quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Casa do Alentejo/Palácio Alverca


Construído possivelmente nos finais do século XVII, o edifício onde hoje se encontra instalada a Casa do Alentejo, em Lisboa, sofreu profundas modificações no princípio do século XX.


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Da sua história mais antiga sabe-se que pertenceu a uma família aristocrática – os Paes de Amaral (Viscondes de Alverca) – de quem adoptou o nome e o título de Palácio Paes do Amaral ou Palácio Alverca.No início do século XX (1917-1919) foi alugado a uma empresa que transformou uma parte do velho palácio no 1.º casino da capital – o Magestic Club.
O Palácio sofreu, assim, profundas obras de adaptação sob a direcção do arquitecto Silva Júnior, transformando-o no esplendoroso edifício que chega até aos nossos dias.O Magestic Club denomina-se, anos mais tarde, “Monumental Club”, procurando sempre atrair clientes para as suas luxuosas salas de jogo ou para as sumptuosas festas que tinham lugar no deslumbrante Salão dos Espelhos.
Em 1928 já estava encerrada esta fase da sua vida. Passava o ano de 1932 quando foi arrendado ao Grémio Alentejano, posteriormente denominado – Casa do Alentejo – tornando-se a sede da Associação Regionalista Alentejana.
Em 1981 é adquirido aos descendentes da família Paes de Amaral e tornou-se património de todos os alentejanos.

     Casa Alentejo, fotografia de Jorge Maio

Casa do Corpo Santo em Setúbal

A designação Casa do Corpo Santo provém do nome pelo qual era conhecida a Confraria dos Navegantes, Armadores e Pescadores da Vila de Setúbal, cuja origem remonta ao séc. XIV, e que, mais tarde, se viriam a instalar neste edifício datado de 1714

Casa do Corpo Santo/Museu Barroco


Como Museu do Barroco, a Casa do Corpo Santo pretende valorizar o seu espaço físico, pois além de se situar no núcleo medieval do povoado, junto à Igreja de Santa Maria, é possível ver ainda um troço da muralha do séc. XIV, a oriente, que foi integrado no edifício. No primeiro piso é de destacar na Sala do Vestíbulo os painéis de azulejos barrocos, da autoria do mestre P.M.P. e os tetos pintados setecentistas, também presentes na Sala do Despacho. Nesta última sala sobressai ainda o piso de tijoleira, alternado com azulejos de figura avulsa. A Capela da Casa do Corpo Santo, enquanto espaço simbólico e artisticamente marcado pelo barroco, apresenta um altar forrado em talha dourada ao Estilo Nacional.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

O complexo de Aristóteles,ou a tendência de se sentir melhor que os outros


O “complexo Aristóteles” não é uma desordem definida no campo da psicologia ou da psiquiatria. Pelo contrário, é um conjunto de características que a cultura popular definiu informalmente como complexo. Basicamente, corresponde a pessoas que acreditam que estão sempre certas.



A palavra complexo vem do latim complexus. Refere-se a algo que é composto de vários elementos. Da mesma forma, na psicologia,  é algo definido como uma condição na qual vários traços de personalidade estão presentes ao mesmo tempo e causam dificuldades a um indivíduo.
As principais características presentes em um complexo é que eles são inconscientes. A pessoa não percebe que ele apresenta. E se ela percebe, ela dá-lhes uma interpretação diferente. Ela pensa, por exemplo, de que é normal ser assim, ou que tem razões válidas e objectivas para ser como é. Veja abaixo o que exactamente o complexo de Aristóteles.
Aristóteles, um filósofo teimoso 
Aristóteles é, inquestionavelmente, um dos maiores filósofos de todos os tempos. Ele viveu entre 384-322 A.C., durante a Grécia Antiga. Suas ideias e doutrina são tão importantes que até hoje elas têm uma grande influência sobre a filosofia e as ciências humanas e biológicas.
Aristóteles foi aluno de Platão, outro dos grandes filósofos gregos, o pai da metafísica. Ele seguiu seu mestre onde quer que ele fosse. Ele foi um aprendiz brilhante. Platão sempre teve uma grande estima por ele, até que as coisas começaram a mudar.
Aristóteles gradualmente se afastou de seu mestre enquanto desenvolvia sua própria doutrina filosófica e ganhava notoriedade. Mas isso não é tudo. Aristóteles também começou a se afastar de seus ensinamentos, algo que Platão nunca considerou como uma coisa ruim.
Ele declarou ao logo do tempo que a abordagem de Platão era infundada. Muitos questionaram essa atitude de Aristóteles. Foi um ato de deslealdade e arrogância. Não foi tão grave assim, mas o filósofo ganhou essa reputação.
O complexo de Aristóteles
Com base nesses episódios da história antiga, alguns começaram a falar sobre o complexo de Aristóteles. Atribui-se esse rótulo a todos que acreditam que são melhores que os outros e que acham que estão sempre certos. Se diferencia do complexo de superioridade que está mais relacionado às emoções e à imagem, enquanto o complexo aristotélico é de natureza intelectual.
Aqueles que apresentam o complexo de Aristóteles são obcecados em transcender os outros intelectualmente. Eles tecem longas discussões sem nenhum outro propósito que não seja o de provar que são mais inteligentes e mais cultos do que outros. Sempre colocam suas convicções à prova levantando controvérsias, se possível de maneira pública.
Obviamente, aquele que apresenta o complexo de Aristóteles ainda pensa que está com a razão, no entanto, isso não é a coisa mais importante para ele. O que mais lhe interessa é impor seu ponto de vista aos outros. Fazer com que os outros o vejam como alguém particularmente inteligente.
Complexos que levam a nada de bom
Uma espécie de adolescência insuperável está presente no complexo de Aristóteles. É de fato nesta idade em que é decisivo para uma criança testar suas idéias e, acima de tudo, confrontar ou demonstrar a fraca validade daquilo que as figuras de autoridade pensam em primeiro lugar. Esse processo, às vezes muito irritante para os adultos, é uma forma de os jovens construírem e reafirmarem sua identidade.
No final, uma insegurança profunda prevalece no adolescente, como naqueles que apresentam o complexo de Aristóteles. O desejo de estar certo a todo custo e de impor pontos de vista aos outros é apenas um sinal de dúvida. Eles querem impor outras formas de ver a realidade porque as temem. Eles assumem que põem em perigo sua própria perspectiva, que consideram intolerável.
O complexo de Aristóteles é um problema de auto-estima ou, se preferirmos, do narcisismo. O valor e a importância de si são superdimensionados, apenas para o propósito inconsciente de equilibrar um sentimento de inutilidade. Como aqueles animais que parecem ficar maiores e mais intimidantes quando se sentem em perigo. Seja como for, esse narcisismo exagerado só gera dificuldades ao longo do tempo.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Seixal

Um excelente exemplo de como se pode aproximar as populações ao rio,convidando-as a desfrutar do espaço verde circundante



O passeio ribeirinho, que se estende pelas margens da Baía, propõe um passeio pelos núcleos urbanos antigos, onde a genuína identidade seixalense se dá a conhecer. No trajeto, o Ecomuseu tem as portas dos seus espaços museológicos abertas, para que os visitantes possam entrar numa viagem pela história do território, experienciar saber antigos e navegar pelo Tejo a bordo de uma embarcação tradicional.
O Festival Internacional SeixalJazz, o Festival de Teatro do Seixal, a Seixalíada, os Jogos do Seixal e o Março Jovem são iniciativas emblemáticas que colocam o concelho na linha da frente da oferta cultural e desportiva de qualidade.

sábado, 15 de setembro de 2018


  HISTORIA

                            Laranjeiro "Quinta de Sto. Amaro"  e a "Casa Amarela"

                 
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Antigo lugar do termo e Freguesia de Almada, a povoação de Laranjeiro é hoje, uma das onze freguesias do Concelho de Almada.
Nos seus primórdios, era conhecido como local de passagem, ligando o sul do concelho a Cacilhas e à Vila de Almada, através da estrada que passando pelas Barrocas e Cova da Piedade conduzia à Mutela.Tratava-se de um amplo espaço rural onde pontificavam várias quintas, com as respectivas casas senhoriais, entre as quais a da Quinta dos Espadeiros, designação apontada por alguns historiadores locais, por força de nela haver permanecido, em finais do século VII, um foreiro da Albergaria de S. Lázaro, de nome Manuel Ribeiro, fabricante de espadas; a da Quinta de Santa Ana, edifício do mesmo século, propriedade do marquês de Sabugos, mas aforada a Agostinho de Rosales Santana; a da Quinta do Secretário, edifício do século XVIII, cujo nome lhe advém do seu proprietário, D. Gil Enes da Costa, ser ao tempo, Secretário de Estado; e a Quinta de Santo Amaro, um edifício do Século XIX, onde a Câmara Municipal instalou um centro de actividades culturais e em torno da qual se aponta ter nascido o topónimo de Laranjeiro.
Tal origem, não é, no entanto, pacífica, uma vez que há quem defenda a tese, segundo a qual, atribui o seu aparecimento à alcunha porque era conhecido o habitante de Cacilhas, José Rodrigues ( O Laranjeiro), proprietário da última das referidas Quintas situada naquele perímetro, generalizando assim o aludido topónimo entre as gentes da época.
Além das referidas casas, sublinhe-se a existência do Paço Real do Alfeite, um pequeno palácio do século XV, que foi residência do infante D. Francisco, mais tarde utilizado como pavilhão de caça. Esse imóvel, pertencente hoje à Base Naval de Lisboa, situava-se na antiga Quinta do Antelmo, devido à sua aquisição pelo infante ao desembargador António de Maia Aranha, após o que passou a casa do Infantado. Toda esta vasta franja territorial, que vai do Caramujo à foz do Rio Judeu, é pertença do Alfeite, propriedade da Ordem de Santiago, por doação de D, Sancho I, em consequência da doação de Almada à referida Ordem militar, em 1186. Voltou à posse da corôa com D. Dinis, em 1298. A partir de então, passou a pertencer ao dote das rainhas e D. Leonor Teles doou ou vendeu-o ao judeu David Negro.
Com a conquista da independência, D. João I incluiu na doação a Nuno Álvares Pereira, que, por sua vez, o doou à Ordem do Carmo ficando, pouco a pouco, alienado em fracções.
Entretanto, em 1641, D. João IV confiscou a fracção pertencente ao duque de Caminha e em 1654, cria a Casa do Infantado, doando-a ao Infante D. Pedro. Até 1834, data da extinção daquela casa, os diversos monarcas foram adquirindo as várias fracções e concentrando-as naquele património. De tal sorte, que o Alfeite chegou a compreender ainda as Quintas da Penha, da Piedade, do Outeiro, da Romeira, do Antelmo e da Bomba. Nele estavam ainda incluídos, os pinhais de Corroios e do Cabral e na margem esquerda do rio Judeu, os moinhos do Galvão, da Passagem, do Capitão e da Torre, hoje território do concelho do Seixal.
Elevada à categoria de Freguesia em 4 de Outubro de 1985, em consequência da aprovação, por parte da Assembleia da República do Decreto-Lei 126/85, o território da Freguesia de Laranjeiro, constituí hoje um espaço urbano, o qual, conjuntamente com o das Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Cacilhas, Feijó e Pragal, constituem a actual Cidade de Almada
(Casa Amarela)
Acarinhado e apropriado pela comunidade juvenil, o Centro Cultural Juvenil de Sto. Amaro é também conhecido por Casa Amarela, nome adoptado pelos jovens utentes e público em geral.
Situada no Laranjeiro e inaugurada a 14 de outubro de 2000, este equipamento oferece apoio técnico e logístico à comunidade juvenil de Almada disponibilizando vários recursos necessários à produção, execução e acompanhamento de atividades artísticas, de índole sociocultural ou outras.
    
Vocacionado para o acolhimento de atividades em diversas áreas da criação artística ou da intervenção sociocultural, promove a realização de atividades de natureza formativa, apoia as propostas de iniciativa dos jovens e fomenta a dinamização do movimento associativo juvenil.

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Moeda romana de prata com mais de 2000 anos descoberta em Conímbriga

Uma moeda romana de prata do ano 97 antes de Cristo (a.C.) foi encontrada durante escavações arqueológicas junto às ruínas de Conímbriga, anunciou hoje a Câmara de Condeixa-a-Nova.
Também denominada vitoriato, por ter a imagem da deusa Vitória, a moeda foi descoberta no decorrer dos trabalhos na Casa Paroquial de Condeixa-a-Velha, no distrito de Coimbra, realizados sob a direção do arqueólogo Pedro Peça.

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"Está em muito bom estado de conservação e será integrada no espólio do Museu Portugal Romano em Sicó (PO.RO.S) para que possa ser apreciada por todos", afirma o presidente da Câmara Municipal, Nuno Moita, citado numa nota da autarquia enviada à agência Lusa.
Para Nuno Moita, "é sempre uma satisfação muito grande trazer à luz do dia tão importantes achados".
"São prova viva das nossas origens, dos nossos antepassados".
Esta foi a primeira vez que "uma equipa independente realizou escavações" na zona daquela cidade romana em ruínas, no âmbito das ações do Movimento para a Promoção da Candidatura de Conímbriga a Património Mundial junto da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), "com a finalidade de virem a ser enriquecidas as coleções" do Museu PO.RO.S, criado pela Câmara de Condeixa.
As escavações arqueológicas que permitiram a descoberta do quinário decorreram durante três semanas, na Zona Especial de Proteção das Ruínas de Conímbriga, sob a direção de Pedro Peça, com a participação dos arqueólogos Miguel Pessoa, Margarida do Rosário Amado e Carlos Lapa, além do restaurador Pedro Sales.
A Câmara Municipal apoiou financeiramente esta intervenção, disponibilizando diariamente um trabalhador para colaborar naquele trabalho.

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

“Bohemian Rhapsody”, o filme sobre Freddie Mercury, está a chegar

             


"Bohemian Rhapsody", o filme que retrata 15 anos da vida de Freddie Mercury, chega a Portugal em Novembro. Antes disso, estreia em Wembley, onde os Queen fizeram história em 1985.É, sem sombra de dúvidas, a música mais conhecida dos Queen. É, aliás, mais do que uma música: é um conjunto de várias músicas, vários géneros, várias fases da música internacional e várias fases da vida de Freddie Mercury. É, tal como o próprio nome revela — sem farsas, mal entendidos ou mensagens escondidas –, uma rapsódia boémia. Mas, a partir deste ano, Bohemian Rhapsody será também o nome do filme que conta a história da rapsódia boémia que foi a vida de Freddie Mercury.A estreia, que vai contar com 2.600 convidados, está marcada para o dia 23 de Outubro
Em Portugal, “Bohemian Rhapsody” chega aos cinemas a 1 de Novembro.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

"Se alguém bate à sua porta"

Um lindo poema de Gabriel Garcia Marquez
Gabriel José da Concórdia García Márquez nasceu em 6 de março de 1927 em Aracataca, Colômbia e faleceu em 17 de abril de 2014 na Cidade do México. Em 1982 ele foi o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura.

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Ele foi um dos autores mais importantes do século passado. Entre seus trabalhos mais populares estão “Cem Anos de Solidão”, “Amor no Tempo do Cólera”, “Crônica de uma Morte Anunciada”, entre outros.
Então, vamos desfrutar de um belo poema do grande Gabriel García Márquez.

Se alguém bate à sua porta
Se alguém chama à sua porta, amiga minha,
E algo em seu sangue ladra e não repousa
E em seu caule de água, temblorosa,
A fonte é uma líquida harmonia.
Se alguém chama à sua porta e ainda
Te sobra tempo para ser bela
E há tudo abril em uma rosa
E pela rosa sangra até à morte o dia.
Se alguém chama a sua porta uma manhã
Sonora de pombas e sinos
E ainda acredita na dor e na poesia.
Se ainda a vida é verdade e o verso existe.
Se alguém chama à sua porta e você está triste,
Abre, que é o amor, amiga minha.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Parque da Paz - História e Construção
Parque da Paz

Formalmente iniciado em 1995, por decisão da então presidente da Câmara Municipal, o Parque da Paz representa nos dias de hoje um local de contemplação, leveza e arte, onde se enlevam sobretudo, a prática desportiva e a serenidade do espírito. 

O parque de Almada nasceu de um processo de planeamento urbanístico levado a cabo pela Câmara Municipal de Almada em 1975, e que culminou com a reserva de perto de 60 hectares na zona da Quinta do Chegadinho. 

A vontade e determinação do poder local em caracterizar Almada, e dotá-la de um parque urbano, traduziu-se na elaboração de um plano de enquadramento paisagístico em 1979, plano este que visou estudar com minúcia o potencial do lote de terreno reservado pela autarquia.
A reserva do terreno na Quinta do Chegadinho permitiu, nos anos vindouros, que a população do concelho de Almada recebesse da autarquia uma das peças de desenho urbano mais minuciosas, mesmo a nível nacional, em matéria de parques verdes, cujo projecto foi concebido pelo arquitecto paisagista Sidónio Pardal, a convite da Câmara Municipal de Almada.

O projecto para o Parque da Paz contemplou percursos entre clareiras de relva e espécies florestais seleccionadas, sem descurar pormenores como o jogo de cores e sombra, ou o respeito pela vegetação natural. 

Ciente da necessidade de arquitectar o sítio à escala das necessidades do homem, o arquitecto paisagista Sidónio Pardal criou espaços denominados de estadias, onde não só se privilegia a identidade e linguagem arquitectónica do parque, como também se medita sobre a mescla da beleza natural em fusão com o toque urbano.
 A criação do lago, que acolhe várias espécies de aves migratórias e ainda outras que foram colocadas neste habitat desde a formação do lençol com 20 mil m2 de água, oferece ao espaço um toque romântico que em muito enriquece a conjuntura deste local.

Mais do que um elemento de cariz arquitectónico, este espaço aquático é um traço que inspira tranquilidade e serve de abrigo a inúmeras espécies, justificando assim a sua importância ambiental.

quarta-feira, 5 de setembro de 2018


                         Que nunca acabem as pontes entre nós

 A imagem pode conter: céu, ponte, nuvem, ar livre e água

Cristo Rei tem nova iluminação
Novas cores, mais luz e lâmpadas de última geração permitem uma iluminação mais moderna, ecológica e de menor consumo.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

O Trafaria Praia
Como Pavilhão de Portugal na Bienal de Veneza 2013
Iniciativa de Joana Vasconcelos

Joana Vasconcelos - la Biennale di Venezia 55eme, 2013. Trafaria Praia, Pavillon du Portugal, Vue du bateau & la lagune de Venise.

Joana Vasconcelos, apresenta, também, o Trafaria Praia como arte. Seguindo a lógica do readymade assistido, inaugurada por Marcel Duchamp, a artista mudou o objecto sem o desfuncionalizar. No exterior do navio, da proa à popa, a artista aplicou um painel de azulejos de grande escala em azul e branco, pintado à mão, que reproduziu uma vista contemporânea de Lisboa, da Torre do Bugio à Torre Vasco da Gama. A obra inspirou-se num outro painel de azulejos de grande escala, o Grande Panorama de Lisboa, que mostra Lisboa antes do terramoto de 1755, e é uma expressão fundamental do estilo barroco da era dourada da produção azulejística em Portugal. Tal como em obras anteriores, a artista reveste um objecto com azulejos, assim convocando a dimensão arquitectural da azulejaria. O desenho do painel de azulejos é da autoria de Jorge Nesbitt.
 La Biennale di Venezia foi fundada em 1895 e é um dos mais importante eventos dedicados à arte a nível mundial. A cada dois anos, a cidade italiana de Veneza acolhe inúmeros artistas e agentes da cena artística internacional e recebe milhares de visitantes. A selecção de artistas processa-se de seguinte forma: a convite do comissário, nomeado pela organização do evento, que comissaria uma exposição patente no Arsenale e num pavilhão nos Giardini e através das presenças nacionais – estes projectos, de iniciativa do governo de cada país, ocupam pavilhões nos Giardini ou em espaços temporários espalhados por Veneza.

domingo, 2 de setembro de 2018

Cortando o cordão umbilical

A família é nosso primeiro meio social, é onde construímos e nutrimos as nossas primeiras relações e também onde iniciamos nosso desenvolvimento do Eu. Os vínculos costumam-se desenvolver de forma intensa, por vezes nos tornando cuidadores e defensores de nossa família.

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Acontece que muitas vezes esses laços se constituem de forma a não estabelecer limites a essas relações, tornando-as disfuncionais.
Família disfuncional? O que é?    “Uma família disfuncional é aquela que responde as exigências internas e externas de mudança, padronizando seu funcionamento. Relaciona-se sempre da mesma maneira, de forma rígida não permitindo possibilidades de alternativa. Podemos dizer que ocorre um bloqueio no processo de comunicação familiar”.
Em muitos casos um familiar responsabiliza-se por resoluções de problemas e conflitos que não deveriam ser de sua preocupação. Veja alguns que estão recentes em minha mente.
  1. Filho que assumiu a posição de ‘chefe da casa’ após separação conturbada dos pais. Além de cuidar de si e de suas questões ‘adolescentes’, o filho sente-se na obrigação de cuidar da mãe e educar o irmão mais novo;
  2. Filho de pais que vivem em meio a separações e ameaças de divórcio. O filho vira mecanismo de reconciliação/separação do casal, sendo peça fundamental para que um ciclo briga-separa-volta se mantenha a todo vapor;
  3. Filha mais velha e adulta sente-se responsável por dar suporte a sua mãe (que criou a filha parte da infância sozinha), seja financeira ou emocionalmente. Tornando-se refém dos problemas da mãe, que são normalmente resolvidos pela filha ou não resolvidos para se manter esse tipo de relação;
  4. Irmã que sente-se responsável por cuidar dos irmãos e já na fase adulta continua a resolver os conflitos e arcar com despesas financeiras dos irmãos;
  5. Mãe que, apesar dos filhos já serem adultos e estarem casados, sente-se responsável por conduzir a vida dos filhos e assumir despesas e responsabilidades deles.
Ao expor os exemplos acima não me refiro a situações isoladas ou casos específicos. Me refiro a ciclos repetitivos que adoecem as relações e sobrepõem responsabilidades individuais, transferindo-as ao outro.
Em casos como os já citados todos têm prejuízos em suas vidas. Uma pessoa sobrecarrega-se, outra não amadurece, mantendo uma relação imatura, sem espaço para desenvolvimento com intuito de melhora.
Para alguns pode ser visto como prova de amor, mas não. Amor baseia-se em troca, respeito mútuo e limites. Estipular limites sim é uma prova de amor, amor ao outro e a si mesmo.
Normalmente quem se encontra neste tipo de situação enfrenta dificuldade em romper com o ciclo vicioso que retroalimenta, no entanto, é extremamente necessário que o indivíduo entenda o papel que vêm exercendo e o que o motiva a manter-se nessa posição (normalmente há algum ganho ou enrijecimento por um ganho do passado). A consciência do funcionamento familiar já é de grande valia já que muitas pessoas vivenciam essas situações sem nem ao menos perceber que algo está disfuncional, mesmo em casos em que haja sofrimento manifesto.
Em alguns casos uma conversa com alguém fora da família, como um amigo, poderá alertar e alterar o status da família. Outras vezes o processo terapêutico se faz necessário.
O processo terapêutico individual por si só já provocará desdobramentos no lidar deste individuo com seus familiares. Agora se o processo terapêutico for familiar, ou seja, todos os membros da família participarem, o processo poderá ser muito mais rápido, pois os conflitos referentes ao envolvimento e mecanismo familiar serão resolvidos por todos juntos, além de propiciar que todos entendam seu papel no funcionamento da família, possibilitando, assim, a escolha de permanecer retroalimentando os laços disfuncionais ou reescrevendo novas formas de organização e arranjo familiar.

sábado, 1 de setembro de 2018

Felizes são os que se arriscam

Uma vez disseram-me que o mais importante na vida é ser feliz. Confesso que demorei um tempo para entender. Nesse meio tempo, fui em busca de respostas. Ofereceram-me algumas, mas não me interessei. Até que sozinho, pude perceber que para ser feliz é preciso arriscar.

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A vida não segue roteiro, na verdade, a vida é um espetáculo sem ensaios. Por isso, nem sempre nos saímos bem. Muitas vezes, tentamos nos preparar para as oportunidades, como se pudéssemos ludibriar a senhora do tempo, entretanto, estas sempre chegam de maneira diferente do que imaginávamos e, sobretudo, quando não esperamos.
Sendo assim, não há como se preparar para o acaso, para o inesperado, pois se assim fosse, todo o encanto que só este possui seria mortificado. No entanto, ainda que não saibamos o que fazer, não podemos ser reféns do medo e da insegurança. É necessário estar disposto a se machucar um pouco para que se possa sentir o sabor da felicidade.
Acreditar que se pode ser feliz vivendo de forma reclusa, sem envolvimento, sem acreditar no outro e sem esforço é uma autossabotagem de quem talvez tenha medo do que a felicidade possa lhe provocar. Talvez, tenha medo das feridas e dores que pode ganhar ao longo do caminho e, por isso, prefere esperar a vida passar como se nada de especial pudesse acontecer.
Mas, mesmo que demorem, as oportunidades chegam. E, quando chegam, passam depressa. Assim, pelo medo de se arriscar e se machucar, as oportunidades que a vida nos oferece podem passar. E junto com elas, a chance de ser feliz.
Nunca saberemos como é o final do caminho se não estivermos dispostos a caminhar. Nele existirão obstáculos, mas, é preciso superá-los, mesmo que ao tentar, caíamos e tomemos tombos. Afinal, o erro faz parte do aprendizado e todos nós somos capazes de suportar alguns baques.
Se não estivermos dispostos a sair da nossa zona de conforto, seremos apenas representações de “eus” sonhados. Criaremos na nossa cabeça um mundo de fantasia, enquanto, essa fantasia poderia estar fora, sendo tocada, abraçada, beijada e vivida. Para tanto, é preciso se arriscar e estar disposto a cair algumas vezes.
São tempos difíceis para os sonhadores, que procuram algo além das grandiosidades vazias. Contudo, mais do que querer, é necessário ter coragem para agarrar as oportunidades que a vida nos oferece, já que as melhores coisas são aquelas que apenas o silêncio da alma consegue descrever.
A vida passa tão depressa, que desperdiçar a chance de ser feliz pode ser o seu maior pecado. Saia da janela e dance na rua, de pés descalços, olhe o céu e escute os pássaros. Sinta o seu coração, se entregue aos acasos, arrisque-se e seja corajoso para viver as oportunidades que a vida lhe oferece, pois com o tempo os quadros mais bonitos tornam-se apenas borrões e até o coração mais sonhador se torna seco e triste.