quinta-feira, 29 de março de 2018

Grutas da Quinta do Anjo

As Grutas da Quinta do Anjo são formadas por quatro grutas artificiais e baseiam-se em monumentos funerários com características muito particulares.
Estas grutas são do conhecimento internacional graças à originalidade da cerâmica que ali se encontrou tendo sido classificado como Monumento Nacional no ano de 1934

Resultado de imagem para Grutas da Quinta do Anjo
Integram-se na época do Neolítico Final (há cerca de 4500 anos), mas depois desta data, elas continuaram a servir o seu propósito como locais de enterramento coletivo durante a Idade do Cobre.
Nas rochas foram escavados alguns compartimentos mais ao menos circulares, um corredor que lhe dá acesso e uma antecâmara. As grutas apresentam-se com um topo aplanado, com uma câmara sub-circular, com uma abóbada e com uma clarabóia superior mesmo no centro. Uma antecâmara (como já foi dito) de planta ovalada e um corredor estreito que permite o acesso à entrada da câmara. Sabe-se que durante mais ao menos 1 500 anos estas grutas serviram de local para enterrar os mortos e fazer rituais funerários aos familiares dos pastores e agricultores que por ali habitavam.
As citadas grutas que se localizam em Palmela foram descobertas no final do século XIX de forma fortuita aquando da realização de atividades de extração de calcário no local.
Estas atividades destruíram parcialmente uma das necrópoles das grutas três e quatro. Sabe-se que estas grutas foram mandadas escavar por António Mendes com orientação de Carlos Ribeiro no ano de 1876, embora exista a certeza de que tenham existido trabalhos anteriores.
 Muitos instrumentos foram aqui encontrados nomeadamente no que se refere a mobiliário funerário dando-se destaque a grandes lâminas, pontas de seta, machados e enxós em pedra polida, cerâmicas lisas como taças de calote, cerâmica campaniforme, objetos de adorno, ídolos cilíndricos e placas de xisto decoradas e recipientes em calcário. Juntamente com todos estes elementos foram também recolhidos vestígios ósseos.
É António Marques da Costa que no ano de 1906 volta às escavações neste local e é nessa mesma altura que desperta o interesse por este local, quer de investigadores nacionais quer estrangeiros.

Sem comentários:

Enviar um comentário