Na conceção e planeamento estratégico da defesa do litoral Português, em geral, e do porto de Lisboa, em particular, surgiu como imperativo claro em meados do século XVI, que a defesa marítima de Lisboa deveria avançar até à foz do Tejo, de modo a tirar partido das dificuldades naturais que a sua barra colocava à navegação.
A sequência dos ataques da pirataria francesa e turca, sobretudo em 1552 e 1556, veio demonstrar a necessidade de reforçar a defesa do litoral, julgando-se que a decisão de “fortificar” S. Julião da Barra tenha ocorrido em 1556, ainda no reinado de D. João III e, posteriormente retomada em 1559 por iniciativa de D.ª Catarina.
A construção da fortaleza de S. Julião da Barra, veio confirmar a importância do extenso areal que lhe ficava fronteiro, dito da Cabeça Seca, julgando-se que os primeiros projectos para construção de um forte no baixio, terão sido da autoria de Francisco de Holanda, em 1571.
A consolidação da intenção, assim como os respectivos projectos e ensaios para a construção do Forte de S. Lourenço da Cabeça Seca, ter-se-ão iniciado por volta de 1590, sob a direcção do frade servita João Vicenzo Casale, mandado vir de Nápoles por Filipe I.
Seguiu-se-lhe na conceção e direcção das obras, Leonardo Turriano, igualmente de origem italiana, que foi arquitecto-geral do Reino, tendo como assistente o engenheiro António Simões.
O isolamento dos faroleiros era quebrado uma vez por mês, quando se deslocavam a terra para adquirir mantimentos. Porém, entre finais do século XIX e inícios do século XX, o degredo dos faroleiros foi amenizado pelo fenómeno do assoreamento do cachopo sul da barra do Tejo, atingindo proporções gigantescas e permitindo, no período da baixa-mar, a comunicação pedestre com a praia da Trafaria, existindo relatos de peregrinações das povoações ribeirinhas entre Cacilhas e Trafaria, à capela do forte, a qual era mantida pelas mulheres dos faroleiros.
O Forte e Torre de S. Lourenço foi classificado como imóvel de interesse público pelo Decreto nº 41191, de 18 Julho de 1957, sendo reconhecido o seu valor histórico e cultural.Em 1959 o farol foi electrificado, com recurso à montagem de grupos electrogéneos passando a utilizar uma lâmpada de 500W/110V e, em 1960 entrou em funcionamento um novo sinal sonoro (nautofone).Enquadrado no plano de automatizações, substituiu-se em 1981 o aparelho ótico, por um pedestal rotativo de óticas seladas (PRB), sendo também montado um sistema de tele-sinalização e um detetor de nevoeiro, passando o farol a ser tele-controlado a partir da Central da Direcção de Faróis.
Na sequência da automatização do farol e da implantação do sistema de telecontrolo, o Farol do Bugio deixou de estar guarnecido por pessoal faroleiro em 1982.
Em 1994, o farol sofreu nova remodelação, tendo sido retirado a ótica PRB 21 e montada uma lanterna ótica ML 300, a funcionar a energia solar.No Inverno de 1993, a acção violenta do mar, fez derrubar uma parte significativa da plataforma inferior do forte, situação que se foi agudizando nos anos seguintes e exigindo urgentes acções profundas de reparação e restauro.Finalmente, entre 1997 e 2001, sob a égide da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, decorreram as obras de restauro, cobrindo o enrocamento do forte, as cantarias de pedra e alvenarias e as muralhas, tendo sido construído um robusto molhe circular e um novo cais de acostagem.
Em 16 de Julho de 2008, foi retirada a lanterna ML 300 e substituída por uma Vega VLB44 8 Tiras Dupla Vm, controlador de carga 2 – PROSTAR, e 4 painéis solares BP380J, aumentando o alcance luminoso para 15 milhas.
(foto tirada da net)
Seguiu-se-lhe na conceção e direcção das obras, Leonardo Turriano, igualmente de origem italiana, que foi arquitecto-geral do Reino, tendo como assistente o engenheiro António Simões.
O isolamento dos faroleiros era quebrado uma vez por mês, quando se deslocavam a terra para adquirir mantimentos. Porém, entre finais do século XIX e inícios do século XX, o degredo dos faroleiros foi amenizado pelo fenómeno do assoreamento do cachopo sul da barra do Tejo, atingindo proporções gigantescas e permitindo, no período da baixa-mar, a comunicação pedestre com a praia da Trafaria, existindo relatos de peregrinações das povoações ribeirinhas entre Cacilhas e Trafaria, à capela do forte, a qual era mantida pelas mulheres dos faroleiros.
Em 1994, o farol sofreu nova remodelação, tendo sido retirado a ótica PRB 21 e montada uma lanterna ótica ML 300, a funcionar a energia solar.No Inverno de 1993, a acção violenta do mar, fez derrubar uma parte significativa da plataforma inferior do forte, situação que se foi agudizando nos anos seguintes e exigindo urgentes acções profundas de reparação e restauro.Finalmente, entre 1997 e 2001, sob a égide da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, decorreram as obras de restauro, cobrindo o enrocamento do forte, as cantarias de pedra e alvenarias e as muralhas, tendo sido construído um robusto molhe circular e um novo cais de acostagem.
(foto tirada da net)