Sonhar: palavra que se refere simultaneamente a dois fenômenos distintos. Na cultura ocidental, sonho é sinônimo do grande desejo de uma vida, estando, por muitas vezes, diretamente conectado ao próprio sentido da existência humana. Há também o sonho que acontece à noite, quando adormecemos, e é uma experiência sobre a qual temos pouco domínio. Esse se alimenta das reminiscências do cotidiano que se infiltram nos caminhos do inconsciente. Sonhar é como viver realidades distintas a partir de outros olhares. Mesmo que inquietantes, angustiantes ou bizarros, os sonhos nos permitem ter acesso a uma outra maneira de se relacionar com a realidade e com nós mesmos.
“Os sonhos são uma tentativa de prever o futuro com base no que já se sabe. Isso é produzido pelo inconsciente, que junta as pontas, e pode vir para o consciente. Aquilo que está se manifestando e ainda não emergiu para a consciência tem a chance de se manifestar nos sonhos. Nas guerras isso aparece muito claramente”.
Os dois tipos de sonhos têm em comum o fato de estarem de alguma forma conectados ao futuro. O sonho que sonhamos à noite pode ser uma espécie de previsão do que irá acontecer. É o que defende o neurocientista Sidarta Ribeiro, autor de “O oráculo da noite: A história e a ciência dos sonhos”:
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