A 30 de Novembro de 1935, Portugal em particular e a literatura universal em geral perdem um dos seus maiores vultos: Fernando Pessoa.
É considerado ao lado de Luís de Camões o maior poeta de língua portuguesa
Fernando António Nogueira Pessoa nasceu em Lisboa a 13 de Junho de 1888 mas foi educado na África do Sul,numa escola católica irlandesa,o que lhe possibilitou um domínio absoluto da língua inglesa para além do idioma materno.
Das quatro obras que publicou em vida três são de língua inglesa
Traduziu para Português obras de vários autores da literatura inglesa, nomeadamente Shakespeare e Edgar Allan Poe e verteu para inglês obras de autores portugueses,com especial destaque para António Boto e Almada Negreiros.
A sua capacidade em se desdobrar em varias entidades permitiram-lhe criar diversos heterónimos,cada um deles com a sua própria personalidade,tais como Alberto Cairo (um camponês guardador de rebanhos),Ricardo Reis (um clássico/helenista) e Álvaro de Campos (um engenheiro naval vocacionado para as tecnologias).
Inaugurado em junho de 2013, o Centro de Interpretação de Almada Velha (CIAV) conta a memória do centro histórico da cidade. Uma antiga ermida, fechada desde os anos 90 do século passado e conhecida como Salão das Carochas, foi sujeita a profundas obras de reabilitação para acolher este espaço museológico.
A antiga nave da Ermida do Espírito Santo disponibiliza agora montras dinâmicas e espaços expositivos que dão conta das tradições e vivências locais. Através deste equipamento são ainda divulgados os produtos e iniciativas do município, propondo-se ainda circuitos pedonais e roteiros de visita temáticos a esta área do concelho.
Há poucas "curtas-metragens" que souberam captar com tamanha fidelidade a tempestade emocional que ocorre dentro de nós quando somos forçados a deixar algumas coisas para trás. Pode ser a casa onde vivemos tempos bons, a cidade em que crescemos, uma pessoa que amamos profundamente, mas não é mais, um projecto emocionante que falhou…
Todos nós temos que passar por fases em que temos que dizer adeus para seguir em frente e não estar preso a um passado que só existe em nossas memórias. Às vezes essas despedidas podem ser muito dolorosas.
Renúncias dolorosas, suas fases emocionais
Este vídeo animado, criado por Hani Dombe e Tom Kouris, consegue transmitir-nos aquele mar de sensações, desde a incrível e muitas vezes paralisante nostalgia do que já não existe, até o desejo determinado de nos apegar a um passado em que nos sentimos à vontade , incluindo aquele momento doloroso em que tomamos a decisão de seguir em frente.
Lili, que é como esta curta-metragem é intitulado, revela as fases que passamos quando necessitamos deixar para trás uma etapa maravilhosa, mas que não existe mais e não pode nos trazer nada de novo.
Podemos notar a tranquilidade que o bicho de pelúcia traz para a menina, que seria a representação de todas as coisas conhecidas do passado que nos fazem sentir seguros. No ato de colocar a fita adesiva para proteger todos os seus brinquedos, detectamos nossa tendência a nos apegar ao passado, a nossa resistência à mudança.
Mais tarde, veremos que sua decisão de lutar contra o vento, embora corajosa e não isenta de alguma ternura, não faz sentido porque a vida continua seu curso, quer queiramos ou não. Então nós testemunhamos um estágio de profunda negação da realidade pela qual todos nós passamos, aquele estágio no qual a realidade nos atinge com toda a sua força.
Quando percebemos que não podemos continuar lutando contra a realidade, algo dentro de nós se rompe e o primeiro impulso é nos agarrar ainda mais ao passado, mesmo que ele não exista mais, simplesmente porque o futuro nos causa pânico. Então encontramos abrigo em momentos felizes. Na verdade, não é por acaso que nessa fase de curta, o ursinho seja maior do que a criança, o que revela que ele é a sua fonte de segurança.
Então, quase podemos tocar o medo de deixar ir, a resistência de sair da zona de conforto em que vivemos, essa mistura de nostalgia, culpa e tristeza quando temos que enfrentar uma despedida dolorosa, mas necessária.
Até que no final damos o passo e conseguimos fazer as pazes com o nosso passado. Esse passado não desaparecerá, nós sempre o levaremos conosco, mas não será mais um peso, mas uma doce lembrança que nos encoraja a continuar e nos lembra o quanto somos fortes.
De Almada a Lisboa, em cerca de duas horas, pelos passadiços da ponte
A 18 de Novembro de 1964, a construção da ponte sobre o Tejo entra numa fase decisiva, com o lançamento dos passadiços de serviço entre as duas margens, o que permitiu ao então ministro das obras publicas, e outras entidades atravessarem o Tejo, entre Lisboa e Almada, pela primeira vez a pé.
Cientistas descobriram na Gronelândia, sob uma camada de gelo, uma cratera com mais de 31 quilómetros de diâmetro, criada pelo impacto de um meteorito, foi esta quarta-feira (14-11-2018) divulgado.
A cratera, descoberta por uma equipa internacional liderada por especialistas do Museu de História Natural da Universidade de Copenhaga, na Dinamarca, é uma das 25 maiores que existem na Terra fruto do impacto de corpos celestes rochosos ou metálicos.
Segundo a Universidade de Copenhaga, que divulga em comunicado a descoberta, é a primeira vez que uma cratera é encontrada sob uma das camadas de gelo continentais da Terra. O resultado do trabalho, feito nos últimos três anos e que incluiu pesquisas com radares e recolha de amostras de sedimentos, é descrito na publicação científica de acesso aberto Science Advances.
A cratera, "excepcionalmente bem preservada", de acordo com os investigadores, formou-se quando um meteorito de ferro que teria um quilómetro de largura atingiu o actual norte da Gronelândia, na zona do glaciar Hiawatha. Os peritos sugerem, apesar de ainda não terem conseguido datar a cratera, que esta se terá formado depois de o gelo começar a cobrir a Gronelândia, situando o intervalo de tempo entre os três milhões de anos e os 12 mil anos.
A equipa científica vai agora tentar datar a cratera, um desafio que requer a recuperação de material que derreteu durante o impacto do meteorito. Sabendo a idade da cratera, será possível perceber como a queda do meteorito terá afectado a vida na Terra num determinado período.
'Uma viagem livre' por mais de um século de cinema português, de 1896 até à actualidade, é o que propõe a Cinemateca Portuguesa, na sexta-feira, numa sessão de quatro horas para celebrar o 70.º aniversário.
"Num contexto de reflexão sobre o património português, o que queremos mais uma vez é chamar a atenção para o valor inestimável desta memória visual e para a importância de tê-la em conta nos debates sobre o futuro", afirma a Cinemateca em nota de imprensa.
De entrada gratuita, a sessão decorrerá entre as 18:00 e as 22:00, sem interrupções, exibindo "filmes ou excertos de filmes de todas as épocas, géneros ou categorias, que se vão sucedendo de forma não hierarquizada".
A sessão de tributo ao cinema feito em Portugal tem por título uma interrogação: 'Que faremos nós com esta espada?', que remete para o documentário 'Que farei eu com esta espada?', de João César Monteiro, feito em 1975, sobre Portugal.
"Por detrás do alinhamento desta sessão especial [está] a ideia de uma viagem livre, não sistemática e não cronológica, sustentada na intuição e numa relação viva com a história do país".
A Cinemateca Portuguesa está a celebrar 70 anos, com uma série de iniciativas que se prolongará até 2019, chamando a atenção para a sua primeira missão: a salvaguarda e a divulgação do património cinematográfico.
Além de ciclos específicos e debates, o programa alargado de celebração dos 70 anos incluirá ainda um processo, progressivo, de classificação de alguns filmes do cinema português como tesouros nacionais, como tinha dito em Setembro passado o director da Cinemateca, José Manuel Costa, à agência Lusa.
"A classificação tem um impacto simbólico e um impacto prático e implica uma responsabilidade acrescida do Estado", disse, sublinhando que está em causa um "testemunho absolutamente precioso e inestimável sobre a história e a vivência do século XX".
Esta é a primeira vez que a Cinemateca celebra a data da sua fundação, enquanto entidade pensada para criar uma colecção fílmica e documental e preservá-la. Até aqui, era assinalada habitualmente a abertura oficial da Cinemateca ao público, com sessões de cinema iniciadas a 29 de Setembro de 1958.
A celebração acontece num momento em que a Cinemateca procura uma solução orgânica que lhe permita ultrapassar os constrangimentos administrativos e financeiros que, no entender do director, têm afectado o funcionamento do organismo, enquanto motor de preservação do património fílmico.
"Estamos a lutar pela sobrevivência, quando devíamos estar a responder a novos desafios e a uma dinâmica de conjunto que está a evoluir muito depressa. As cinematecas estão a mudar, o contexto digital mudou muita coisa, todo o panorama de trabalho é bastante diferente (...) e não estamos a poder usar o nosso próprio potencial", lamentou na mesma entrevista.
Uma mostra de cinema documental de promoção da candidatura de Évora a Capital Europeia da Cultura em 2027 está em destaque da 15.ª edição do Festival Internacional de Curtas-Metragens de Évora (FIKE).
O certame, que se inicia hoje, prolonga-se até dia 23 e é organizado pela Sociedade Operária de Instrução e Recreio Joaquim António d’Aguiar e pela Câmara Municipal de Évora, com o apoio da Direcção Regional de Cultura do Alentejo, Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central e União de Freguesias de Évora, com outros parceiros.
«É um festival que, pela sua programação, assume um olhar para dentro, um pouco como consequência dos filmes que se apresentaram a concurso. É um olhar para dentro dos lugares onde acontece, de um lugar que tanto pode ser Évora como outro ponto do mundo», disse à agência Lusa Carla Magro Dias, da organização.
O festival conta este ano com uma mostra de cinema documental de promoção da candidatura de Évora a Capital Europeia da Cultura em 2027, que inclui a exibição dos filmes A pedra não espera, de Graça Castanheira, e 7 Évoras em Kepa, de José Coimbra e Tiago Guimarães.
A pedra não espera, sobre os projetos do escultor João Cutileiro, que vive em Évora, será apresentado no dia 20, às 18h, no Teatro Garcia de Resende, enquanto 7 Évoras em Kepa, sobre a residência artística do músico basco Kepa Junkera na cidade, está agendado para dia 22, à mesma hora e no mesmo local.
Quanto à vertente competitiva do certame, segundo a directora do festival, tem a concurso 37 filmes oriundos «dos quatro cantos do mundo», nas categorias de animação, ficção e documentário e, este ano, pela primeira vez, videoclip e novo talento.
«Temos filmes dos continentes americano e africano, e uma grande representação do cinema europeu», assinalou Carla Magro Dias.
Além da competição, que vai decorrer no Teatro Garcia de Resende, a programação do FIKE inclui cinema para as escolas, ciclo que começa hoje, e mostras de cinema e videoclip, a partir de dia 16, que estão previstas para o Auditório Soror Mariana.
O júri, composto por Sara Gonçalves, Susana Mourão, José Coimbra, Rui Fernandes e Paulo Santos, vai atribuir os prémios para a Melhor Ficção, Animação e Documentário, e diploma para o melhor Videoclip e Novo Talento, enquanto os espectadores do festival vão conferir o Prémio do Público.
A diretora do festival adiantou que já está confirmada a realização do FIKE no próximo ano, estando previsto para Setembro de 2019.
Lisboa é a capital de Portugal e polo duma região multifacetada que apela a diferentes gostos e sentidos.
Numa cidade que foi recebendo muitas e diferentes culturas vindas de longínquas paragens ao longo do tempo, ainda hoje se sente um respirar de aldeia em cada bairro histórico. Podemos percorrer a quadrícula de ruas da Baixa pombalina que se abre ao Tejo na Praça do Comércio e, seguindo o rio, conhecer alguns dos lugares mais bonitos da cidade: a zona monumental de Belém com monumentos do Património Mundial, bairros medievais, e também zonas de lazer mais recentes ou contemporâneas, como o Parque das Nações ou as Docas.
A primeira Escola Industrial e Comercial de Almada foi criada em 1955, em instalações da rua D. João de Portugal, tendo-se transformado, em 1958, na Escola Industrial e Comercial Emídio Navarro. Devido ao aumento de matrículas criou-se a Escola Técnica Elementar D. António da Costa onde passou a funcionar o Ciclo Preparatório do Ensino Técnico.
A Escola Industrial e Comercial de Emídio Navarro ocupou as suas actuais instalações, na rua Luís Queirós em 1960, e a escola preparatória também, nos Caranguejais em 1969. A escola secundária Emídio Navarro constitui um dos primeiros ascendentes do ensino oficial secundário no concelho de Almada, cujo crescimento acompanhou a evolução demográfica vertiginosa nas décadas de cinquenta (1950 - 61.572 habitantes), sessenta (1960-70.978), e setenta (1970-108.150).
Em 1971, em plena reforma de Veiga Simão, a Escola Industrial e Comercial Emídio Navarro é de novo desdobrada, dando lugar a uma escola de vocação comercial, a Escola Técnica Comercial Anselmo de Andrade. Esta ocupou os pavilhões pré-fabricados na Praça São João Baptista durante alguns anos, tendo ampliado as suas instalações em 1980 com a criação, depois secção, na Praça Gil Vicente (actual Escola Secundária Cacilhas/Tejo). Em 1986 foi transferida para as actuais instalações na rua Ramiro Ferrão, no Pombal.As áreas curriculares oferecidas por esta escola até finais dos anos 70 estiveram limitadas aos cursos relacionados com electricidade/electrotecnia (que sempre constituiu grupo dominante ) e com mecânica/mecanotecnia. No entanto, devido à restruturação do ensino secundário, iniciada em 1975/76 com a unificação dos cursos gerais, foram criadas novas áreas no ensino vocacional diurno: Quimicotecnia, Desporto, Construção Civil, Introdução às Artes Plásticas, Design e Arquitectura. No ensino nocturno manteve-se a limitação às duas áreas tradicionais.No ano letivo 2013/2014 passou a ser a sede do Agrupamento de Escolas de Emídio Navarro. Fazem parte deste Agrupamento, para além da escola sede as Escolas Básica 2/3 de D. António da Costa, Básica Cataventos da Paz, EB1 da Cova da Piedade (Escola dos Caranguekais) e EB3 de Almada eEB1/JI da Cova da Piedadeda Cova da Piedade,Actualmente funcionam na Escola Secundária de Emídio Navarro o 3º Ciclo do Ensino Básico em regime regular e com alguns Cursos de Educação e Formação de Jovens e Cursos Vocacionais. No ensino Secundário funcionam turmas dos Cursos Cientifico-Humanísticos e Cursos Profissionais.
segunda-feira, 5 de novembro de 2018
Aproveitar o vazio da praia no Outono!
EcoParque do Outão Equipamento turístico instalado em pleno Parque Natural da Arrábida, sob gestão da Câmara Municipal de Setúbal, está agora dotado de novas valências de alojamento e renovadas condições de usufruto e atractividade - autocaravanismo, alojamento em bungalows e campismo.
Mais do que um evento de massas ou tendências, o Web Summit mostrou ser uma excelente oportunidade para revelar talentos, promover developers e startups e explorar interesses comuns.
O Web Summit [o maior evento de tecnologia do planeta] aproxima-se a passo acelerado e mais uma vez, Lisboa acolhe milhares de entusiastas de tecnologia, executivos, startups e investidores durante uma semana que promete inspirar o futuro dos negócios, inovação e tecnologia.
De Portugal para o mundo.
Como nas edições anteriores, e isto não deverá ser uma surpresa para nenhum de vós, a Microsoft vai lá estar – com a vaga de tecnologia mais disruptiva da nossa era – e por isso essencialmente focados em Inteligência Artificial, Quantum Computing, Sustentabilidade e Cibersegurança.
Mais do que um evento de massas ou tendências, o Web Summit mostrou ser uma excelente oportunidade para revelar talentos, promover developers e startups, explorar interesses comuns e ajudar decisores de negócio para melhor construir o nosso futuro colectivo na era digital.
Dado que a organização anunciou, ainda, que o Web Summit estará em Portugal por mais uma década, procurarei criar uma rotina anual: partilhar convosco o meu TOP 10 de sessões imperdíveis no Web Summit.
Belmonte é uma vila portuguesa do distrito de Castelo Branco, na província da Beira Baixa, região do Centro e sub-região da Cova da Beira, com cerca de 3 500 habitantes. É sede de município com 118,76 km² de área e 6 859 habitantes, subdividido em 4 freguesias.
A história da vila remonta ao século XII, quando o concelho municipal recebeu foral de D.Sancho l em 1211.
Belmonte e a vizinha Covilhã, apesar de situados no interior de Portugal estão conotados como poucas regiões portuguesas com os Descobrimentos marítimos Portugueses. Entre as curiosidades que permeiam a história da vila está o facto de que o descobridor do Brasil no século XV, o navegador Pedro Álvares Cabral, ter nascido em Belmonte.
António Ribeiro, conhecido por Poeta Chiado, nasceu em Évora em data desconhecida, cidade onde professou pela Ordem dos Franciscanos, e faleceu em Lisboa em 1591, para onde veio após ter abandonado a vida religiosa. Contemporâneo de Camões que o menciona como poeta engenhoso num dos versos do Auto de El Rei Seleuco, desenvolveu sobretudo a poesia jocosa e a sátira, através da descrição de quadros flagrantes da vida social do período em que viveu, tendo afinidades literárias com Gil Vicente.
A estátua em bronze, da autoria de Costa Motta (tio), com plinto quadrangular em pedra lioz de José Alexandre Soares, foi colocada por iniciativa da vereação municipal, que desta forma quis prestar homenagem a António Ribeiro, conhecido com o nome de uma das mais conhecidas zonas de Lisboa, o Chiado, por aí morar.
Lisboa é a capital de Portugal e a cidade mais populosa do país. Tem uma população de 506 892 habitantes, dentro dos seus limites administrativos. Na Área Metropolitana de Lisboa, residem 2 821 697 pessoas, sendo por isso a maior e mais populosa área metropolitana do país.
"É uma cidade à beira-mar, com ondas que se quebram de encontro às muralhas, admiráveis e de boa construção. A parte ocidental da cidade é encimada por arcos sobrepostos assentes em colunas de mármore apoiadas em envasamentos de mármore. Por natureza, a cidade é belíssima"
A vida é como uma viagem de trem, com suas estações e mudanças de pista, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns casos e tristezas profundas em outros …
Quando nascemos, pegamos o trem e conhecemos nossos pais, acreditamos que eles sempre viajarão ao nosso lado, mas eles vão sair em alguma estação e continuaremos a viagem. De repente nos encontraremos sem sua companhia e amor insubstituível.
No entanto, muitas outras pessoas especiais e significativas estarão no caminho da nossa vida: nossos irmãos, amigos e em algum momento, nossa cara metade …
Alguns tomarão o trem para descer na próxima estação e eles passarão despercebidos, nem sequer notamos que eles desocuparam seus assentos. Outros vão amargurar a viagem, como aqueles parceiros irritantes que queremos sair o mais rápido possível.
Outros, ao descerem, deixarão um vazio definitivo … E até verão que alguns, embora sejam pessoas que você ama, ficarão em carros diferentes dos nossos … Durante toda a jornada eles permanecerão separados, a menos que decidamos nos aproximar deles e nos sentarmos. a seu lado. De fato, se realmente nos importamos, é melhor corrermos para fazer isso antes que outra pessoa chegue e assuma essa posição.
A jornada continua cheia de desafios, sonhos, fantasias, alegrias, tristezas, esperas e despedidas …
No entanto, é importante manter um bom relacionamento com todos os passageiros, procurando em cada um o melhor que eles têm para oferecer.
Com o tempo, precisamos aprender a conviver com alguns e sobreviver sem os outros. Temos de aprender a lidar com as pessoas que não queremos ter ao nosso lado e também devemos avançar, apesar das perdas e da dor.
Quando você não pode coexistir com pessoas que te incomodam …
Ao longo da vida, encontraremos muitas pessoas que não compartilham nossos valores e pontos de vista. Essas são pessoas que podem ser profundamente egoístas, manipuladoras ou mesmo totalmente tóxicas. No entanto, ficar com raiva não vai ajudar. Pelo contrário, isso vai nos prejudicar.
Precisamos aprender a viver com essas pessoas sem afetar nosso equilíbrio emocional. Nós não podemos mudar de lugar toda vez que uma pessoa faz algo que nos incomoda. Se o fizermos, vamos acabar correndo de um carro para outro no caminho de nossas vidas, perdenemente oprimidos e com raiva.
De fato, um dos maiores ensinamentos da vida é precisamente aprender a lidar com as pessoas que nos incomodam. Com o passar do tempo, não apenas nos tornamos pessoas mais tolerantes, mas também aprendemos a nos concentrar nos aspectos positivos daqueles que nos rodeiam. Não se trata de sofrer passivamente, mas de se tornar mais sábio e mais equilibrado.
Com o passar do tempo, entendemos que outras pessoas cometem erros e são imperfeitas, como nós, e aprendemos a nos concentrar nos pontos em comum e não nas diferenças. Assim tudo fica mais fácil.
Quando você não pode sobreviver sem as pessoas…
Há pessoas que gostaríamos de ter sempre ao nosso lado. Infelizmente, isso quase nunca acontece. Todo mundo tem sua própria estação e devemos aprender a deixá-las ir. É difícil, mas se não curarmos essa ferida, ela permanecerá continuamente aberta. Desta forma, não permitiremos que outras pessoas fantásticas se aproximem, pois cada vez que o fizerem, a ferida supurante arderá e nós recuaremos.
Essas novas pessoas não vão tomar o lugar daqueles que nos deixaram. Temos muito espaço em nossos corações para armazenar memórias e criar novos laços. Nós apenas temos que aprender a deixar ir e praticar o desapego um pouco mais. Se ficarmos presos nessa dor, o trem da vida continuará enquanto perdemos as belas paisagens e a companhia dos viajantes.
De fato, o grande mistério é que não sabemos em que época devemos viajar, e trancados nessa dor, podemos perder tudo o que temos para oferecer às pessoas que continuam ao nosso lado. Quando não podemos deixar ir aqueles que nos abandonaram, seja por nossa própria decisão ou por razões de vida, nossa viagem perderá seu significado e não valerá a pena.
Portanto, vamos fazer essa viagem contar. Não devemos apenas nos esforçar para criar boas lembranças para aqueles que estão ao nosso lado, mas também para nos fornecer boas lembranças. Tenha sempre em mente que há outra estação além, e você não sabe quando será a última. Portanto, aproveite cada momento da viagem.
A 1 de Novembro de 1755, às 9 horas e 40 minutos, um violento terramoto atinge Lisboa e outras localidades portuguesas.
O sismo teve o epicentro no mar, a oeste do estreito de Gibraltar, atingiu o grau 8,6 na escala de Richter e o abalo mais forte durou sete intermináveis minutos.
Por ser Sábado, acorreram mais pessoas às preces. As igrejas tinham os devotos mais madrugadores. Só na igreja da Trindade estavam 400 pessoas. Se os abalos tivessem começado mais tarde, teria havido mais vítimas, pois os aristocratas e burgueses iam à missa das 11 horas. Depois dos abalos, começaram as derrocadas. O Tejo recuou e depois as ondas alterosas tudo destruíram a montante do Terreiro do Paço e não só. Era o fim do mundo!
Os incêndios lavraram por grande parte da cidade durante intermináveis dias. Foram dias de terror. As igrejas do Chiado e os conventos ficaram destruídas. A capital do império viu-se em ruínas, já para não falar de outras zonas do país, como o Algarve, muitíssimo atingida pelo sismo e maremotos subsequentes. Do Convento do Carmo, construído ao longo de mais de trinta anos e terminado, provavelmente, em 1422, com o empenho e verbas do Condestável Nuno Álvares Pereira, sobrou um amontoado de ruínas. A comunidade italiana que mandara construir a Igreja do Loreto viu cair o sino da torre, e, de seguida, o incêndio tudo consumiu. Ficaram os escombros. Quanto às igrejas da Trindade e do Sacramento desapareceram. «O Sacramento, das 17 freguesias que sobre a ruína do abalo sofreram o estrago do incêndio, foi das mais destroçadas nessas horas funestas.» Não foi poupado o antigo Convento do Espírito Santo, que haveria de transformar-se nos Armazéns do Chiado e Grandela.
Na voragem do terramoto de 1755 desapareceram cinquenta e cinco palácios, mais de cinquenta conventos, a Biblioteca Real, vastíssima em livros e manuscritos e as livrarias (como sinónimo de bibliotecas) dos conventos de S. Francisco, Trindade e Boa Hora. As chamas reduziram a cinzas milhares de livros em cinco casas de mercadores de livros franceses, espanhóis e italianos, e em vinte e cinco – contadas por Frei Cláudio da Conceição – lojas e casas de livreiros. Salvou-se o precioso arquivo da Torre dos Tombo, devido aos cuidados do seu guarda-mor Manuel da Maia. Um jovem inglês de apelido Chase, que presenciou tudo, escreveu numa carta á família: «Porque o povo possuído da ideia de que era o Dia do Juízo, e querendo-se antes empregar em obras pias, tinha-se sobrecarregado de crucifixos e santos, e tanto os homens como as mulheres, durante os intervalos dos tremores, entoavam ladainhas ou atormentavam cruelmente os moribundos com cerimónias religiosas e, cada vez que a terra tremia, todos de joelhos bradavam misericórdia, com a voz mais angustiosa que imaginar se possa.» Balanço da tragédia: entre 12 a 15 mil vítimas mortais, numa população de 260 mil e mais de 10 mil edifícios destruídos. Voltaire, em Genebra, escreve impressionado Poème sur le désastre de Lisbonne(1).»
(1) Não há unanimidade quanto ao número de mortos. Entre 20.000 e 100.000. Parece que o número mais aproximado terá sido de 60 mil.
Da Historia: As comemorações de Nossa Senhora do Bom Sucesso, em Cacilhas, representam uma tradição com quase 250 anos em homenagem à Santa padroeira da freguesia. Reza a história que aquando do grande terramoto de 1755, as águas do Tejo avançaram pelas ruas de Cacilhas e só voltaram a recuar quando alguém se lembrou de ir buscar a imagem de Nossa Senhora pedindo clemência e uma intervenção divina.
Como tem sido habitual todos os anos, as festas de Nossa Senhora do Bom Sucesso incluem concertos e celebração penitencial, culminado com a procissão no dia 1 de Novembro, Dia de Todos os Santos.