quinta-feira, 27 de abril de 2017

fim - trovante

A "Poesia completa de Mário de Sá-Carneiro""Os mais de 100 anos passados desde a morte de Mário de Sá-Carneiro oferecem-nos a ocasião ideal para revisitar a edição da sua obra, central na geração de Orpheu e absolutamente influente nas sucessivas gerações de escritores portugueses desde então"
 
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Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!

Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro.

                       Mário de Sá Carneiro


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