domingo, 30 de junho de 2019
Consumo de peixe e carne é a principal causa da grande Pegada Ecológica do concelho de Almada
Projecto liderado pela associação ambientalista ZERO, pioneiro a nível mundial, calcula pela primeira vez a Pegada Ecológica e a Biocapacidade à escala do concelho. Começou por Almada... e vai propor novo sistema de financiamento dos municípios baseado no desempenho ambiental
sábado, 29 de junho de 2019
Patagónia – um dos lugares mais belos do mundo, na Argentina
A Patagónia é um planalto no sul da Argentina onde predominam as temperaturas baixas e uma humidade elevada.
Situa-se na região geográfica formada pelas províncias de Rio Negro, Neuquén, Chubut, Santa Cruz e Terra do Fogo. É a Meca dos desportos de aventura é um dos lugares mais belos do mundo, uma vez que esta região deslumbra com o contraste das paisagens, num momento inabitáveis e noutro arrebatador.
De um lado os Andes comportam gigantes cheios de neve que fazem as delícias dos montanhistas e esquiadores; do outro o Oceano Atlântico, gelado devido às correntes antárticas, mas rico em espécies marinhas, como pinguins, focas, baleias e orcas.
A maioria dos Turistas chega a Patagónia através da província de Rio Negro mais concretamente através da Estância de Bariloche.
Bariloche é fascinante no verão, altura em que é possível praticar canoagem e windsurf nas águas do lago Nahuel Huapi, e deslumbrante durante o inverno, época em que os amantes da neve podem praticar os seus desportos favoritos. É um dos extremos da belíssima travessia dos lagos andinos, que vai até Puerto Montt, no Chile.
El Calafat
Outro local de visita obrigatória é El Calafate, onde se pode observar o magnífico glaciar Perito Moreno, uma das paisagens mais belas da América do Sul e património da biosfera.
Outras atrações desta região são as cidades do litoral e os seus parques marítimos. Viedma, Trelew, Comodoro Rivadavia e Río Gallegos são os extremos da costa onde pode observar baleias-francas, leões-marinhos, pinguins de magalhães e aves das mais variadas espécies.
El Calafat
quarta-feira, 19 de junho de 2019
Antiga fabrica de óleo fígado de bacalhau:
Ginjal:
O cais do Ginjal, em Cacilhas, pode vir a acolher o 6.º hotel Savoy "na antiga fábrica de óleo de fígado de bacalhau" e deverá ser um 4 a 5 estrelas...admitiu o administrador do Grupo AFA, José Teixeira de Sousa.
Tudo no âmbito do projecto de reabilitação de grande parte da área do Ginjal, com cerca de um quilómetro à beira-rio na margem sul do Tejo e que se estende pela arriba, cujo Plano de Pormenor já foi aprovado em sessão de câmara.
A autarca, Inês de Medeiros, e o administrador do grupo madeirense AFA, Teixeira Sousa, expressaram publicamente a " 16 de Fevereiro de 2018 " a vontade de iniciar as obras até ao final do ano. “Tem que ser este ano. Até ao final do ano temos que ter equipamentos em obra”, afirmou o Teixeira de Sousa. Ao PÚBLICO explicou depois que os trabalhos vão começar pela construção das infra-estruturas da urbanização. Até ao arranque das obras, além do plano de pormenor, terá de estar concluído o plano de urbanização.
"Até ao final do ano de 2018 temos que ter equipamentos em obra”, afirmou Teixeira de Santos"
"depois veio novamente dizer...até final do 1º trimestre de 2019"
Já estamos a chegar ao final do 4º:
E mais não disse!
Vamos esperando por novidades...se as houver...e se merecemos.
terça-feira, 18 de junho de 2019
Monumento ao Poder Local
Este monumento encontra-se instalado na Estrada da Algazarra, junto ao cruzamento com a Rua da Alembrança. (Feijó)
Conjunto escultórico em alvenaria, como se de uma casa se tratasse, coberta por uma rede de ferro, esta obra, concebida por Virginía Fróis, sob encomenda da Câmara Municipal, pretende evocar as bodas de prata da instituição do Poder Local, homenageando dessa forma todos aqueles que nesses 25 anos colocaram a sua capacidade de trabalho, a sua transparência e e a sua imaginação ao serviço da elevação da qualidade de vida das populações e do bem-estar colectivo.
sexta-feira, 14 de junho de 2019
O cérebro de um mentiroso funciona de maneira diferente
Quando alguém mente de forma repetida, deixa de ter uma resposta emocional às suas próprias falsidades. Assim, e ante a uma ausência total de sentimentos, essa prática se torna mais fácil e se converte num recurso habitual. É por isso que os neurologistas chegaram à conclusão de que o cérebro de um mentiroso funciona de maneira diferente: são mentes habilmente treinadas para esse propósito.
Se há algo que caracteriza o cérebro humano é a sua plasticidade, sabemos disso. Portanto, não ficaremos surpresos em saber que mentir é, afinal, uma habilidade como qualquer outra, e que, para manter um bom nível de excelência, basta praticar diariamente. Algumas pessoas sentem paixão por matemática , design ou escrita, disciplinas que por si só também modelam cérebros distintos com base em nossos estilos de vida, nossas práticas usuais.
“Uma mentira pode salvar o presente, mas condena o futuro.”
-Buda-
O campo da psicologia e da sociologia sempre se interessou pelo mundo das mentiras e do engano. No entanto, por algumas décadas e em vista dos grandes avanços nas técnicas de diagnóstico, é a neurociência que está nos oferecendo informações mais valiosas e, ao mesmo tempo, perturbadoras. A razão? Se disséssemos neste exato momento que a personalidade desonesta é o resultado do treinamento e da habituação contínua , é possível que mais de um se sinta surpreso.
Quem começa com as pequenas mentiras e as transforma em hábito, induz o cérebro a um estado progressivo de dessensibilização. Pouco a pouco, grandes mentiras doem menos e tornam-se um modo de vida …
O cérebro de um mentiroso e a amígdala
A maioria de nós se impressiona com certos comportamentos daqueles agentes sociais que vivem no nosso dia a dia. Vemos, por exemplo, alguns políticos agarrados às suas mentiras, defendendo sua honestidade e normalizando atos que por si mesmos são altamente repreensíveis e até mesmo criminosos. Essas dinâmicas estão no papel de funcionários públicos ou talvez haja algo biológico?
Tali Sharot , professor de neurociência cognitiva da University College London, nos diz que há de fato um componente biológico, mas também um processo de treinamento . Assim, a estrutura cerebral que está diretamente relacionada a esses comportamentos desonestos é, sem dúvida, a amígdala. O cérebro do mentiroso realmente passa por um processo sofisticado de auto-treinamento, onde você acaba dispensando toda a emoção ou culpa.
Na revista Nature Neuroscience temos um artigo muito completo publicado em 2017, onde é detalhado. No entanto, e para entender melhor, daremos um exemplo. Imagine um jovem que chega a uma posição de poder em sua companhia. Para transmitir liderança e confiança em seus funcionários, recorre a pequenas mentiras. Essas dissonâncias, esses pequenos atos repreensíveis fazem nossa amígdala reagir. Essa pequena estrutura do sistema límbico relacionada à nossa memória e reações emocionais é o que limita o grau em que estamos dispostos a mentir.
Agora, esse jovem acaba transformando o uso de mentiras em um recurso constante. Seu trabalho nessa organização é baseado no uso permanente e deliberado do engano. Quando essa abordagem é habitual, a amígdala pára de reagir, cria tolerância e não mais emite nenhum tipo de reação emocional. O sentimento de culpa desaparece, não há remorso ou preocupação.
O cérebro de um mentiroso, por assim dizer, se adapta à desonestidade.
A mentira faz o cérebro funcionar de uma maneira diferente
Aquele que mente precisa de duas coisas: memória e frieza emocional . Isto é o que eles nos dizem em um dos livros mais completos sobre o cérebro de um mentiroso: “Por que mentimos … especialmente para nós mesmos: A ciência do engano” pelo professor de psicologia Dan Ariely. Da mesma forma, também estamos convidados a descobrir outros processos neurológicos que não sejam menos interessantes sobre o assunto.
Em um experimento conduzido pelo próprio Dr. Ariely, revelou que a estrutura cerebral dos mentirosos patológicos tem 14% menos substância cinzenta. No entanto, eles tinham entre 22 e 26% mais substância branca no córtex pré-frontal . O que significa isto? Basicamente, o cérebro de um mentiroso estabelece muito mais conexões entre suas memórias e suas idéias . Essa maior conectividade permite-lhes dar consistência às suas mentiras e acesso mais rápido a essas associações.
Todos esses dados nos dão uma pista sobre como a desonestidade é desenvolvida a partir de dentro, daqueles processos cognitivos que gradualmente adquirem maior solvência à medida que os praticamos, assim como nosso cérebro também deixa de adicionar o componente emocional a esses atos.
Assim, o Dr. Airely não deixa de ver nessas práticas algo verdadeiramente assustador. O fato de a amígdala deixar de reagir a certos fatos revela que estamos perdendo aquilo que, de alguma forma, nos torna humanos . Quem não vê mais que suas ações têm consequências sobre os outros, perde sua nobreza, a bondade natural que supostamente deveria definir a todos nós.
O cérebro de um mentiroso é moldado por um conjunto de motivações sombrias. Poderíamos dizer que por trás dessa pessoa que opta por fazer da mentira o seu modo de vida, há uma série de objetivos muito específicos: desejo de poder, status, dominação, interesse pessoal … É a ideologia de quem decide em um dado momento, priorizar a si mesmo acima dos outros. E nada pode ser mais perturbador.
Vamos pensar sobre isso.
Traduzido de La Mente es Maravillosa
14/06/2019
-Buda-
A maioria de nós se impressiona com certos comportamentos daqueles agentes sociais que vivem no nosso dia a dia. Vemos, por exemplo, alguns políticos agarrados às suas mentiras, defendendo sua honestidade e normalizando atos que por si mesmos são altamente repreensíveis e até mesmo criminosos. Essas dinâmicas estão no papel de funcionários públicos ou talvez haja algo biológico?
Aquele que mente precisa de duas coisas: memória e frieza emocional . Isto é o que eles nos dizem em um dos livros mais completos sobre o cérebro de um mentiroso: “Por que mentimos … especialmente para nós mesmos: A ciência do engano” pelo professor de psicologia Dan Ariely. Da mesma forma, também estamos convidados a descobrir outros processos neurológicos que não sejam menos interessantes sobre o assunto.
Todos esses dados nos dão uma pista sobre como a desonestidade é desenvolvida a partir de dentro, daqueles processos cognitivos que gradualmente adquirem maior solvência à medida que os praticamos, assim como nosso cérebro também deixa de adicionar o componente emocional a esses atos.
Vamos pensar sobre isso.
14/06/2019
sexta-feira, 7 de junho de 2019
Os Paços do Concelho e o Pelourinho de Almada
O Pelourinho de Almada esteve em frente deste edifício desde uma data desconhecida até ser destruído em 1868, após o que as duas peças restantes estão guardadas no Convento dos Capuchos, na Caparica.
Almada, Camara Municipal, ed. Paulo Emílio Guedes & Saraiva, 11, década de 1900.
Imagem: Delacampe
Imagem: Delacampe
Elevação da sede do município a cidade em 21/06/1973
Ordenação heráldica do brasão e bandeira
Publicada no Diário da República, III Série de 30/12/1985 Armas
Escudo de azul, com um castelo de ouro aberto e iluminado de vermelho, tendo a torre central carregada por uma cruz de Santiago, de vermelho, e as laterais carregadas, cada uma por um escudete de azul em ponta, besantado de prata. O castelo assente num monte de penhascos de negro, realçados de prata e de verde, cortado por três faixetas ondadas, duas de prata e uma de azul. Coroa mural de cinco torres de prata. Listel branco com os dizeres : " CIDADE DE ALMADA
Bandeira - Gironada de azul e amarelo, cordões e borlas de ouro e azul. Haste e lança de ouro.
Bandeira para hastear em edifícios (2x3)
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Estandarte para cerimónias e cortejos (1x1
Anterior Ordenação heráldica do brasão e bandeira
Publicada no Diário do Governo, I Série de 25/05/1936
Armas - Escudo de azul, com um castelo de ouro aberto e iluminado de vermelho, tendo a torre central carregada por uma cruz de Santiago de vermelho e as laterais carregadas cada uma por uma quina de Portugal antigo. O castelo assente num monte de penhascos de negro realçado de prata e de verde, cortado por três faixas onduladas, duas de prata e uma de azul. Coroa mural de quatro torres de prata. Listel branco com os dizeres : " VILA DE ALMADA "
PAÇOS DO CONCELHO
Pelourinho de Almada
Detalhes da DGPC
"Em 9-07-2014 foi solicitada à CM de Almada informação sobre a eventual intenção de reconstruir o pelourinho no seu primitivo local, de forma a respeitar o previsto no art.º 4.º do Decreto-Lei n.º 23 122, de 11-10-1933, ou se os dois fragmentos irão continuar musealizados, caso em que se ponderará a sua desclassificação
Em 28-05-2014 a CM de Almada informou que os dois fragmentos localizados do Pelourinho de Almada a parte superior - uma bola torsa - e a coluna, em brecha da Arrábida) se encontram em depósito nos Serviços de Arqueologia da Divisão de Museus e património Municipal
Em 8-12-2008 foi solicitada à CM de Almada informação sobre a localização dos fragmentos existentes
Decreto n.º 23 122, DG, I Série, n.º 231, de 11-10-1933
Almada possui uma longa e atribulada história. Conquistada por D. Afonso Henriques em 1147, juntamente com Lisboa e com Palmela, a cidade viveu sempre uma relação de extrema proximidade com a capital, facto bem testemunhado pelo primeiro documento de foral passado por Afonso Henriques, em 1170, à comunidade de mouros forros (posteriormente confirmado por D. Afonso II em Dezembro de 1217). Em 1190, D. Sancho I doou-a aos cavaleiros da Ordem de Santiago, principais detentores das zonas a Sul do Tejo actualmente inseridas na Península de Setúbal. Data dessa altura o seu foral, destinado a organizar minimamente a vida social e económica da região. Nos séculos seguintes, Almada prosperou a ponto de D. Dinis a desafectar aos espatários, por troca com as vilas de Almodôvar, Ourique e Aljezur, e integrá-la na coroa, facto que ocorreu em 1297.
O pelourinho da vila não teve origem na Baixa Idade Média, mas sim nos princípios do século XVI, altura em que todo o país foi objecto de um amplo movimento de reforma concelhia. A 1 de Junho de 1513, D. Manuel passou foral novo à vila, renovando, desta forma, o estatuto concelhio da localidade.
Subsistem muitas dúvidas a respeito da localização exacta desse pelourinho quinhentista. De acordo com um documento referido por Raúl Pereira de Sousa, ele situava-se nas traseiras da Igreja de Santiago, junto ao local onde, pelo século XV, se reunia habitualmente a vereação municipal (SILVA, 1999, p.30). Terá sido esta a zona escolhida pelo poder quinhentista para implantar o pelourinho, correspondendo, no fundo, à secção urbana nova e em expansão ainda por essa altura.
Durante séculos, este monumento foi o mais importante símbolo do estatuto concelhio de Almada, chegando a transitar, em época desconhecida, para a frente dos Paços do Concelho. Todavia, a sua história teve um quase-final trágico. Destruído em 1868, dele apenas se conservam duas peças, actualmente em depósito no convento de Santo António dos Capuchos, da Caparica. Uma delas foi resgatada dos alicerces do coreto do Jardim do Castelo, o que prova que, após a sua destruição, ele foi segmentado e aproveitado para outras edificações (IDEM, p.30).
Estes fragmentos, que pertenceram ao fuste e ao remate, não permitem uma reconstituição fidedigna, mas possibilitam uma aproximação histórico-artística de alguma importância. O material utilizado foi a brecha da Arrábida, uma das pedras mais sistematicamente aproveitadas na região. O segmento de fuste é torso e não apresenta qualquer decoração, ao contrário das realizações mais esteticamente cuidadas do reinado de D. Manuel. Quanto à parte remanescente do remate, possuímos uma parcela igualmente torsa, de secção tronco-cónica (MALAFAIA, 1997, p.449), desconhecendo-se se existia capitel ou outra forma de coroamento."
Distrito: Setúbal
"Em 9-07-2014 foi solicitada à CM de Almada informação sobre a eventual intenção de reconstruir o pelourinho no seu primitivo local, de forma a respeitar o previsto no art.º 4.º do Decreto-Lei n.º 23 122, de 11-10-1933, ou se os dois fragmentos irão continuar musealizados, caso em que se ponderará a sua desclassificação
Em 28-05-2014 a CM de Almada informou que os dois fragmentos localizados do Pelourinho de Almada a parte superior - uma bola torsa - e a coluna, em brecha da Arrábida) se encontram em depósito nos Serviços de Arqueologia da Divisão de Museus e património Municipal
Em 8-12-2008 foi solicitada à CM de Almada informação sobre a localização dos fragmentos existentes
Decreto n.º 23 122, DG, I Série, n.º 231, de 11-10-1933
Almada possui uma longa e atribulada história. Conquistada por D. Afonso Henriques em 1147, juntamente com Lisboa e com Palmela, a cidade viveu sempre uma relação de extrema proximidade com a capital, facto bem testemunhado pelo primeiro documento de foral passado por Afonso Henriques, em 1170, à comunidade de mouros forros (posteriormente confirmado por D. Afonso II em Dezembro de 1217). Em 1190, D. Sancho I doou-a aos cavaleiros da Ordem de Santiago, principais detentores das zonas a Sul do Tejo actualmente inseridas na Península de Setúbal. Data dessa altura o seu foral, destinado a organizar minimamente a vida social e económica da região. Nos séculos seguintes, Almada prosperou a ponto de D. Dinis a desafectar aos espatários, por troca com as vilas de Almodôvar, Ourique e Aljezur, e integrá-la na coroa, facto que ocorreu em 1297.
O pelourinho da vila não teve origem na Baixa Idade Média, mas sim nos princípios do século XVI, altura em que todo o país foi objecto de um amplo movimento de reforma concelhia. A 1 de Junho de 1513, D. Manuel passou foral novo à vila, renovando, desta forma, o estatuto concelhio da localidade.
Subsistem muitas dúvidas a respeito da localização exacta desse pelourinho quinhentista. De acordo com um documento referido por Raúl Pereira de Sousa, ele situava-se nas traseiras da Igreja de Santiago, junto ao local onde, pelo século XV, se reunia habitualmente a vereação municipal (SILVA, 1999, p.30). Terá sido esta a zona escolhida pelo poder quinhentista para implantar o pelourinho, correspondendo, no fundo, à secção urbana nova e em expansão ainda por essa altura.
Durante séculos, este monumento foi o mais importante símbolo do estatuto concelhio de Almada, chegando a transitar, em época desconhecida, para a frente dos Paços do Concelho. Todavia, a sua história teve um quase-final trágico. Destruído em 1868, dele apenas se conservam duas peças, actualmente em depósito no convento de Santo António dos Capuchos, da Caparica. Uma delas foi resgatada dos alicerces do coreto do Jardim do Castelo, o que prova que, após a sua destruição, ele foi segmentado e aproveitado para outras edificações (IDEM, p.30).
Estes fragmentos, que pertenceram ao fuste e ao remate, não permitem uma reconstituição fidedigna, mas possibilitam uma aproximação histórico-artística de alguma importância. O material utilizado foi a brecha da Arrábida, uma das pedras mais sistematicamente aproveitadas na região. O segmento de fuste é torso e não apresenta qualquer decoração, ao contrário das realizações mais esteticamente cuidadas do reinado de D. Manuel. Quanto à parte remanescente do remate, possuímos uma parcela igualmente torsa, de secção tronco-cónica (MALAFAIA, 1997, p.449), desconhecendo-se se existia capitel ou outra forma de coroamento."
Distrito: Setúbal
Concelho: Almada
Tipo de Património
Património Material
Classificação
Imóvel de Interesse Público
Proteção Jurídica
Decreto nº 23 122, DG 231, de 11-10-1933
Identificação Patrimonial
Monumento/Edifício
Tipologia original
Arquitectura Civil - Mobiliário
Valor patrimonial
Valor histórico
Áreas Artísticas
Cantaria
Descrição
Apenas restam alguns fragmentos, parte do fuste encontra-se no Convento dos Capuchos.
Estado de Conservação
Morada
Convento dos Capuchos - Rç Lourenço Pires de Távora, 42, Monte de Caparica
2825
COSTA DE CAPARICA
Bibliografia
LOPES, Flávio (coord.), Património Classificado - Arquitectónico e Arqueológico - inventário, vol. II, Lisboa, IPPAR, 1993.
Data de atualização
11/05/2009
Foi tudo o que consegui saber sobre o PELOURINHO de ALMADA.
(Não conheço fotos)
Foi tudo o que consegui saber sobre o PELOURINHO de ALMADA.
(Não conheço fotos)
terça-feira, 4 de junho de 2019
Cova da Piedade
Esta nora de ferro de desenho requintado, hoje situada em terrenos da Escola Preparatória da Cova da Piedade e classificada como de interesse municipal, abastecia de água a quinta de António José Gomes.
sábado, 1 de junho de 2019
40 frases da poetisa Cora Coralina
Morta… serei árvore, serei tronco, serei fronde e minhas raízes enlaçadas às pedras de meu berço são as cordas que brotam de uma lira. — Cora Coralina
Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores. — Cora Coralina
Eu sou a dureza desses morros revestidos, enflorados, lascados a machado, lanhados, lacerados. Queimados pelo fogo Pastados, calcinados e renascidos. — Cora Coralina
Aprendi que mais vale lutar do que recolher dinheiro fácil. Antes acreditar do que duvidar. — Cora Coralina
Anna Lins dos Guimarães, ou simplesmente Cora Coralina, começou a escrever os seus primeiros textos aos 14 anos, publicando-os posteriormente nos jornais da cidade de Goiânia, e nos jornais de outras cidades, como constitui exemplo o semanário “Folha do Sul” da cidade goiana de Bela Vista e nos periódicos de outros rincões, assim como a revista A Informação Goiana do Rio de Janeiro, que começou a ser editada a 15 de julho de 1917. Apesar da pouca escolaridade, uma vez que cursou somente as primeiras quatro séries.
Os elementos folclóricos que faziam parte do cotidiano de Ana serviram de inspiração para que aquela frágil mulher se tornasse a dona de uma voz inigualável e sua poesia atingisse um nível de qualidade literária jamais alcançado até aí por nenhum outro poeta do Centro-Oeste brasileiro.
Senhora de poderosas palavras, Ana escrevia com simplicidade e seu desconhecimento acerca das regras da gramática contribuiu para que sua produção artística priorizasse a mensagem ao invés da forma. Preocupada em entender o mundo no qual estava inserida, e ainda compreender o real papel que deveria representar, Ana parte em busca de respostas no seu cotidiano, vivendo cada minuto na complexa atmosfera da Cidade de Goiás, que permitiu a ela a descoberta de como a simplicidade pode ser o melhor caminho para atingir a mais alta riqueza de espírito.
Quarenta frases das muitas que compõem a sua belíssima obra:
Eu sou a terra, eu sou a vida. Do meu barro primeiro veio o homem. De mim veio a mulher e veio o amor. Veio a árvore, veio a fonte. Vem o fruto e vem a flor. — Cora Coralina
Quarenta frases das muitas que compõem a sua belíssima obra:
Eu sou a terra, eu sou a vida. Do meu barro primeiro veio o homem. De mim veio a mulher e veio o amor. Veio a árvore, veio a fonte. Vem o fruto e vem a flor. — Cora Coralina
Enfeitei de folhas verdes a pedra de meu túmulo num simbolismo de vida vegetal.— Cora Coralinha
Bem por isso mesmo diz o caboclo: a alegria vem das tripas — barriga cheia, coração alegre. O que é pura verdade. — Cora Coralina
Eu sou aquela mulher a quem o tempo muito ensinou. Ensinou a amar a vida e não desistir da luta, recomeçar na derrota, renunciar a palavras e pensamentos negativos. — Cora Coralina
Procuro suportar todos os dias minha própria personalidade renovada, despencando dentro de mim tudo que é velho e morto. — Cora Coralina
O amigo não passa a mão quando fizemos algo errado, está firme ao nosso lado, puxa a orelha, chama a razão! — Cora Coralina
Nasci em tempos rudes. Aceitei contradições, lutas e pedras como lições de vida e delas me sirvo. Aprendi a viver. — Cora Coralina
Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir.— Cora Coralina
Se a gente cresce com os golpes duros da vida, também podemos crescer com os toques suaves na alma. — Cora Coralina
Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina. — Cora Coralina
Criança periférica, rejeitada / Teu mundo é o submundo. — Cora Coralina
Não sei se a vida é curta ou longa demais para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas. — Cora Coralina
Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores. — Cora Coralina
O saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria, se aprende é com a vida e com os humildes. — Cora Coralina
O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher. — Cora Coralina
A Verdadeira coragem é ir atrás de seus sonhos mesmo quando todos dizem que ele é impossível. — Cora Coralina
Todos estamos matriculados na escola da vida, onde o mestre é o tempo. — Cora Coralina
Me esforço para ser melhor a cada dia. Pois bondade também se aprende. — Cora Coralina
Recria tua vida, sempre, sempre. Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça. — Cora Coralina
É que tem mais chão nos meus olhos do que cansaço nas minhas pernas, mais esperança nos meus passos do que tristeza nos meus ombros, mais estrada no meu coração do que medo na minha cabeça. — Cora Coralina
Se temos de esperar, que seja para colher a semente boa que lançamos hoje no solo da vida. Se for para semear, então que seja para produzir milhões de sorrisos, de solidariedade e amizade. — Cora Coralina
Verso do poema: minha cidade, minha vida, meus sentimentos, minha estética, todas as vibrações de minha sensibilidade de mulher, têm, aqui, suas raízes. — Cora Coralina
Eu sou a dureza desses morros revestidos, enflorados, lascados a machado, lanhados, lacerados. Queimados pelo fogo Pastados, calcinados e renascidos. — Cora Coralina
Coração é terra onde ninguém vê. — Cora Coralina
Poeta, não é somente o que escreve. É aquele que sente a poesia, se extasia sensível ao achado de uma rima à autenticidade de um verso. — Cora Coralina
Mais esperança nos meus passos do que tristeza nos meus ombros. — Cora Coralina
Acredito nos jovens à procura de caminhos novos abrindo espaços largos na vida. Creio na superação das incertezas deste fim de século. — Cora Coralina
Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico na música de seus versos. — Cora Coralina
Nas palmas de tuas mãos leio as linhas da minha vida. — Cora Coralina
Versos… não. Poesia… não. Um modo diferente de contar velhas estórias. — Cora Coralina
Renovadora e reveladora do mundo. — Cora Coralina
Embora não possamos acrescentar dias à sua vida, podemos acrescentar vida aos seus dias. — Cora Coralina
Aprendi que mais vale lutar do que recolher dinheiro fácil. Antes acreditar do que duvidar. — Cora Coralina
Não lamente o que podia ter e se perdeu por caminhos errados e nunca mais voltou. — Cora Coralina
Quis ser um dia, jardineira de um coração. Cavei, plantei. Na terra ingrata nada criei. — Cora Coralina
Procuro suportar todos os dia minha própria personalidade renovada, despencando dentro de mim, tudo que é velho e morto. — Cora Coralina
Melhor do que a criatura, fez o criador a criação. A criatura é limitada. O tempo, o espaço, normas e costumes. Erros e acertos. A criação é ilimitada. Excede o tempo e o meio. Projeta-se no cosmos. — Cora Coralina
A humanidade se renova no teu ventre. Cria teus filhos, não os entregues à creche. Creche é fria, impessoal. Nunca será um lar para teu filho. Ele, pequenino, precisa de ti. Não o desligues da tua força maternal. — Cora Coralina
Linhas cruzadas, sinuosas, interferindo no teu destino. Não te procurei, não me procurastes – íamos sozinhos por estradas diferentes. — Cora Coralina
Mulher forte e talentosa são adjetivos que caracterizam Cora Coralina. Agora que você conheceu um pouco melhor sobre a poetisa brasileira e sua obra singela e tocante, que tal conferir nossa lista de frases de Fernanda Pessoa e imergir um pouco mais na literatura rica de nosso país? — Cora Coralina
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