Dezembro de 1865.
Quando Manuel Joaquim de Almeida, 1.º Barão de Alenquer, liderava a Câmara de Lisboa, o vereador Polycarpo dos Santos chegou à sessão municipal com uma proposta: colocar árvores na Praça do Comércio que dessem mais sombra a quem passeasse por aquelas bandas. A proposta de Polycarpo foi aceite: as árvores foram plantadas nas laterais do Terreiro do Paço ainda sem folhas e cresceram ao longo de muitos anos até que as copas frondosas dessem sombra verdadeiramente digna desse nome.
Quando Manuel Joaquim de Almeida, 1.º Barão de Alenquer, liderava a Câmara de Lisboa, o vereador Polycarpo dos Santos chegou à sessão municipal com uma proposta: colocar árvores na Praça do Comércio que dessem mais sombra a quem passeasse por aquelas bandas. A proposta de Polycarpo foi aceite: as árvores foram plantadas nas laterais do Terreiro do Paço ainda sem folhas e cresceram ao longo de muitos anos até que as copas frondosas dessem sombra verdadeiramente digna desse nome.
No final do século XIX e durante as primeiras décadas do século XX, as sombras das árvores cobriam boa parte dos passeios nas alas laterais do conjunto da praça pombalina. Em 1895, quando a reforma da arborização da praça ainda estava a decorrer, um Ofício ordenou a colocação de bancos de pedra debaixo das árvores: como eram muito caros — custavam 120 mil réis cada um –, foram colocados apenas seis bancos no primeiro ano e mais seis no segundo ano.
Mas foi sol (neste caso, sombra) de pouca dura. Nos anos 20, a Real Associação de Arquitectos começou a pressionar a Câmara, então liderada por Pedro Augusto Franco, 1.º Conde do Restelo, para retirar os bancos e as árvores da Praça do Comércio. A instituição dizia que as copas das árvores eram demasiado grandes e que quem estivesse no centro da praça não conseguiria ver as arcadas e as janelas do Terreiro do Paço. A Câmara cedeu à pressão da associação e, na segunda década do século XX, arrancou as árvores e retirou os bancos. E a Praça do Comércio ficou com o aspecto que hoje conhecemos.