Quem foi Capitão Leitão...nome dado à principal e carismática rua da Cidade de Almada:
Capitão Leitão (1845-1903)
De seu nome António Amaral Leitão, ficou conhecido, em todo o país, pela junção da patente militar que envergava e pelo seu apelido, tornando-se uma das figuras mais simbólicas do republicanismo. Capitão Leitão nasceu em Farminhão, uma pequena aldeia do Concelho de Viseu. Integrou o Regimento Militar de Infantaria 10 no Porto e, ainda jovem, abraçou os ideais republicanos.
Desde cedo participou na actividade conspiratória para derrubar a monarquia a partir da sua estrutura militar. Foi um dos principais impulsionadores da revolta de 31 de Janeiro de 1891 e uma das suas figuras mais perseguidas após o fracasso dessa sublevação (a par com outros envolvidos, militares, estudantes e intelectuais). Capitão Leitão tentou escapar às forças militares e num episódio assombroso de perseguição consegue disfarçar-se e foge a cavalo para Albergaria-a-Velha. Reconhecido e denunciado às autoridades locais por um padre acaba por ser preso, acusado de traição, e julgado pelo Conselho de Guerra que o condena a 6 anos de cativeiro ou, em alternativa, a 20 anos de degredo em África. Capitão Leitão escolhe a deportação.
Quando, por fim, chega a Angola, o destino decretado para a extradição, juntamente com outro preso, o actor republicano Miguel Verdial, constrói um caixote de grandes dimensões. O objectivo de tão insólita construção é cumprido: ambos conseguem esconder-se no seu interior, aguardando que, no porto marítimo, os carregadores o depositem no vapor com destino ao antigo Congo francês. Fogem assim, confundidos com a mercadoria. Voltam a ser descobertos, mas, mais uma vez, conseguem escapar. Fogem para Paris de onde Capitão Leitão parte sozinho para o Brasil. Em 1901 regressa a Portugal, mas morre antes de ver implantado o regime político republicano.
Apesar de não existirem registos que atestem a passagem por Almada desta figura republicana, tal como noutras localidades do país, após a implantação do novo regime, o nome de Capitão Leitão passa a usado como símbolo do sonho republicano, marcando na toponímia, no associativismo ou na educação, as ideias de coragem, progresso e humanismo associadas à República. Em Almada, a principal rua da vila é então baptizada com o seu nome, assim como anos antes já o havia sido, o Centro Republicano de Almada.
Capitão Leitão (1845-1903)
De seu nome António Amaral Leitão, ficou conhecido, em todo o país, pela junção da patente militar que envergava e pelo seu apelido, tornando-se uma das figuras mais simbólicas do republicanismo. Capitão Leitão nasceu em Farminhão, uma pequena aldeia do Concelho de Viseu. Integrou o Regimento Militar de Infantaria 10 no Porto e, ainda jovem, abraçou os ideais republicanos.
Desde cedo participou na actividade conspiratória para derrubar a monarquia a partir da sua estrutura militar. Foi um dos principais impulsionadores da revolta de 31 de Janeiro de 1891 e uma das suas figuras mais perseguidas após o fracasso dessa sublevação (a par com outros envolvidos, militares, estudantes e intelectuais). Capitão Leitão tentou escapar às forças militares e num episódio assombroso de perseguição consegue disfarçar-se e foge a cavalo para Albergaria-a-Velha. Reconhecido e denunciado às autoridades locais por um padre acaba por ser preso, acusado de traição, e julgado pelo Conselho de Guerra que o condena a 6 anos de cativeiro ou, em alternativa, a 20 anos de degredo em África. Capitão Leitão escolhe a deportação.
Quando, por fim, chega a Angola, o destino decretado para a extradição, juntamente com outro preso, o actor republicano Miguel Verdial, constrói um caixote de grandes dimensões. O objectivo de tão insólita construção é cumprido: ambos conseguem esconder-se no seu interior, aguardando que, no porto marítimo, os carregadores o depositem no vapor com destino ao antigo Congo francês. Fogem assim, confundidos com a mercadoria. Voltam a ser descobertos, mas, mais uma vez, conseguem escapar. Fogem para Paris de onde Capitão Leitão parte sozinho para o Brasil. Em 1901 regressa a Portugal, mas morre antes de ver implantado o regime político republicano.
Apesar de não existirem registos que atestem a passagem por Almada desta figura republicana, tal como noutras localidades do país, após a implantação do novo regime, o nome de Capitão Leitão passa a usado como símbolo do sonho republicano, marcando na toponímia, no associativismo ou na educação, as ideias de coragem, progresso e humanismo associadas à República. Em Almada, a principal rua da vila é então baptizada com o seu nome, assim como anos antes já o havia sido, o Centro Republicano de Almada.
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