no final do século XIX servia apenas como depósito e alojamento. A Fortaleza da Torre Velha é um dos mais importantes exemplares da arquitectura militar renascentista portuguesa, uma vez que foi dos primeiros sistemas integrados de artilharia para defesa da barra de um estuário desenvolvidos em Portugal nos finais do século XV, inícios do século XVI, formando uma "defesa tripartida" da barra do Tejo juntamente com o baluarte de Cascais e a Torre de Belém.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Seca na Europa faz rios revelarem pedras com gravuras preocupantes

A Europa está passando por um momento de seca, e junto com essa crise, coisas assustadoras começaram a aparecer, como contornos misteriosos em pedras feitos por sociedades antigas que foram deixados ali por um único motivo: alertar a todos!



Essas pedras com escritas são conhecidas como ‘pedras da fome’ e as primeiras surgiram na República Tcheca logo após uma forte seca que ainda se faz presente na Europa Central, de acordo com informações colhidas pelo portal AP News.
As pedras estão no rio Elbo e pela tradição, deveriam permanecer abaixo do nível rio, entretanto, com o recorde de seca que assola a região, as rochas com as palavras grifadas vieram a tona mais uma vez.



Em torno de Děčín é possível avistar seis pedras da fome, e segundo guias turísticos, a primeira gravura foi feita em 1616 e está escrito: “Wenn du mich siehst, dann weine” (Se você me vir, chore). É ou não é assustador?

Algumas outras trazem dizeres como “Nós choramos e você vai chorar”, e “Quem uma vez me viu, chorou. Quem me vê agora vai chorar”.


Há uma série de razões para que todos esses ataques sinistros de choro existam, uma delas é que quando essas pedras ficam visíveis, é sinal de colheita ruim, falta de comida e preços mais altos, por conta da falta d’água.
Além disso, quando o nível da água diminui, o transporte fluvial torna-se mais difícil, ameaçando o sustento das famílias que vivem ao longo da costa.

7/Janeiro/2019

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Os filhos são o motor que nos impulsiona a continuar, não importa o que aconteça

Os filhos, aqueles seres que trazemos ao mundo em milhares de sonhos e projetos, muitas vezes tornam-se tudo o que precisamos para nos levantar e seguir em frente. Certamente todos nós temos aquela força interior que nos impulsiona, que nos motiva, mas quando temos filhos, esse estímulo se multiplica e vemos como nossas habilidades se multiplicam, como nossas forças vêm de onde não sabemos e como podemos continuar, não importa o que aconteça.
             

Existem muitos tipos de amor, mas somente quem tem filhos entende a motivação que eles representam, o impulso que eles dão e a impossibilidade de se render a qualquer circunstância, não apenas por querer dar-lhes o melhor, incluindo o melhor exemplo, mas por causa da necessidade de tornar suas vidas melhores, e quando os pais estão bem, os filhos estão bem.
Não importa quantos anos eles tenham, nós somos o suporte natural de nossos filhos e de qualquer forma eles entendem e percebem quando não estamos passando por um bom tempo. Então, deixar qualquer situação negativa se torna uma prioridade para os pais.
Muitas vezes podemos sentir que o mundo desmorona diante de nossos olhos, mas depois nos voltamos e vemos aquele olhar daquele ser que veio de nós e tudo muda, sabemos que não precisamos de nada mais do que aquela força que nos faz sentir importante na vida daqueles que mais amamos e para eles a nossa visão do mundo, mesmo desmoronando, simplesmente muda.
A vida tem um significado particular para cada pessoa e propósitos muito variáveis, mas quem tem filhos sabe que há um antes e um depois, que as prioridades mudam, que queremos ser melhores a cada dia, de uma necessidade diferente, já não se trata apenas de nós, mas de alguém que veio através de nós e cujo mundo e visão dependerão em grande parte do que nós, como pais, podemos mostrar a ele.
Se você está passando por um momento ruim, você tem filhos e ainda não consegue encontrar a força para se levantar ou seguir em frente, inicie aquele motor natural que é ativado apenas olhando nos olhos daquele ser que confia em nós, até mais do que podemos fazer por nós mesmos, tenha em mente que seus passos não apenas determinam seu caminho, mas de longe determinarão a vida daqueles pequeninos que trouxemos ao mundo. Agradeça àquela energia que não precisa de muito para ativar e continua o caminho.

domingo, 13 de janeiro de 2019

Onde está a acontecer o aquecimento global?

"Olhem para os oceanos"
Temperaturas sobem mais que o previsto:
O aquecimento dos oceanos é um marcador crítico das alterações climáticas porque se estima que 93% do excesso de energia solar retida pelos gases com efeito de estufa se acumula nos oceanos.


A temperatura dos oceanos no mundo continua a aquecer, e segundo os cientistas, mais rapidamente do que estava previsto. No mais recente relatório publicado pela revista ”Science” é possível concluir que os oceanos continuam a aquecer em média 40% mais rápido do que havia sido estipulado no painel das Nações Unidas há cinco anos. Os investigadores também concluíram que as temperaturas do oceano quebraram recordes durante vários anos consecutivos.


“Se se quiser saber onde está a acontecer o aquecimento global, há que olhar para os oceanos”, disse Zeke Hausfather, da Universidade da Califórnia, co-autor da análise.

“Enquanto 2018 será o quatro ano mais quente registado à superfície, deverá ser também o mais quente já registado nos oceanos, como foram 2017 e 2016”, disse Hausfather.
À medida que o planeta foi aquecendo, os oceanos tiveram um papel de amortecedor, absorvendo 93% do calor aprisionado pelos gases estufa que continuamente bombardeiam a atmosfera.
“Se o oceano não absorvesse tanto calor, a superfície da terra já teria aquecido muito mais rapidamente”, disse Malin L. Pinsky, professor associado do departamento de ecologia, evolução e recursos naturais da Universidade Rutgers, na Nova Jérsia. “Na verdade, o oceano está a salvar-nos do atual aquecimento na Terra”, esclareceu.
Mas as altas temperaturas da água estão, na verdade, a matar os ecossistemas marinhos e a aumentar os níveis do mar, o que faz com que as catástrofes naturais marinhas sejam cada vez mais fatais.
Enquanto os oceanos continuam a aquecer, esses efeitos tornam-se cada vez mais catastróficos, dizem os cientistas. Tempestades como o furacão Harvey em 2017 e o furacão Florence em 2018 vão-se tornar mais comuns, e os litorais irão sofrer inundações com maior frequência.
Os recifes corais, cujas populações de peixes são fontes de alimento para centenas de milhões de pessoas, ficarão sob pressão. Actualmente, mais de metade dos recifes corais já foram destruídos.

Além da análise de estudos anteriores, a análise tem em conta os dados do programa Argo, uma frota de quase 4.000 robots flutuantes que vagueia nos oceanos e que ciclicamente vai mergulhando a dois mil metros e mede as temperaturas, o ph, ou a salinidade, transmitindo depois esses dados para estações em terra. O Argo fornece dados desde a década passada.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

A ponte que foi uma miragem recente sobre o rio Coina.

(E a historia da que já lá esteve:)

Barreiro desistiu da construção da ponte ciclável e pedonal entre esta cidade e o Seixal que estava prevista num protocolo assinado desde 2017. O investimento camarário vai ser direcionado para a construção de uma rotunda junto ao terminal dos barcos que fazem a ligação a Lisboa para o aumento de espaço para peões e área verde junto a esta estação e à construção de uma ciclovia.



 A historia da que já lá esteve:


O caminho de ferro do Barreiro ao Seixal foi o 156° troço de via férrea construído no país desde a fundação dos Caminhos de Ferro Portugueses em 1856, no reinado de D. Pedro V – troço de Lisboa ao Carregado.
Para a construção da via foi feita uma ponte sobre o rio Coina, tendo sido inaugurada a sua exploração, no dia 29 de Julho de 1923, até à estação do Seixal, e previa-se a conclusão do ramal Barreiro – Cacilhas. O projecto parou em 1925, e a Ponte Seixal – Ponta dos Corvos sobre o rio Judeu, acabou por não ter utilidade, tendo os tramos completos sido desmontados e utilizados na ponte rodoviária de Alcácer do Sal (substituindo a velha ponte de madeira)












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segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Silêncio e Memória 23 Prémios Nobel de Literatura

10 Dezembro 2018 a 24 Fevereiro 2019

Silêncio e Memória — 23 Prémios Nobel de Literatura acolhe mais de 160 fotografias de Kim Manresa e  excertos das entrevistas realizadas por Xavi Ayéna a 23 dos Prémios Nobel, numa atmosfera que reproduz a cumplicidade e a intimidade que foi sendo gerada entre os artistas e os escritores, num trabalho iniciado em 2005.
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Para reforçar esta ligação com a literatura, existem pontos de leitura onde os visitantes poderão ler os pensamentos, as ideias, as palavras dos 23 laureados, num ambiente pensado para esse efeito.
A exposição está integrada nas celebrações dos 20 anos da atribuição do Nobel a José Saramago. Durante o período de abertura ao publico terá lugar na Fundação José Saramago, um programa paralelo, em parceria com a Embaixada da Suécia em Portugal, com conferências sobre alguns destes escritores. Silêncio e memória, dois conceitos através dos quais se celebra José Saramago, a Cultura e, sobretudo, a Literatura a nível global com a representação de 21 países.