domingo, 22 de abril de 2018

Dia da Terra

Dia da Terra é comemorado anualmente em 22 de abril, em todo planeta.
Também chamado de Dia do Planeta Terra ou Dia da Mãe Terra, esta é uma data para reconhecer a importância do planeta, e para refletir sobre como podemos colaborar para proteger a Terra.

Resultado de imagem para preservar o planeta

O nosso planeta está a ser destruído e se nós não fizermos nada, um dia, nada vai restar. As pessoas que querem ajudar devem dizer às outras para também colaborarem. Mas para isso temos de respeitar a Natureza obedecendo à política dos 3 r`s que são: reduzir, reutilizar e reciclar.

ORIGEM DO DIA DA TERRA

O Dia da Terra foi comemorado pela primeira vez nos Estados Unidos, no dia 22 de abril de 1970. No primeiro "Dia da Terra", o senador americano Gaylord Nelson (1916-2005) organizou um fórum ambiental que chamou a atenção de 20 milhões de participantes.
Atualmente, o Dia da Terra é comemorado por aproximadamente mais de 500 milhões de pessoas ao redor de todo o mundo.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - Unesco intitula esta data como "Dia Internacional da Mãe Terra".

quinta-feira, 19 de abril de 2018

A sabedoria de Cora Coralina em 4 poemas

 Resultado de imagem para Cora Coralina

Aninha e suas pedras
Não te deixes destruir…
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.
Rumos errados
A caminhada …
Amassando a terra.
Carreando pedras.
Construindo com as mãos
sangrando
a minha vida.
Deserta a longa estrada.
Mortas as mãos viris
que se estendiam às minhas.
Dentro da mata bruta
leiteando imensos vegetais,
cavalgando o negro corcel da febre,
desmontado para sempre.
Passa a falange dos mortos …
Silêncio! Os namorados dormem.
Os poetas cobriram as liras.
Flutuam véus roxos
no espaço.
Não sei
Não sei…
se a vida é curta
ou longa demais para nós.
Mas sei que nada do que vivemos
tem sentido,
se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que sacia,
amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo:
é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
não seja nem curta,
nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira e pura…
enquanto durar.
Humildade
Senhor, fazei com que eu aceite
minha pobreza tal como sempre foi.
Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.
Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura
numa terra sedenta
e num telhado velho.
Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa.”
Cora Coralina, poetisa goiana.

terça-feira, 17 de abril de 2018

Hoje Lembrei:

Carlos Paredes, figura incontornável da música portuguesa


 Carlos Paredes (Coimbra, 16 de Fevereiro de 1925 — Lisboa, 23 de Julho de 2004), foi um compositor e guitarrista português. Ele era conhecido como O mestre da guitarra portuguesa ou O homem dos mil dedos.


Imagem relacionada

Foi um dos grandes guitarristas e é um símbolo ímpar da cultura portuguesa. É um dos principais responsáveis pela divulgação e popularidade da guitarra portuguesa e grande compositor.
Ao contrário do que muitos pensam, Carlos Paredes é um guitarrista tipicamente de Coimbra, para além das influências dos seus antepassados - pais, avós, tios, todos eles exímios guitarristas de Coimbra - a guitarra é de Coimbra, a afinação é de Coimbra e mesmo o estilo é tipicamente Coimbrão. Vida Filho, neto e bisneto dos famosos guitarristas Artur, Gonçalo Paredes e José Paredes, ele começou a estudar guitarra portuguesa aos quatro anos com o seu pai, embora a mãe preferisse que o filho se dedicasse ao piano, frequenta o Liceu Passos Manuel, começando também a ter aulas de violino na Academia de Amadores de Música.
Na sua última entrevista, recorda: "Em pequeno, a minha mãe, coitadita, arranjou-me duas professoras de violino e piano. Eram senhoras muito cultas a quem devo a cultura musical que tenho". Em 1934, muda-se para Lisboa com a família, e abandona o violino para se dedicar, sob a orientação do pai, completamente à guitarra. Carlos Paredes fala com saudades desses tempos: "Neste anos, creio que inventei muita coisa.
Criei uma forma de tocar muito própria que é diferente da do meu pai, do meu avô, bisavô e tetratavô". Carlos Paredes inicia em 1939 uma colaboração regular num programa de Artur Paredes na Emissora Nacional e termina os estudos secundários num colégio particular. Em 1943 faz exame de admissão ao Curso Industrial do Instituto Superior Técnico, que não chegou a concluir e inscreve-se nas aulas de canto da Juventude Musical Portuguesa, tornando-se em 1949 funcionário administrativo do Hospital de S. José.
Em 1957 grava o seu primeiro disco, a que chamou simplesmente "Carlos Paredes". Em 1958, é preso pela PIDE por fazer oposição a Salazar, é acusado de pertencer ao Partido Comunista Português, de que era de facto militante, sendo libertado no final de 1959 e expulso da função pública na sequência de julgamento.
Durante este tempo andava de um lado para o outro da cela fingindo tocar música, o que levou os companheiros de prisão a pensar que estaria louco - de facto, o que ele estava a fazer, era compor músicas na sua cabeça.
Quando voltou para o local onde trabalhava no Hospital, uma das ex-colegas, Rosa Semião, recorda-se da mágoa do guitarrista devido à denúncia de que foi alvo: «Para ele foi uma traição, ter sido denunciado por um colega de trabalho do hospital. E contudo, mais tarde, ao cruzar-se com um dos homens que o denunciou, não deixou de o cumprimentar, revelando uma enorme capacidade de perdoar!» Em 1962, é convidado pelo realizador Paulo Rocha, para compor a banda sonora do filme Os Verdes Anos: «Muitos jovens vinham de outras terras para tentarem a sorte em Lisboa.
Isso tinha para mim um grande interesse humano e serviu de inspiração a muitas das minhas músicas. Eram jovens completamente marginalizados, empregadas domésticas, de lojas - Eram precisamente essas pessoas com que eu simpatizava profundamente, pela sua simplicidade». Recebeu um reconhecimento especial por “Os Verdes anos”. Tocou com muitos artistas, incluindo Charlie Haden, Adriano Correia de Oliveira e Carlos do Carmo. Escreveu muitas músicas para filmes e em 1967 gravou o seu primeiro LP "Guitarra Portuguesa".
Quando os presos politicos foram libertados depois do 25 de Abril de 1974, eram vistos como heróis. No entanto, Carlos Paredes sempre recusou esse estatuto, dado pelo povo. Sobre o tempo que foi preso nunca gostou muito de comentar. Dizia «que havia pessoas, que sofreram mais do que eu!». Ele é reintegrado no quadro do Hospital de São José e percorre o país, actuando em sessões culturais, musicais e políticas em simultâneo, mantendo sempre uma vida simples, e por incrível que possa parecer, a sua profissão de arquivista de radiografias.
Várias compilações de gravações de Carlos Paredes são editadas, estando desde 2003 a sua obra completa reunida numa caixa de oito CDs. A sua paixão pela guitarra era tanta que, conta que certa vez, a sua guitarra se perdeu numa viagem de avião e ele confessou a um amigo que «pensou em se suicidar».
Uma doença do sistema nervoso central (mielopatia), impediu-o de tocar durante os últimos 11 anos da sua vida. Morreu em 23 de Julho de 2004 na Fundação Lar Nossa Senhora da Saúde em Lisboa, sendo decretado Luto Nacional.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Talvez um Dia:

Talvez eu venha a envelhecer rápido demais.Mas lutarei para que cada dia tenha valido a pena.

Talvez eu sofra inúmeras desilusões no decorrer de minha vida.Mas farei que elas percam a importância diante dos gestos de amor que encontrei.


Resultado de imagem para talvez um dia


Talvez eu não tenha forças para realizar todos os meus ideais.Mas jamais irei me considerar um derrotado.
Talvez em algum instante eu sofra uma terrível queda.Mas não ficarei por muito tempo olhando para o chão.
Talvez um dia o sol deixe de brilhar.Mas então irei me banhar na chuva.
Talvez um dia eu sofra alguma injustiça.Mas jamais irei assumir o papel de vítima.
Talvez eu tenha que enfrentar alguns inimigos.Mas terei humildade para aceitar as mãos que se estenderão em minha direção.
Talvez numa dessas noites frias, eu derrame muitas lágrimas.Mas não terei vergonha por esse gesto.
Talvez eu seja enganado inúmeras vezes.Mas não deixarei de acreditar que em algum lugar alguém merece a minha confiança.
Talvez com o tempo eu perceba que cometi grandes erros.Mas não desistirei de continuar trilhando meu caminho.
Talvez com o decorrer dos anos eu perca grandes amizades.Mas irei aprender que aqueles que realmente são meus verdadeiros amigos nunca estarão perdidos.
Talvez algumas pessoas queiram o meu mal.Mas irei continuar plantando a semente da fraternidade por onde passar.
Talvez eu fique triste ao concluir que não consigo seguir o ritmo da música.Mas então, farei que a música siga o compasso dos meus passos.
Talvez eu nunca consiga enxergar um arco-íris.Mas aprenderei a desenhar um, nem que seja dentro do meu coração.
Talvez hoje eu me sinta fraco.Mas amanhã irei recomeçar, nem que seja de uma maneira diferente.
Talvez eu não aprenda todas as lições necessárias.Mas terei a consciência que os verdadeiros ensinamentos já estão gravados em minha alma.
Talvez eu me deprima por não ser capaz de saber a letra daquela música.Mas ficarei feliz com as outras capacidades que possuo.
Talvez eu não tenha motivos para grandes comemorações.Mas não deixarei de me alegrar com as pequenas conquistas.
Talvez a vontade de abandonar tudo torne-se a minha companheira.Mas ao invés de fugir, irei correr atrás do que almejo.
Talvez eu não seja exatamente quem gostaria de ser.Mas passarei a admirar quem sou.Porque no final saberei que, mesmo com incontáveis dúvidas, eu sou capaz de construir uma vida melhor.
E se ainda não me convenci disso, é porque como diz aquele ditado: “ainda não chegou o fim”Porque no final não haverá nenhum “talvez” e sim a certeza de que a minha vida valeu a pena e eu fiz o melhor que podia.

Aristóteles Onassis

domingo, 15 de abril de 2018



Podemos estar a ingerir mais de 100 minúsculos fragmentos de plástico em cada refeição que comemos, avisaram os cientistas da Universidade de Heriot-Watt, em Edimburgo

Estas partículas – que podem provir, por exemplo, das roupas de tecidos sintéticos, das alcatifas e dos artigos têxteis de decoração – misturam-se com o pó das casas e caem sobre os pratos das nossas refeições enquanto comemos. 
   Resultado de imagem para Comemos mais de 100 pedaços de plástico
Para o estudo, os cientistas colocaram fita adesiva dentro de placas de Petri e dispuseram-nas na mesa de jantar de três casas, juntamente com os pratos da refeição. Analisando o número de partículas de plástico descobertas nas placas ao fim de uma refeição de 20 minutos, os investigadores calcularam que caíriam 114 fibras deste material nos pratos, durante o mesmo período de tempo.

"
Isto significa que, no curso de um ano, ingerimos entre 13 731 e 68 415 fibras de plástico potencialmente perigosas, devido à sua presença na poeira das casas, concluíram os autores do estudo. "Os investigadores quiseram comparar estes valores à quantidade de fibras de plástico que as pessoas poderão ingerir através do consumo de mexilhão 

Cada mexilhão estudado continha menos de dois microplásticos, o que os levou a calcular que o seu consumo se traduziria na ingestão de 100 microplásticos por ano – um valor muito inferior à quantidade ingerida graças ao pó das casas

“Estes resultados poderão ser surpreendentes para algumas pessoas que talvez esperem que o número de fibras de plástico no peixe e no marisco seja superior ao presente no pó das casas”, disse Ted Henry, professor de toxicologia ambiental e um dos autores do estudo. “Não sabemos de onde estas fibras provêm, mas é provável que seja do interior das casas e do ambiente em sentido mais lato.” 

Para além de poderem ser ingeridas, estas partículas de plástico presentes na poeira também podem ser inaladas. “A maioria das pessoas não terá conhecimento de que há partículas minúsculas de plástico no pó das estradas e no ar”, avisou Tamara Galloway, professora e especialista em ecotoxicologia da Universidade de Exeter. 

“As microfibras de plástico encontradas no pó das nossas casas e no ar que respiramos podem provir dos pneus dos carros, das alcatifas e dos artigos têxteis de decoração, assim como de roupas como os casacos polares”, explicou Julian Kirby, da organização Friends of the Earth

“Estes objetos estão constantemente a libertar minúsculos fragmentos de plástico para o ambiente, à medida que se vão gastando. Precisamos urgentemente que o governo adote um plano de ação para acabar com a poluição por plástico e para investigar os possíveis impactos deste plástico na saúde humana.”

quinta-feira, 5 de abril de 2018

As mulheres realmente são mais fortes que os homens — aponta um novo estudo

Um estudo académico recente apontou o que todo mundo já suspeitava: as mulheres realmente são mais fortes que os homens. A estrutura corporal dá ao homem a condição de ter mais força física, porém isso não significa ter mais resistência. Descobertas científicas indicam que as mulheres, em condições extremas, como fome, epidemias e escravidão, resistem e sobrevivem por mais tempo que eles.
Resultado de imagem para As mulheres realmente são mais fortes que os homens — aponta um novo estudo
Para chegar a esse apontamento, acadêmicos da Universidade do Sul da Dinamarca investigaram alguns casos históricos em que as populações estiveram expostas a situações extremas de dificuldades. Em todos os casos analisados, as mulheres superaram os homens na questão de sobrevivência.
Em situação normal já era confirmado que elas superam eles na expectativa de vida, não apenas pela questão cultural que se refere aos cuidados que elas dedicam mais a sua saúde, mas também por uma questão de favorecimento biológico, ou seja, são biologicamente mais resistentes.
Esse favorecimento biológico se refere às questões hormonais, no qual sugere que os estrogênios, encontrados e maior quantidade nas mulheres, têm efeitos anti inflamatórios, enquanto a testosterona, encontrada em maiores quantidades nos homens, pode realmente suprimir o sistema imunológico.
casos analisados, em que ambos os gêneros tinham um estilo de vida e comportamento social semelhantes, como as freiras enclausuradas e os monges, confirmaram que uma diferença na expectativa de vida ainda persiste, com uma ligeira vantagem para elas.
Também a mortalidade infantil é maior no gênero masculino, em todas as situações sociais analisadas.
Embora esses dados pertencentes às sociedades modernas e ambientes normais já fossem confirmados de há muito tempo, com o resultado de que, salvo por algumas condições sociais em determinado lugares, a regra é de que as mulheres superem os homens, os pesquisadores tinham como objeto descobrir qual gênero era mais resistente em situações anormais de adversidades.
Foram investigados casos como a fome irlandesa de 1845-1849, as epedimias de sarampo da Islândia de 1846 e 1882 e as experiências de escravos liberianos libertos que retornaram à África dos EUA no início do século XIX, onde encontraram um clima de doença muito diferente que matou muitos .
O estudo descobriu que, em todas as populações submetidas à análise, as mulheres apresentavam menor mortalidade em quase todas as idades, até mesmo na faixa etária da infância, comprovando que os meninos eram menos resistentes.
Com base nessas descobertas, os pesquisadores concluíram: “A hipótese de que a vantagem de sobrevivência das mulheres tem fundamentos biológicos fundamentais é sustentada pelo fato de que, em condições muito duras, as mulheres sobrevivem melhor do que os homens, mesmo em idades infantis, quando diferenças comportamentais e sociais podem ser mínimas ou favorecer os homens “.
A autora principal do novo estudo, a professora Virginia Zarulli, escreveu na revista PNAS: “As condições experimentadas pelas pessoas nas populações analisadas foram horríveis. Mesmo que as crises reduzissem a vantagem de sobrevivência feminina na expectativa de vida, as mulheres ainda sobrevivem melhor do que os homens.