segunda-feira, 30 de outubro de 2017
Parque das Nações - Lisboa
Um passeio fim de tarde:Parque das Nações foi a designação dada ao bairro surgido na antiga Zona de Intervenção da Expo, que inclui o local onde foi realizada a Exposição Mundial de 1998 e ainda todas as áreas que estiveram sob administração da ParqueExpo, S.A.
domingo, 29 de outubro de 2017
Na escola do século XXI, é de pequenino que se programa o pepino
Cerca de 64 mil crianças aprendem, este ano letivo, programação e robótica, numa iniciativa da Direção-Geral da Educação (DGE) que pretende transformar o método de ensino nas escolas num mundo cada vez mais tecnológico.
O projeto que dá aos professores a possibilidade de ensinarem novos conteúdos, e ao qual aderiram 786 escolas públicas e privadas, estende-se agora até ao 9.º ano, depois de dois anos aberto apenas aos alunos do 1.º ciclo.
O diretor-geral da educação, José Vítor Pedroso, explicou à Lusa que são os próprios docentes das escolas que, contando com um acompanhamento permanente ‘online’ e vários encontros regionais com formadores, dão estas aulas.António Silva, coordenador da iniciativa “Programação e Robótica no Ensino Básico”, sublinha que o objetivo não é formar programadores, mas fazer com a programação seja mais um método de ensino do que uma disciplina.
As atividades do programa, centradas nas temáticas de segurança digital, cidadania digital e multidisciplinaridade, podem ser dinamizadas na oferta complementar, nas atividades de enriquecimento curricular ou na oferta de escola, mas a intenção é que os professores de todas as disciplinas adotem a programação e a robótica.“Queremos que os professores utilizem não apenas as metodologias tradicionais, mas que inovem com base nesta nova área”, contou o coordenador, apoiado pelo diretor-geral, que acrescentou o exemplo da criação de uma estação meteorológica, na disciplina de geografia.
Segundo José Vítor Pedroso, a aprendizagem destes conteúdos permite não só desenvolver o pensamento computacional, ao nível da algoritmia ou das sequências, mas também a capacidade de resolução de problemas, a resiliência e a utilização do método científico na abordagem a várias situações.
“Esta capacidade de análise é muito referida pelos próprios professores como uma vantagem do ensino da programação”, explica o diretor-geral que diz ter vindo a receber críticas muito positivas ao programa.António Silva acrescenta ainda o desenvolvimento das competências para o século XXI, como a comunicação ou o trabalho de equipa, considerando que “estas ‘soft skills’ são, de facto, aquilo a que a escola hoje em dia deve dar cada vez mais resposta”.
Foi também a olhar para estas competências transversais que surgiu, no início de 2017, a HappyCode, uma escola de programação de jogos, aplicações e robótica, cuja missão é “formar pensadores e criadores do século XXI”.
“Queremos mudar mentalidades, mudar a forma de ver a tecnologia e ajudar a criar uma nova geração de portugueses aptos a ter sucesso num mundo cada vez mais tecnológico”, disse à Lusa Pedro Teixeira, diretor de operações.
A HappyCode tem cursos a partir dos sete anos e aos dez as crianças começam já a aprender conceitos e linguagens de programação que se ensinam na faculdade, um desafio que os professores procuram diminuir através de metodologias interativas.“Cada novo conceito leva a uma aplicação ou a uma nova funcionalidade de um jogo”, explica o diretor de operações, contando que, por exemplo, ao final de seis meses no curso de aplicações, as crianças já conseguem criar um programa de mensagens instantâneas.
À semelhança da HappyCode, a Academia de Código Júnior é outro dos vários projetos que leva a programação às escolas.Para Madalena Virtuoso, gestora do projeto apoiado pela DGE, este tipo de iniciativas permite que a tecnologia deixe de ser um quebra-cabeças e abre caminho para uma próxima geração de adultos “mais informada e com maior capacidade de se adaptar”.
No mesmo sentido, António Silva considera que é cada vez mais importante que a escola se adeque aos desafios da sociedade.“Estamos em crer que as áreas da programação e da robótica poderão dar resposta a muitos dos desafios que os alunos de hoje e os homens e mulheres de amanhã irão encontrar no futuro”, sublinhou.
O diretor-geral, José Vítor Pedroso, acrescenta que este projeto é, inclusive, importante para dar resposta àquilo que foi desenhado como o perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória, publicado no dia 26 de julho.Pedro Teixeira elogia a introdução da programação no ensino básico, mas admite que ir além dos conteúdos básicos não é possível. “É difícil ensinar programação sem saber efetivamente programação e em Portugal não há recursos humanos”, lamenta.
Além das 786 as escolas públicas e privadas envolvidas na iniciativa da DGE, outras 235 escolas estão a participar no projeto de autonomia e flexibilidade curricular, nas quais estes conteúdos estão integrados na disciplina de Tecnologias da Informação e Comunicação.
No ano letivo de 2017/2018, a “Programação e Robótica no Ensino Básico” vai chegar a 64.692 alunos.Nesta iniciativa, a DGE conta com o apoio da Associação Nacional de Professores de Informática, Microsoft, Escola Superior de Educação de Setúbal e Universidade de Évora e Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.
O projeto que dá aos professores a possibilidade de ensinarem novos conteúdos, e ao qual aderiram 786 escolas públicas e privadas, estende-se agora até ao 9.º ano, depois de dois anos aberto apenas aos alunos do 1.º ciclo.
O diretor-geral da educação, José Vítor Pedroso, explicou à Lusa que são os próprios docentes das escolas que, contando com um acompanhamento permanente ‘online’ e vários encontros regionais com formadores, dão estas aulas.António Silva, coordenador da iniciativa “Programação e Robótica no Ensino Básico”, sublinha que o objetivo não é formar programadores, mas fazer com a programação seja mais um método de ensino do que uma disciplina.
As atividades do programa, centradas nas temáticas de segurança digital, cidadania digital e multidisciplinaridade, podem ser dinamizadas na oferta complementar, nas atividades de enriquecimento curricular ou na oferta de escola, mas a intenção é que os professores de todas as disciplinas adotem a programação e a robótica.“Queremos que os professores utilizem não apenas as metodologias tradicionais, mas que inovem com base nesta nova área”, contou o coordenador, apoiado pelo diretor-geral, que acrescentou o exemplo da criação de uma estação meteorológica, na disciplina de geografia.
Segundo José Vítor Pedroso, a aprendizagem destes conteúdos permite não só desenvolver o pensamento computacional, ao nível da algoritmia ou das sequências, mas também a capacidade de resolução de problemas, a resiliência e a utilização do método científico na abordagem a várias situações.
“Esta capacidade de análise é muito referida pelos próprios professores como uma vantagem do ensino da programação”, explica o diretor-geral que diz ter vindo a receber críticas muito positivas ao programa.António Silva acrescenta ainda o desenvolvimento das competências para o século XXI, como a comunicação ou o trabalho de equipa, considerando que “estas ‘soft skills’ são, de facto, aquilo a que a escola hoje em dia deve dar cada vez mais resposta”.
Foi também a olhar para estas competências transversais que surgiu, no início de 2017, a HappyCode, uma escola de programação de jogos, aplicações e robótica, cuja missão é “formar pensadores e criadores do século XXI”.
“Queremos mudar mentalidades, mudar a forma de ver a tecnologia e ajudar a criar uma nova geração de portugueses aptos a ter sucesso num mundo cada vez mais tecnológico”, disse à Lusa Pedro Teixeira, diretor de operações.
A HappyCode tem cursos a partir dos sete anos e aos dez as crianças começam já a aprender conceitos e linguagens de programação que se ensinam na faculdade, um desafio que os professores procuram diminuir através de metodologias interativas.“Cada novo conceito leva a uma aplicação ou a uma nova funcionalidade de um jogo”, explica o diretor de operações, contando que, por exemplo, ao final de seis meses no curso de aplicações, as crianças já conseguem criar um programa de mensagens instantâneas.
À semelhança da HappyCode, a Academia de Código Júnior é outro dos vários projetos que leva a programação às escolas.Para Madalena Virtuoso, gestora do projeto apoiado pela DGE, este tipo de iniciativas permite que a tecnologia deixe de ser um quebra-cabeças e abre caminho para uma próxima geração de adultos “mais informada e com maior capacidade de se adaptar”.
No mesmo sentido, António Silva considera que é cada vez mais importante que a escola se adeque aos desafios da sociedade.“Estamos em crer que as áreas da programação e da robótica poderão dar resposta a muitos dos desafios que os alunos de hoje e os homens e mulheres de amanhã irão encontrar no futuro”, sublinhou.
O diretor-geral, José Vítor Pedroso, acrescenta que este projeto é, inclusive, importante para dar resposta àquilo que foi desenhado como o perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória, publicado no dia 26 de julho.Pedro Teixeira elogia a introdução da programação no ensino básico, mas admite que ir além dos conteúdos básicos não é possível. “É difícil ensinar programação sem saber efetivamente programação e em Portugal não há recursos humanos”, lamenta.
Além das 786 as escolas públicas e privadas envolvidas na iniciativa da DGE, outras 235 escolas estão a participar no projeto de autonomia e flexibilidade curricular, nas quais estes conteúdos estão integrados na disciplina de Tecnologias da Informação e Comunicação.
No ano letivo de 2017/2018, a “Programação e Robótica no Ensino Básico” vai chegar a 64.692 alunos.Nesta iniciativa, a DGE conta com o apoio da Associação Nacional de Professores de Informática, Microsoft, Escola Superior de Educação de Setúbal e Universidade de Évora e Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.
terça-feira, 24 de outubro de 2017
"O Paradoxo do nosso Tempo"
Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente.
Multiplicamos os nossos bens, mas reduzimos os nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos frequentemente.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver. Adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio. Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não o nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; excesso de reuniões e relações vazias. Esta é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Esta é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas".
Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa. Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.
Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Lembre-se dar um abraço carinhoso num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer. Lembre-se de dizer "eu te amo" à sua companheira (o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, Ame... AME MUITO. Um beijo e um abraço curam a dor, quando vem de lá de dentro. O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas AMAR tudo que você tem !!!
Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado."
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio. Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não o nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; excesso de reuniões e relações vazias. Esta é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Esta é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas".
Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa. Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.
Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Lembre-se dar um abraço carinhoso num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer. Lembre-se de dizer "eu te amo" à sua companheira (o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, Ame... AME MUITO. Um beijo e um abraço curam a dor, quando vem de lá de dentro. O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas AMAR tudo que você tem !!!
Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado."
segunda-feira, 23 de outubro de 2017
Mostra de Teatro de Almada 2017
A 21.ª Mostra de Teatro de Almada (MTA) irá juntar cerca de duas dezenas de grupos de teatro do concelho, para celebrar a dramaturgia de textos originais, em comunhão com clássicos de William Shakespeare e Bertolt Brecht.
A iniciativa vai decorrer de 3 a 19 de Novembro, conta com um total de 25 encenações, acompanhadas de uma 'Mostra.Ponto de Encontro', que tem por objetivo ser "um momento de convívio entre artistas e público", depois das representações no Teatro António Assunção, segundo o texto de apresentação hoje divulgado pela organização, que reúne a Câmara Municipal de Almada e grupos de teatro locais.
O Mercado Municipal da Trafaria irá também acolher 'memorabilia' reunida ao longo dos 45 anos do Grupo de Iniciação Teatral da Trafaria (GITT), tendo a oportunidade de expor "guarda-roupa, adereços cénicos, partes de cenário e material cénico", preservados até aos dias de hoje, e de exibir excertos das peças organizadas pelo grupo amador.
O espetáculo inaugural, 'Rei Ubu', é uma representação do texto original do francês Alfred Jarry (1873-1907), no qual o protagonista é retratado como "uma personagem excessiva (...) que possui todas as qualidades necessárias ao exercício despótico do poder", fazendo-o "um objeto teatral versátil e perfeitamente atualizável" - numa era de "pós-verdade" -, em que "factos passam a ser menos decisivos do que (...) opiniões [e] a manipulação da informação é aceite por largas faixas da população", aponta a sinopse da programação.
A agenda da mostra prossegue com duas outras estreias, 'Revolução no Frigorífico' - "uma peça infantil que aborda o tema da alimentação saudável de uma forma divertida, tanto para crianças como para adultos" - e 'Escuta Aqui Meu Ladrão', que dá título a "uma comédia de Paulo Sacaldassy, com um final surpreendente", ambas por parte da companhia de teatro Cénico da Incrível Almadense, agendadas para dia 04.
'Migrações' é o "título provisório" da última apresentação a entrar em palco, no dia 19, um "trabalho em processo" que narra "na primeira pessoa a vinda de Moçambique para Portugal" e as dificuldades que a mudança implica na tentativa de "erguer um sentido para o fluxo de palavras e de frases, num ritmo fora da área conversacional".
Organizada pela Câmara de Almada, com grupos de teatro locais desde 1996, a MTA envolve ainda companhias como Alpha Teatro, Actos Urbanos/Teatro de Areia e Teatro&Teatro de O Mundo do Espectáculo, EmbalArte, Grupo da Associação Cultural Manuel da Fonseca, Lagarto Amarelo, Ninho de Víboras, Novo Núcleo de Teatro, O Outro Lado, O Grito&Rugas, Oficina de Teatro de Almada, Teatro ABC.PI, Teatro Extremo e Teatro de Papel.
23/10/2017
A agenda da mostra prossegue com duas outras estreias, 'Revolução no Frigorífico' - "uma peça infantil que aborda o tema da alimentação saudável de uma forma divertida, tanto para crianças como para adultos" - e 'Escuta Aqui Meu Ladrão', que dá título a "uma comédia de Paulo Sacaldassy, com um final surpreendente", ambas por parte da companhia de teatro Cénico da Incrível Almadense, agendadas para dia 04.
'Migrações' é o "título provisório" da última apresentação a entrar em palco, no dia 19, um "trabalho em processo" que narra "na primeira pessoa a vinda de Moçambique para Portugal" e as dificuldades que a mudança implica na tentativa de "erguer um sentido para o fluxo de palavras e de frases, num ritmo fora da área conversacional".
Organizada pela Câmara de Almada, com grupos de teatro locais desde 1996, a MTA envolve ainda companhias como Alpha Teatro, Actos Urbanos/Teatro de Areia e Teatro&Teatro de O Mundo do Espectáculo, EmbalArte, Grupo da Associação Cultural Manuel da Fonseca, Lagarto Amarelo, Ninho de Víboras, Novo Núcleo de Teatro, O Outro Lado, O Grito&Rugas, Oficina de Teatro de Almada, Teatro ABC.PI, Teatro Extremo e Teatro de Papel.
23/10/2017
domingo, 22 de outubro de 2017
Felicidade Facebook e Solidão
Ou você está no “face” ou não está no mundo. Esta é a era da comunicação, em que se deve estar conectado para que haja o sentimento de pertencimento ao grupo. Todos vivemos na chamada grande rede, e nela tudo parece fazer sentido, afinal, todos estão sorrindo. A rede parece garantir a felicidade, logo se você não está na rede, você não só não está no mundo, como também não é feliz. Mas, será que essa felicidade Facebook é real?
Como dito, no face todos estão sorrindo (você já viu alguém triste?), tudo parece fazer sentido, é como se a vida real se tivesse tornado uma extensão, um plug-in da rede. Melhor, um aplicativo que baixa-se no Play Store. Entretanto, se a vida se deslocou para o face, se a felicidade está no face, o que acontece na vida real?
Esses são questionamentos para quem conseguiu manter-se na superfície. A resposta para as perguntas é simples – a felicidade Facebook não é real e apenas esconde a solidão que nos encontramos. O sucesso do Facebook é determinado pela facilidade em desconectar, de modo que não há uma preocupação em criar laços, mas apenas em se manter “conectado”. Sendo assim, como não crio laços, tenho a necessidade que o mundo me ofereça algo novo o tempo inteiro.
Por outras palavras, passamos pela vida sem que nós e os outros tenham importância e, portanto, tentamos substituir a qualidade dos relacionamentos pela quantidade. Desse modo, precisamos postar 48 fotos por dia, como se precisássemos da aprovação do outro, quando, na verdade, vivemos apenas uma representação e diante disso, não vivemos nada.
Ou seja, como na verdade não sou feliz, preciso compartilhar tudo a fim de que pelo olhar do outro haja a aprovação de que a minha vida possui o valor necessário para se sustentar. E como todos vivem uma fantasia, todos mentem uns para os outros, como se fosse condição necessária para manter a felicidade de todos.
Pelo medo de encarar o vazio que nos tornamos, preenchemos o nosso interior oco com mensagens e áudios pelo WhatsApp. Assim, toda a barafunda do Facebook é apenas para esconder aquilo que eu não quero ver, isto é, o meu vazio e como estamos cada vez mais sozinhos, muito embora, paradoxalmente viva-se na era da grande rede. Isto é, temos a necessidade de postar e compartilhar o maior número de coisas, para que os likes preencham o nosso vazio existencial.
É preciso que as pessoas curtam a vida que eu não estou curtindo, digo mais, é condição necessária ter pessoas legitimando aquilo que eu gostaria que fosse, para que o teatro seja mantido. Buscando o melhor enquadramento nas fotos, escondo o vazio que sou, a solidão que atormenta e o distanciamento das relações.
Essa urgência em ter pessoas legitimando aquilo que eu gostaria que fosse, impede-me de refletir sobre a própria vida, ou seja, não há uma tomada de consciência, em que o indivíduo é o dono do próprio destino, já que está sempre submetido ao espetáculo, pois este garante aplausos, mesmo que não passe de uma simulação.
Enquanto não acordarmos, estaremos mais ligados à internet, ao teatro, mais sozinhos e, portanto, desligados do real e das pessoas. É necessário ter a consciência do ser, pois não é fingindo ser, e, logo, não sendo, que há relações, tampouco, felicidade, pois essa reafirmação de um eu que não existe implica apenas a solidão que nos aflige, as ilhas emotivas que nos tornamos.
Imersos nesse espetáculo, talvez, não consigamos perceber que quanto mais desesperados por likes, mais sozinhos estamos e que, embora, a internet e o Facebook sejam instrumentos poderosíssimos, os quais podem ser utilizados como ferramentas de aproximação, estamos os substituindo pela vida real, e pior, por uma vida que não existe.
Esse desespero por likes só representa indivíduos cada vez mais solitários. Isso acontece pela dificuldade em estabelecer relações reais, e, por conseguinte, fortes; de encarar a si mesmo, a própria consciência e admitir que a vida não está passando de uma encenação.
A felicidade Facebook representa uma sociedade doente, mas que busca esconder-se. Faz-se necessário coragem para encarar-se e viver o que realmente somos, dizer o que realmente estamos sentido, fazer da rede uma extensão da vida real e não o contrário. Sabemos o quanto isso é difícil, pois temos medo de nos encarar, mas enquanto esse medo não for superado, continuaremos alimentando o palco que a vida se transformou, pois como diz o poeta:
“Esse mundo é um saco de fingimento”.
“Esse mundo é um saco de fingimento”.
22/10/2017
quinta-feira, 19 de outubro de 2017
Ana Margarida de Carvalho distinguida pela Associação de Escritores
A romancista Ana Margarida de Carvalho venceu novamente o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE), desta vez com a obra Não se pode morar nos olhos de um gato.
Ana Margarida de CarvalhoCréditos/ The Book Lovers
Num comunicado, a APE esclarece que «o júri, constituído por José Correia Tavares, que presidiu, Isabel Cristina Rodrigues, José Carlos Seabra Pereira, Luís Mourão, Paula Mendes Coelho e Teresa Carvalho, ao reunir-se pela quarta vez, deliberou por maioria, pois Luís Mourão votou em A Gorda, de Isabela Figueiredo».
Ana Margarida de Carvalho, que recebe pela segunda vez o Grande Prémio de Romance e Novela da APE, é finalista do Prémio Oceanos, do Brasil, com esta obra.
Publicado pela Teorema, o título Não se pode morar nos olhos de um gato foi considerado «livro do ano» pelo jornal Público e nomeado para «melhor livro de ficção narrativa» aos Prémios Autores, da Sociedade Portuguesa de Autores, este ano.
Ana Margarida de Carvalho nasceu em Lisboa, é licenciada em Direito e, nas eleições autárquicas de 1 de Outubro, foi eleita pela CDU à Assembleia Municipal de Lisboa. Como jornalista, recebeu, entre outros, os prémios Gazeta Revelação do Clube de Jornalistas de Lisboa, o do Clube de Jornalistas do Porto e o da Casa de Imprensa.
O seu primeiro romance, Que Importa a Fúria do Mar, venceu por unanimidade o Grande Prémio de Romance e Novela APE, em 2013.
Em parceria com Sérgio Marques publicou, em 2015, o livro infanto-juvenil A Arca do É.
Além de Ana Margarida de Carvalho e de Isabela Figueiredo, eram finalistas do Grande Prémio de Romance e Novela APE Alexandra Lucas Coelho, Mafalda Ivo Cruz e Paulo Varela Gomes.
Ana Margarida de Carvalho junta-se hoje à galeria de autores já distinguidos por duas vezes com o Grande Prémio de Romance e Novela da APE: Agustina Bessa-Luís, Maria Gabriela Llansol, António Lobo Antunes, Vergílio Ferreira e Mário Cláudio.
Mário de Carvalho, David Mourão-Ferreira, José Saramago, José Cardoso Pires, Rui Cardoso Martins, Vasco Graça Moura e Lídia Jorge foram alguns dos autores que também receberam o prémio.
De acordo com a APE, este ano apresentaram-se 93 livros a concurso, publicados em 2016, com a chancela de 44 editoras.
O prémio tem o valor pecuniário de 15 000 euros.
quarta-feira, 18 de outubro de 2017
Castelo de Coina
O CASTELO DO REI DO LIXO
(Coina, Barreiro)
O Palácio do Rei do Lixo, também conhecido como a Torre de Coina, ou Palácio da Bruxa, está situado na freguesia da Coina, Barreiro, sendo bem visível da estrada nacional n.º 10.
O Palácio do Rei do Lixo, também conhecido como a Torre de Coina, ou Palácio da Bruxa, está situado na freguesia da Coina, Barreiro, sendo bem visível da estrada nacional n.º 10.
A quinta onde se encontra o palácio foi propriedade rural, no século XVIII, de D. Joaquim de Pina Manique, irmão do intendente de D. Maria I, Diogo Inácio Pina Manique. A propriedade foi depois adquirida, no século XIX, por Manuel Martins Gomes Júnior, comerciante de Santo António da Charneca, que em 1910 mandou construir o palácio, diz-se, para que “conseguisse avistar a propriedade que possuía em Alcácer do Sal”.
Manuel Martins Gomes Júnior era conhecido como o "Rei do Lixo", devido ao exclusivo que tinha para a recolha dos detritos da cidade de Lisboa, e tendo feito fortuna a comprar e vender lixo. Profundamente ateu, Manuel Gomes Júnior transformou a ermida da propriedade em armazém e estábulo e baptizou a herdade de "Quinta do Inferno". Posteriormente, e através de António Zano Leite Ramada Curto, genro do "Rei do Lixo", a propriedade tornou-se numa importante casa agrícola. Em 1957, foi vendida aos grandes proprietários e industriais de curtumes Joaquim Baptista Mota e António Baptista, que constituíram a Sociedade Agrícola da Quinta de S. Vicente e transformaram a propriedade numa importante exploração pomícola.
Já na década de 70, a propriedade foi adquirida por António Xavier de Lima, conhecido construtor da margem sul do Tejo, que, segundo o presidente da Junta de Freguesia de Coina, “comprou toda a Quinta de S. Vicente e os terrenos adjacentes às quintas, tornando-se assim proprietário”. Em 1988, ocorreu um incêndio de contornos misteriosos que veio contribuir para o estado degradado do palácio, na altura já desabitado há 18 anos.
A torre ainda pertence actualmente à empresa Xavier de Lima, e não se conhecem planos para a sua reabilitação.
(Em 2013)
sábado, 14 de outubro de 2017
O Poder do Silêncio
Pensar antes de reagir é uma das ferramentas mais nobres do ser humano nas relações interpessoais.
Nos primeiros trinta segundos de tensão, cometemos os maiores erros de nossas vidas, falamos palavras e temos gestos diante das pessoas que amamos que jamais deveríamos expressar.
Nesse rápido intervalo de tempo, somos controlados pelas zonas de conflitos, impedindo o acesso de informações que nos subsidiariam a serenidade, a coerência intelectual, o raciocínio crítico.Um médico pode ser muito paciente com as queixas de seus pacientes, mas muitíssimo impaciente com as reclamações de seus filhos.Pensa antes de reagir diante de estranhos, mas não diante de quem ama.Não sabe fazer a oração dos sábios, nos focos de tensão, o silêncio.Se vivermos debaixo da ditadura da resposta, da necessidade compulsiva de reagir quando pressionados, cometeremos erros, alguns muito graves.Só o silêncio preserva a sabedoria quando somos ameaçados, criticados, injustiçados. Cada vez mais as pessoas estão perdendo o prazer de silenciar, de se interiorizar, refletir, meditar.
O dito popular de contar até dez antes de reagir é imaturo, não funciona.O silêncio não é se aguentar para não explodir, o silêncio é o respeito pela própria inteligência.Quem faz a oração dos sábios não é escravo do binômio do bateu-levou.Quem bate no peito e diz que não leva desaforo pra casa, não pensa nas consequências de seus atos.Quem se orgulha de vomitar para fora tudo que pensa, machuca quem mais deveria ser amado, não conhece a linguagem do auto controle.
Decepções fazem parte do cardápio das melhores relações.Nesse cardápio precisamos do tempero do silêncio para preparar o molho da tolerância.Para conviver com máquinas não precisamos de silêncio nem da tolerância, mas com seres humanos elas são fundamentais.Ambos são frutos nobres da arte de pensar antes de reagir. Preserva a saúde psíquica, a consciência, a tranquilidade.
O silêncio e a tolerância são o vinho dos fortes, a reação impulsiva é a embriaguez dos fracos.O silêncio e a tolerância são as armas de quem pensa, a reação instintiva é a arma de quem não pensa.É muito melhor ser lento no pensar do que rápido em machucar, é preferível conviver com uma pessoa simples, sem cultura académica, mas tolerante, do que com um ser humano de ilibada cultura saturada de radicalismo, egocentrismo, estrelismo.
Sabedoria e tolerância não se aprendem nos bancos de uma escola, mas no traçado da existência.Ninguém é digno de maturidade se não usar suas incoerências para produzi-la.Todo ser humano passa por turbulências na vida. Para alguns falta o pão na mesa; a outros a alegria na alma. Uns lutam para sobreviver, outros são ricos e abastados, mas mendigam o pão da tranquilidade e da felicidade.
Os milionários quiseram comprar a felicidade com seu dinheiro, os políticos quiseram conquistá-la com seu poder, as celebridades quiseram seduzi-la com sua fama, mas ela não se deixou achar.Balbuciando aos ouvidos de todos, disse: “…Eu me escondo nas coisas simples e anónimas…”.
Todos fecham os seus olhos quando morrem, mas nem todos enxergam quando estão vivos.
quarta-feira, 11 de outubro de 2017
Ruas decoradas pela natureza
Apreciar a natureza sempre é um hábito relaxante e renovador. Caminhar pelo parque, por um bosque ou até mesmo em ruas mais calmas é um benefício para a saúde corporal e a mental.
O ar puro das árvores e o barulho das folhas traz uma calmaria que alivia as tensões do dia a dia. E isso não é resultado de pesquisa, pois a vivência com a natureza é comprovada como benéfica há muito tempo.
O florescer das árvores nos relembra que a primavera chegou, que uma vida nova nasce para os próximos meses. Caminhar por ruas inteiramente arborizadas pode ser hipnotizante.
terça-feira, 10 de outubro de 2017
Natureza e Biodiversidade
AMBIENTALISTAS QUEREM NOVAS SOLUÇÕES PARA A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA E DA BIODIVERSIDADE
Na sua apreciação da revisão do Ministério do Ambiente da Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, que esteve em consulta pública até 30 de Setembro, a ZERO crítica “a visão territorialmente muito confinada às áreas classificadas” e as “limitações conceptuais que não seriam expectáveis” do documento.
Em causa está ainda o facto de a Estratégia não ter contado, até ao momento, “com os contributos de outros organismos públicos, resultando apenas de um exercício de reflexão de apresentação circunscrito a uma equipa interna do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, o que diminuiu a sua ambição e alcance estratégico”.
Para a ZERO, “é fundamental utilizar esta oportunidade única de revisão da ENCNB para aprofundar e fazer evoluir a atual Rede Fundamental de Conservação da Natureza”, posicionando “Portugal na liderança europeia em matéria de ordenamento do território, numa altura em que começa a ser preparada a Estratégia Europeia de Infraestruturas Verdes”.
A Associação defende ainda que “teria sido essencial efetuar um relatório da Estratégia Nacional anterior com um balanço do que foi ou não concretizado nos últimos 16 anos” e lamenta que se continue a “insistir num quadro de prescrição de soluções paliativas, transmitindo-se a ideia que o despovoamento das áreas classificadas não é inevitável e se resolve com mais investimento público e com uma maior facilitação dos usos e atividades económicas que condicionadas ou permitidas nos territórios, persistindo-se numa ideia que tem décadas de insucesso comprovado”.
De acordo com os ambientalistas, “só assim se explica a omissão total em relação ao potencial de renaturalização para criação de áreas para a vida selvagem – o denominado wilderness – uma solução de baixo custo que está a ser seguida um pouco por toda a Europa”.
O facto de não se mencionar “a possibilidade de ajustar a configuração da atual Rede Natura 2000 no território terrestre continental” e de “a preservação do solo e das águas subterrâneas” ser “completamente esquecida na proposta sujeita a discussão pública” também merecem a referência da ZERO.
A Associação defende que “os aspetos de financiamento da Estratégia deverão ser mais claros, elencando-se não apenas os fundos disponíveis, mas também explicitando uma quantificação das necessidades, e uma perspetiva de planeamento para o pós-2025”.
No comunicado da ZERO é proposta uma reflexão “para se adequarem os instrumentos financeiros, como o imposto municipal sobre imóveis, para discriminar positivamente os detentores de prédios rústicos integrados em áreas classificadas que proporcionem serviços de ecossistemas, e para se fazer uma avaliação dos atuais incentivos e subsídios públicos na conservação da biodiversidade, atendendo a que existem muitas perversidades na sua atribuição”.
10 de Outubro, 2017
Em causa está ainda o facto de a Estratégia não ter contado, até ao momento, “com os contributos de outros organismos públicos, resultando apenas de um exercício de reflexão de apresentação circunscrito a uma equipa interna do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, o que diminuiu a sua ambição e alcance estratégico”.
Para a ZERO, “é fundamental utilizar esta oportunidade única de revisão da ENCNB para aprofundar e fazer evoluir a atual Rede Fundamental de Conservação da Natureza”, posicionando “Portugal na liderança europeia em matéria de ordenamento do território, numa altura em que começa a ser preparada a Estratégia Europeia de Infraestruturas Verdes”.
A Associação defende ainda que “teria sido essencial efetuar um relatório da Estratégia Nacional anterior com um balanço do que foi ou não concretizado nos últimos 16 anos” e lamenta que se continue a “insistir num quadro de prescrição de soluções paliativas, transmitindo-se a ideia que o despovoamento das áreas classificadas não é inevitável e se resolve com mais investimento público e com uma maior facilitação dos usos e atividades económicas que condicionadas ou permitidas nos territórios, persistindo-se numa ideia que tem décadas de insucesso comprovado”.
De acordo com os ambientalistas, “só assim se explica a omissão total em relação ao potencial de renaturalização para criação de áreas para a vida selvagem – o denominado wilderness – uma solução de baixo custo que está a ser seguida um pouco por toda a Europa”.
O facto de não se mencionar “a possibilidade de ajustar a configuração da atual Rede Natura 2000 no território terrestre continental” e de “a preservação do solo e das águas subterrâneas” ser “completamente esquecida na proposta sujeita a discussão pública” também merecem a referência da ZERO.
A Associação defende que “os aspetos de financiamento da Estratégia deverão ser mais claros, elencando-se não apenas os fundos disponíveis, mas também explicitando uma quantificação das necessidades, e uma perspetiva de planeamento para o pós-2025”.
No comunicado da ZERO é proposta uma reflexão “para se adequarem os instrumentos financeiros, como o imposto municipal sobre imóveis, para discriminar positivamente os detentores de prédios rústicos integrados em áreas classificadas que proporcionem serviços de ecossistemas, e para se fazer uma avaliação dos atuais incentivos e subsídios públicos na conservação da biodiversidade, atendendo a que existem muitas perversidades na sua atribuição”.
10 de Outubro, 2017
10 de Outubro, 2017
(link is external) da revisão do Ministério do Ambiente da Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, que esteve em consulta pública até 30 de setembro, a ZERO crítica “a visão territorialmente muito confinada às áreas classificadas” e as “limitações conceptuais que não seriam expectáveis” do
domingo, 8 de outubro de 2017
Dia 8 de outubro de 1998 – o dia que distinguiria a literatura portuguesa internacionalmente, com o Prémio Nobel atribuído ao escritor José Saramago.
“José Saramago, que através de parábolas sustentadas pela imaginação, compaixão e ironia torna constantemente compreensível uma realidade ilusória”. Foi assim que a Academia Sueca pronunciou o primeiro e único português vencedor da distinção até hoje.
José de Sousa Saramago, nasceu a 16 de novembro de 1922 - embora no registo conste dia 18 como dia de nascimento - na vila da Azinhaga, Golegã. Foi serralheiro, tradutor, editor, jornalista, fez de tudo um pouco, mas sempre deu à escrita um especial destaque. Desprezou regras de pontuação ajustando a caneta ao discurso oral, o que afastou muitos, mas atraiu outros tantos. Era comunista assumido e sem nunca abdicar da sua identidade, criticava a sociedade e a política por vezes com tom corrosivo e colérico, mas também de forma sarcástica e subtil.
Com mais de cinquenta obras publicadas, tudo começou em 1947 com o livro ‘Terra do Pecado’, seguiu-se o ‘Manual de Pintura e Caligrafia’, em 1977, e ao longo dos anos, obras essenciais como ‘Memorial do Convento’, ‘Ensaio sobre a Cegueira’ ou ‘Todos os Nomes’. Responsabilizou-se por contar os episódios de vida do único heterónimo de que Fernando Pessoa se esqueceu de matar com ‘O Ano da Morte de Ricardo Reis’, em 1984, e, em 1991, enfrentou duras críticas com a publicação de ‘O Evangelho segundo Jesus Cristo’, um livro que criticava a religião e o que esta representava, e que depois do veto do governo português à candidatura da obra ao Prémio Literário Europeu, culminou na mudança do escritor e Pilar del Rio para a ilha espanhola de Lanzarote, local onde viveu até à sua morte, em Junho de 2010, vítima de uma leucemia crónica.
Dezanove anos depois, os seus livros continuam a ser publicados e traduzidos em mais de 40 línguas, sendo um dos autores de língua portuguesa mais traduzidos.
Dezanove anos depois, os seus livros continuam a ser publicados e traduzidos em mais de 40 línguas, sendo um dos autores de língua portuguesa mais traduzidos.
sábado, 7 de outubro de 2017
Sagres - Vila do Bispo - Distrito de Faro
Sagres exibe algumas das mais impressionantes paisagens do Algarve. A força da natureza é tão forte na ponta mais a sudoeste de toda a Europa continental que os visitantes logo percebem porque os antigos colonos a apelidaram de “sagrada”.porque foi o ponto de partida dos exploradores portugueses no século XV rumo ao desconhecido e como conseguiu manter a sua fascinante beleza natural.
A paisagem selvagem e acidentada de Sagres a força e atracção do mar continuam a encantar os visitantes.
A história de Sagres foi definida pela sua localização geográfica e pelos magníficos promontórios de Sagres e do Cabo de S. Vicente. A ideia de que a terra termina aqui nestes promontórios com 50 metros de altura que se precipitam dramaticamente no mar foi uma fonte constante de mistério e atracção para os sucessivos colonizadores da região, conforme atestado pelos diversos vestígios da sua presença. A figura mais influente da história de Sagres foi o Infante D. Henrique, que aí se inspirou para embarcar nas suas viagens de descoberta, trazendo fama à região e levando à fundação da Vila do Infante. Sob o seu comando, a zona transformou-se num centro de actividade marítima, onde se reuniam cartógrafos, astrónomos e marinheiros, onde se construíam caravelas e onde se deu início à exploração da costa africana.
quinta-feira, 5 de outubro de 2017
A Natureza apodera-se do que é seu
Os humanos foram colocados neste mundo para medir forças com a natureza, muitas vezes ou praticamente sempre perdendo a luta... Se os humanos mantêm as suas forças para a dominar e mantêm a sua presença, podem tentar evitar os avanços inevitáveis da natureza, se não, tudo volta à sua origem: A natureza.
As 6 Fotos a seguir mostram situações de abandono dos humanos, em que a natureza incontrolável se apodera do que afinal sempre foi dela.
Navio Mar Sem Fim
O navio brasileiro viajou até à Antártida para filmar um documentário, mas os ventos fortes fizeram-no afundar na água gelada. Agora está assim qual fantasma nas águas
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Hong Kong
Cimento salpicado por manchas verdes.
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Paris
Linha férrea onde já não passa o comboio e uma cama de flores rosas formou um manto.
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Tailândia
Um centro comercial fechado que se transformou num aquário natural
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Navio SS Ayrfield - Sidney
O navio SS Ayrfield foi deixado ao abandono em Homebush Bay, Sidney (Austrália). A natureza transformou-o numa autêntica floresta flutuante nos últimos 102 anos
quarta-feira, 4 de outubro de 2017
Porto Covo - Litoral Alentejano
Entardecer em Porto Covo - Sines
Porto Covo é uma freguesia do concelho de Sines, com 48,73 km² de área e 1 038 habitantes (2011). A sua densidade populacional é 21,3 hab/km².
A Ilha do Pessegueiro, com o seu forte, faz geograficamente parte do território da freguesia de Porto Covo.
A freguesia de Porto Covo foi criada em 31 de Dezembro de 1984, por desanexação da freguesia de Sines, até então a única do concelho do mesmo nome (o qual deixava assim de ser dos sete municípios portugueses com apenas uma freguesia a integrar o seu território). Não foi extinta pela reforma de 2013 pois a agregação de freguesias não atingiu os municípios com menos de 4 freguesias.
Porto Covo é uma freguesia do concelho de Sines, com 48,73 km² de área e 1 038 habitantes (2011). A sua densidade populacional é 21,3 hab/km².
A Ilha do Pessegueiro, com o seu forte, faz geograficamente parte do território da freguesia de Porto Covo.
A freguesia de Porto Covo foi criada em 31 de Dezembro de 1984, por desanexação da freguesia de Sines, até então a única do concelho do mesmo nome (o qual deixava assim de ser dos sete municípios portugueses com apenas uma freguesia a integrar o seu território). Não foi extinta pela reforma de 2013 pois a agregação de freguesias não atingiu os municípios com menos de 4 freguesias.
Livraria Lello - Porto
Concebido segundo projeto do engenheiro Xavier Esteves, a Livraria Lello é um dos mais emblemáticos edifícios do neogótico portuense, destacando-se fortemente na paisagem urbana envolvente. Trata-se de um conjunto em que a arquitetura e os elementos decorativos deixam transparecer o estilo dominante no início de século XX.
A fachada apresenta um arco abatido de grandes dimensões, com entrada central e duas montras laterais. Acima, três janelas rectangulares ladeadas por duas figuras pintadas por José Bielman, representando a "Arte" e a "Ciência". Uma platibanda rendilhada remata as janelas, terminando a fachada em três pilastras encimadas por coruchéus, com vãos de arcaria de gosto neogótico. A decoração é complementada por motivos vegetais, formas geométricas e a designação "Lello e Irmão", sob as janelas.
No interior, os arcos quebrados apoiam-se nos pilares em que, sob baldaquinos rendilhados, o escultor Romão Júnior esculpiu os bustos dos escritores Antero de Quental, Eça de Queirós, Camilo Castelo Branco, Teófilo Braga, Tomás Ribeiro e Guerra Junqueiro. Os tetos trabalhados, o grande vitral que ostenta o monograma e a divisa da livraria "Decus in Labore" e a escadaria de grandes dimensões de acesso ao primeiro piso são as marcas mais significativas da livraria.
As escadarias da Lello também são conhecidas por ser a inspiração da livraria onde Harry Potter conheceu Gilderoy Lockhart no livro "Harry Potter e a câmera dos segredos", já que J.K. Rowling chegou a morar na cidade do Porto.
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