acosta-Almada Portugal: Almada; Mostra de Teatro

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Almada; Mostra de Teatro

Dezanove peças, oito das quais em estreia, de dezassete companhias, preenchem a programação da 18.ª Mostra de Teatro de Almada, a decorrer de 07 a 23 deste mês, nesta cidade do distrito de Setúbal, anunciou a organização.

A Mostra de Teatro de Almada, que integra grupos profissionais e amadores, é uma iniciativa da Câmara Municipal de Almada e dos grupos de teatro do concelho.

Os espetáculos vão realizar-se em salas do concelho, nomeadamente o Cineteatro da Academia Almadense, a Sociedade Filarmónica Incrível Almadense, o Teatro Extremo, os Recreios Desportivos da Trafaria, o Auditório Pluricoop, a Casa da Cerca, a Biblioteca Municipal Maria Lamas e o Teatro Municipal Joaquim Benite.

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Almada-Parque da Paz

Esperam-no 60 hectares de área verde, composta por diferentes espaços, uns amplos, outros intimistas, que nos fazem perder a noção do tempo.

Caminhe até à zona central, uma imensa clareira verde, cercada pelas árvores mais adultas do Parque. Sobreiros, pinheiros e azinheiras

Sinta o arrepio fresco do som da água provoca antes de sair deste esconderijo, mas no cruzamento vire à esquerda para ir ao encontro do grande lago.

Passe pelo edifício dos sanitários, do seu lado direito e aproxime-se da água, onde uma centena de aves se concentram, indiferentes à presença humana.

Quando acabar este percurso passe pelo imenso monumento de aço corten de José Aurélio. Os seus braços de aço corten parecem conquistar o espaço em redor, livres e hirtos, ondulantes e pontiagudos.

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poema

 Durmo ou não? Passam juntas em minha alma coisas da alma e da vida em confusão, Nesta mistura atribulada e calma Em que não sei se durmo ou não.  Sou dois seres e duas consciências Como dois homens indo braço-dado. Sonolento revolvo omnisciências, Turbulentamente estagnado.  Mas, lento, vago, emerjo de meu dois. Disperto. Enfim: sou um, na realidade. Espreguiço-me. Estou bem... Porquê depois, De quê, esta vaga saudade?                       Fernando Pessoa  «««««««««««««««««««««««««««««««

poema

  O que há em mim é sobretudo cansaço Não disto nem daquilo, Nem sequer de tudo ou de nada: Cansaço assim mesmo, ele mesmo, Cansaço.  A subtileza das sensações inúteis, As paixões violentas por coisa nenhuma, Os amores intensos por o suposto alguém. Essas coisas todas - Essas e o que faz falta nelas eternamente -; Tudo isso faz um cansaço, Este cansaço, Cansaço.  Há sem dúvida quem ame o infinito, Há sem dúvida quem deseje o impossível, Há sem dúvida quem não queira nada - Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles: Porque eu amo infinitamente o finito, Porque eu desejo impossivelmente o possível, Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, Ou até se não puder ser...  E o resultado? Para eles a vida vivida ou sonhada, Para eles o sonho sonhado ou vivido, Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto... Para mim só um grande, um profundo, E, ah com que felicidade infecundo, cansaço, Um supremíssimo cansaço. Íssimo, íssimo. íssimo, Cansaço...                        Álvaro de Campos  «««««««««««««««««««««««««««««««