A romancista Ana Margarida de Carvalho venceu novamente o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE), desta vez com a obra Não se pode morar nos olhos de um gato.
Ana Margarida de CarvalhoCréditos/ The Book Lovers
Num comunicado, a APE esclarece que «o júri, constituído por José Correia Tavares, que presidiu, Isabel Cristina Rodrigues, José Carlos Seabra Pereira, Luís Mourão, Paula Mendes Coelho e Teresa Carvalho, ao reunir-se pela quarta vez, deliberou por maioria, pois Luís Mourão votou em A Gorda, de Isabela Figueiredo».
Ana Margarida de Carvalho, que recebe pela segunda vez o Grande Prémio de Romance e Novela da APE, é finalista do Prémio Oceanos, do Brasil, com esta obra.
Publicado pela Teorema, o título Não se pode morar nos olhos de um gato foi considerado «livro do ano» pelo jornal Público e nomeado para «melhor livro de ficção narrativa» aos Prémios Autores, da Sociedade Portuguesa de Autores, este ano.
Ana Margarida de Carvalho nasceu em Lisboa, é licenciada em Direito e, nas eleições autárquicas de 1 de Outubro, foi eleita pela CDU à Assembleia Municipal de Lisboa. Como jornalista, recebeu, entre outros, os prémios Gazeta Revelação do Clube de Jornalistas de Lisboa, o do Clube de Jornalistas do Porto e o da Casa de Imprensa.
O seu primeiro romance, Que Importa a Fúria do Mar, venceu por unanimidade o Grande Prémio de Romance e Novela APE, em 2013.
Em parceria com Sérgio Marques publicou, em 2015, o livro infanto-juvenil A Arca do É.
Além de Ana Margarida de Carvalho e de Isabela Figueiredo, eram finalistas do Grande Prémio de Romance e Novela APE Alexandra Lucas Coelho, Mafalda Ivo Cruz e Paulo Varela Gomes.
Ana Margarida de Carvalho junta-se hoje à galeria de autores já distinguidos por duas vezes com o Grande Prémio de Romance e Novela da APE: Agustina Bessa-Luís, Maria Gabriela Llansol, António Lobo Antunes, Vergílio Ferreira e Mário Cláudio.
Mário de Carvalho, David Mourão-Ferreira, José Saramago, José Cardoso Pires, Rui Cardoso Martins, Vasco Graça Moura e Lídia Jorge foram alguns dos autores que também receberam o prémio.
De acordo com a APE, este ano apresentaram-se 93 livros a concurso, publicados em 2016, com a chancela de 44 editoras.
O prémio tem o valor pecuniário de 15 000 euros.
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