sábado, 30 de dezembro de 2017
A terminar o ano 2017
Ano de 2017 deve terminar entre os três anos mais quentes do registo histórico
quarta-feira, 20 de dezembro de 2017
Metafora: o rio e o oceano
O rio e o oceano
Diz-se que mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme de medo. Olha para trás, para toda a jornada, os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira, o rio não pode voltar. Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na existência. Você pode apenas ir em frente. O rio precisa se arriscar e entrar no oceano. E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece. Porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano.
Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento. Assim somos nós. Só podemos ir em frente e arriscar. Coragem! Avance firme e torne-se Oceano!
domingo, 17 de dezembro de 2017
Aldeias do Xisto
De regresso ás viagens
Talasnal - - Lousã - Distrito de Coimbra
Está é, desde há muito, a Aldeia do Xisto da Serra da Lousã que tem dado mais visibilidade e carisma ao conjunto. Pela sua dimensão e disposição, mas também pelos muitos pormenores das recuperações das suas casas. Descobrir esta aldeia representa mergulhar no mundo mágico da Serra da Lousã e embrenhar-se numa vegetação luxuriante por onde espreitam veados, corços, javalis e muitas outras espécies. Aqui reina a Natureza, sensível, que pede respeito. Mas que permite inúmeras possibilidades de lazer e de desportos ativos. Aqui sente-se o pulsar da terra e a sua comunhão com os homens quando se avistam ao longe as aldeias. Parecem ter nascido do solo xistoso, naturalmente, como as árvores. A ruela principal acompanha o declive da encosta, num percurso íngreme. Dela derivam quelhas e becos, que criam um ambiente de descoberta que todos gostam de explorar à espera da surpresa de um novo recanto.
sábado, 9 de dezembro de 2017
“Bonecos de Estremoz”
Os "Bonecos de Estremoz" foram classificados como Património Cultural Imaterial da UNESCOA arte popular tem mais de 300 anos de história.A UNESCO classificou esta quinta-feira "07/12/2017 como Património Cultural Imaterial da Humanidade a produção dos “Bonecos de Estremoz”, em barro, uma arte popular com mais de três séculos.
A classificação da “Produção de Figurado em Barro de Estremoz”, vulgarmente conhecida como “Bonecos de Estremoz”, foi decidida na 12.ª Reunião do Comité Intergovernamental da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) para Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, que decorre na Ilha Jeju, na Coreia do Sul, até sábado.
A decisão, que ocorreu pelas 01:05 (hora de Lisboa), foi bastante celebrada pela comitiva portuguesa que durante os festejos exibiu exemplares de “Bonecos de Estremoz”.
Os “Bonecos de Estremoz” pertencem a uma arte de caráter popular, com mais de 300 anos de história, tendo sido o primeiro figurado do mundo a merecer a distinção de Património Cultural Imaterial da Humanidade, na sequência da candidatura apresentada pela Câmara Municipal de Estremoz, no distrito de Évora.
A candidatura teve como responsável técnico o diretor do Museu Municipal de Estremoz, Hugo Guerreiro.
Com mais de uma centena de figuras diferentes inventariadas, a arte, a que se dedicam vários artesãos do concelho, consiste na modelação de uma figura em barro cozido, policromado e efetuada manualmente, segundo uma técnica com origem pelo menos no século XVII.
Em Estremoz, trabalham atualmente nesta arte emblemática Afonso e Matilde Ginja, Célia Freitas, Duarte Catela, Fátima Estróia, Irmãs Flores, Isabel Pires, Jorge da Conceição, Miguel Gomes e Ricardo Fonseca.
Um abraço a todos.
Um abraço a todos.
quinta-feira, 7 de dezembro de 2017
Transpraia "Costa da Caparica" a historia
O Transpraia é um comboio turístico que liga a praia da Costa da Caparica à Fonte da Telha, num trajeto de cerca de 9 kmts à beira do Atlântico num percurso que compreende 4 estações e 15 apeadeiros, tendo sido o primeiro acesso a algumas praias mais remotas para os inúmeros banhistas da altura. |
Inaugurado em 29 de Junho de 1960, é propriedade da empresa Transpraia – Transportes Recreativos da Praia do Sol, Lda, opera no litoral do concelho de Almada e foi um projeto de Casimiro, hoje administrado pelo filho António Pinto da Silva.
Casimiro, exímio atirador de tiro ao voo, investiu o dinheiro dos seus prémios neste projeto.
A ideia de criar o Transpraia nasceu dos 4 anos vividos em Santo António da Caparica por motivos medicinais devido ao iodo desta praia para curar as amigdalites da sua filha mais nova.
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No regresso da 1ª viagem houve festa e um cortejo que percorreu a Rua dos Pescadores com a banda a acompanhar.
À época escrevia o o Diário de Notícias que ao almoço e aos "brindes", "falou em nome da Transpraia o Sr. Dr. Canas Cardim, que a exemplo do que já fizera no início da viagem, saudou os visitantes e disse que a obra iniciada era um dos muitos sonhos que a sociedade pensa realizar para o progresso da Costa da Caparica", acrescentando: "Quem nos dera ser vivos, daqui a poucos anos, para assistir à transformação total desta região maravilhosa, quem sabe, talvez impulsionada por estas pequenas máquinas Diesel, rastilho do nosso empreendimento!"
Com o Transpraia muitas vidas se cruzaram, Carlos Alberto foi inicialmente cobrador, depois maquinista, tendo chegado a encarregado, desde o tempo em que vendia bilhetes a dez tostões, quando só existiam duas praias, a Costa e a Fonte da Telha.
Quando quase ninguém tinha carro, todos ficavam na praia da vila, mas o Transpraia trouxe a oportunidade de um dia de praia em família com apenas meia hora de viagem.
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As praias da costa foram desbravadas com o tempo e com a ajuda do Transpraia que, de Junho a Setembro das 09:00 às 20:00, foi dando a conhecer a beleza natural da Costa do Sol, e das novas praias, tendo lá chegado antes de qualquer outro.
No pós-25 de Abril houve um boom de clientes que faziam filas enormes para os bilhetes, criando conflitos, empurrões e discussões quando um comboio chegava, obrigando à frequente intervenção da Policia Marítima, não havia lugares vazios e quase subiam para o tejadilho.
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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017
Passando pela Trafaria
A Praia da Trafaria possui uma língua de areal extensa e pertence à foz do Rio Tejo pela margem Sul. Situa-se na frente urbana de mar da localidade piscatória que lhe dá nome.
As areias e águas desta praia são utilizadas pelos pescadores para recolherem as suas embarcações.
Os silos de armazenagem de graneis sólidos e alimentares e o terminal de carga e descarga operados pela Silopor dominam a paisagem, tamanha a sua envergadura.
A vista sobre Lisboa e a emblemática Torre de Belém são o principal atrativo.
Passeio Ribeirinho da Trafaria
Este passeio ribeirinho, junto às margens do Tejo, é pautado por calçada portuguesa e uma zona de esplanadas, bem como iluminação que permite passeios noturnos numa zona de rara beleza que possibilita o deleite nas imagens que o estuário do rio nos oferece.
sexta-feira, 1 de dezembro de 2017
Não Digas Nada!
“Não Digas Nada!” por Fernando Pessoa
Não digas nada!
Nem mesmo a verdade
Há tanta suavidade em nada se dizer
E tudo se entender —
Tudo metade
De sentir e de ver…
Não digas nada
Deixa esquecer
Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada…
Mas ali fui feliz
Não digas nada.
Fernando Pessoa, in “Cancioneiro”
Fernando Pessoa foi um dos mais importantes escritores e poetas do modernismo em Portugal. Nasceu em 13 de junho de 1888 na cidade de Lisboa (Portugal) e morreu, na mesma cidade, em 30 de novembro de 1935. É mundialmente conhecido como poeta dos heterônimos.
Nem mesmo a verdade
Há tanta suavidade em nada se dizer
E tudo se entender —
Tudo metade
De sentir e de ver…
Não digas nada
Deixa esquecer
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada…
Mas ali fui feliz
Não digas nada.
Fernando Pessoa foi um dos mais importantes escritores e poetas do modernismo em Portugal. Nasceu em 13 de junho de 1888 na cidade de Lisboa (Portugal) e morreu, na mesma cidade, em 30 de novembro de 1935. É mundialmente conhecido como poeta dos heterônimos.
terça-feira, 28 de novembro de 2017
O QUE EU GOSTARIA DE SER
Na sala de aula, a professora pediu aos alunos que fizessem uma redação com o título “O que eu gostaria de ser”. O tema era livre: as crianças poderiam ser um personagem, um objeto, uma pessoa ou um animal…
Já em casa quando corrigia as redações dos seus alunos, deparou-se com uma que a surpreendeu. O marido entrou na sala nesse momento e, vendo-a chorar, perguntou o que havia acontecido. Ela apenas lhe entregou a redação e pediu que lesse.
O marido começou a ler:
“Eu queria ser uma televisão. Quero ocupar o espaço dela, viver como ela vive.
Ter um lugar especial para mim e conseguir reunir a minha família ao meu redor.
Ser levado a sério quando falar, ser o centro das atenções e ser escutado sem interrupções e perguntas.
E se eu estiver calado, quero receber a mesma atenção que a televisão recebe quando não funciona.
Ter a companhia do meu pai quando ele chega em casa, mesmo cansado.
Que a minha mãe me procure quando estiver sozinha e aborrecida, em vez de me ignorar.
Que os meus irmãos briguem para poderem estar comigo!
Quero sentir que a minha família deixa tudo de lado de vez em quando, para passar alguns momentos comigo.
Por fim, como a televisão faz, quero poder divertir todos da minha família.
Se eu fosse uma TV, eu viveria com a mesma intensidade que a televisão da minha casa vive.”
Ao terminar de ler, o marido emocionado diz para a esposa:
– Meu Deus, coitado desse menino… que pais que ele tem!
A professora olhou bem nos olhos do marido e disse chorando:
– Essa redação é do nosso filho!
– Meu Deus, coitado desse menino… que pais que ele tem!
A professora olhou bem nos olhos do marido e disse chorando:
– Essa redação é do nosso filho!
“Sabedoria em Parábolas”
Parábola das Rosas
Um homem plantou uma rosa e passou a regá-la constantemente. Antes que ela desabrochasse, ele examinou-a e viu o botão que em breve desabrocharia, mas notou espinhos sobre o talo e pensou:
“Como pode uma flor tão bela vir de uma planta rodeada de espinhos tão afiados?”
Entristecido por este pensamento, recusou-se a regar a rosa e antes mesmo de estar pronta para desabrochar, ela morreu.
Assim é com muitas pessoas. Dentro de cada alma há uma rosa: são as qualidades dadas por Deus. Dentro de cada alma temos também os espinhos: são as nossas falhas.
Muitos de nós, olhamos para nós mesmos e vemos apenas os espinhos; os defeitos.
Nós nos desesperamos, achando que nada de bom pode vir do nosso interior.
Nós nos recusamos a regar o bem dentro de nós e consequentemente, ele morre.
Nunca percebemos o nosso potencial. Algumas pessoas não vêem a rosa dentro delas mesmas.
Portanto alguém mais deve mostrar a elas. Um dos maiores dons que uma pessoa pode possuir ou compartilhar é ser capaz de passar pelos espinhos e encontrar a rosa dentro de outras pessoas. Esta é a característica do amor. Olhar uma pessoa e conhecer suas verdadeiras falhas. Aceitar aquela pessoa em sua vida, enquanto reconhece a beleza em sua alma e ajudá-la a perceber que ela pode superar as suas aparentes imperfeições.
Se nós mostrarmos a essas pessoas a rosa, elas superarão seus próprios espinhos.
Só assim elas poderão desabrochar muitas e muitas vezes. Portanto sorriam e descubram as rosas que existem dentro de cada um de vocês e das pessoas que amam!
Autor desconhecido:
quinta-feira, 23 de novembro de 2017
A dança da chuva
Opinião de Paula Coelho: O que desde já te agradeço.
Eu sei que escolher falar sobre sustentabilidade ou alterações climáticas é chamar à discussão todos os que acham que isto é puro alarmismo, um rol de mentiras porque está tudo bem, não há um oceano de plástico à deriva, e as radiações na atmosfera são apenas fumaça. Há uma cabala perpetrada não sei bem por quem, ou com que objectivos, para nos assustar com essa coisa a que chamam buraco do ozono. Balelas. Para esses e todos os que (ainda) acreditam que o sol anda à volta da terra, um grande bye boy bye.
Quando um artista português consegue recolher 48 toneladas de lixo e desperdício, quando usa para matéria-prima aquilo que deitamos fora, ou que deixamos apodrecer na rua, algo está mal. A exposição Attero de Bordalo II, goste-se ou não, considere-se arte ou não, é, admitamos, um valente murro no estômago, porque mostra a quantidade de objectos desnecessários na nossa vida, e a despreocupação com que nos livramos daquilo que já não queremos, que se estragou ou que foi substituído por uma versão mais recente. São muitas peças feitas a partir de plástico, o mesmo que anda à deriva no mar, que mata baleias que dão à costa com as suas entranhas repletas de objectos de plástico, o mesmo que deitamos fora todos os dias sempre que abrimos uma nova embalagem.
Eu sei que falar sobre as alterações climáticas chama à discussão um conjunto de especialistas que se aprontam a negar as minhas afirmações, questionando-me por falta de conhecimento na matéria. Obrigada. Não é preciso estudar muito para perceber que há uma diferença fundamental na forma como vivemos hoje, em relação ao passado. Não. Nessa altura não era melhor e foi lá, no passado, que começámos a poluir sem a consciência das implicações que determinadas decisões poderiam ter no nosso futuro. Chama-se falta de informação e conhecimento.
E agora, qual é a nossa desculpa?
A informação está disponível para quem quiser saber mais e, embora possam existir dados contraditórios, há um consenso generalizado em relação à necessidade de fazermos alguma coisa, mudarmos o que fazemos ou, simplesmente, deixarmos de fazer, para garantirmos a sobrevivência futura no planeta.
Acredito nas pequenas ações que não mudam o mundo mas ajudam. Bordalo II, por exemplo, usou a arte para se expressar, demonstrar e apelar às consciências sobre a nossa acção no meio ambiente. Todos podemos fazer mais do que já fazemos: a torneira que se fecha quando lavamos os dentes, o duche que passa a ser de 3 minutos, os alimentos que compramos a granel, o saco das compras que levamos de casa. A mudança está (lentamente) a acontecer. Vejo cada vez mais pessoas com o seu saco para transportar as compras. Muda o mundo? Não. Mas é menos um saco que irá, a seu tempo, parar ao aterro. O attero.
Portugal está a secar e a culpa não é apenas das alterações climáticas. É também de políticas públicas que negam a existência do problema e, principalmente, que preferem ignorar a fonte desse problema, na nascente dos nossos rios que correm por aqui até ao mar. Os que não nascem no nosso país. Tal nunca foi devidamente acautelado. Ou foi, e os nossos vizinhos são uns malandros? Talvez seja um misto dos dois, na certeza, porém, que não somos nós que decidimos quando fechar a torneira. O que significa que estamos muito perto de ficar à míngua. Quando é que chove? Ah, pois. Isso das alterações climáticas...
"E aqui fica o meu abraço para ti Paula"
"E aqui fica o meu abraço para ti Paula"
terça-feira, 14 de novembro de 2017
José Mário Branco cumpre 50 anos de carreira
MUSICA
O músico e produtor português José Mário Branco está a cumprir 50 anos de carreira e, para assinalar a data, serão reeditados, em Dezembro, todos os álbuns do autor
No total, serão recolocados no mercado, a 01 de Dezembro, e em edições limitadas, sete álbuns de originais e um álbum ao vivo, publicados originalmente entre 1971 e 2004, como "Mudam-se os tempos mudam-se as vontades" (1971), "Ser solidário" (1982) e "Resistir é vencer" (2004).
Fonte da editora explicou à agência Lusa que, para 2018, está planeada a edição de uma coletânea e de um disco de raridades que, ainda a confirmar, poderá ter gravações inéditas.
Este plano de reedições de dezembro recupera os álbuns restaurados em 1997 por José Manuel Fortes, sob a supervisão de José Mário Branco, sublinha a editora.
O álbum ao vivo que sairá em dezembro remete para os concertos que o músico deu em 1997, quando cumpria trinta anos de carreira.
José Mário Branco editou o primeiro longa-duração, "Mudam-se os tempos mudam-se as vontades", ainda no exílio em França, em 1971, musicando textos de Natália Correia, Alexandre O’Neill, Luís de Camões e Sérgio Godinho.
No entanto, os 50 anos de vida musical do autor português são marcados a partir da gravação em 1967 do primeiro EP, "Seis cantigas de amigo", editado dois anos depois pelos Arquivos Sonoros Portugueses.
A edição de "Ser solidário", de 1982, inclui a gravação de "FMI", uma das composições mais célebres de José Mário Branco.
Nascido no Porto, em maio de 1942, José Mário Branco é considerado um dos mais importantes autores e renovadores da música portuguesa, em particular no período da revolução de abril de 1974, cujo trabalho se estende também ao cinema, ao teatro e à acção cultural.
Foi fundador do GAC - Grupo de Acção Cultural, fez parte da companhia de teatro A Comuna, fundou o Teatro do Mundo, a União Portuguesa de Artistas e Variedades e tem colaborado na produção musical para outros artistas, nomeadamente Camané, Amélia Muge, Samuel e Nathalie.
O último álbum de originais, "Resistir é vencer", data já de 2004. Depois disso, José Mário Branco participou no projecto Três Cantos, ao lado de Sérgio Godinho e Fausto Bordalo Dias, que resultou numa série de concertos, um álbum e um DVD.
No ano passado, José Mário Branco assegurou a direção musical do filme "Alfama em si", de Diogo Varela Silva.
Recentemente, a vida de José Mário Branco foi passada em revista, com a participação do próprio músico, no documentário "Mudar de vida", de Nelson Guerreiro e Pedro Fidalgo.
No total, serão recolocados no mercado, a 01 de Dezembro, e em edições limitadas, sete álbuns de originais e um álbum ao vivo, publicados originalmente entre 1971 e 2004, como "Mudam-se os tempos mudam-se as vontades" (1971), "Ser solidário" (1982) e "Resistir é vencer" (2004).
Fonte da editora explicou à agência Lusa que, para 2018, está planeada a edição de uma coletânea e de um disco de raridades que, ainda a confirmar, poderá ter gravações inéditas.
Este plano de reedições de dezembro recupera os álbuns restaurados em 1997 por José Manuel Fortes, sob a supervisão de José Mário Branco, sublinha a editora.
O álbum ao vivo que sairá em dezembro remete para os concertos que o músico deu em 1997, quando cumpria trinta anos de carreira.
José Mário Branco editou o primeiro longa-duração, "Mudam-se os tempos mudam-se as vontades", ainda no exílio em França, em 1971, musicando textos de Natália Correia, Alexandre O’Neill, Luís de Camões e Sérgio Godinho.
No entanto, os 50 anos de vida musical do autor português são marcados a partir da gravação em 1967 do primeiro EP, "Seis cantigas de amigo", editado dois anos depois pelos Arquivos Sonoros Portugueses.
A edição de "Ser solidário", de 1982, inclui a gravação de "FMI", uma das composições mais célebres de José Mário Branco.
Nascido no Porto, em maio de 1942, José Mário Branco é considerado um dos mais importantes autores e renovadores da música portuguesa, em particular no período da revolução de abril de 1974, cujo trabalho se estende também ao cinema, ao teatro e à acção cultural.
Foi fundador do GAC - Grupo de Acção Cultural, fez parte da companhia de teatro A Comuna, fundou o Teatro do Mundo, a União Portuguesa de Artistas e Variedades e tem colaborado na produção musical para outros artistas, nomeadamente Camané, Amélia Muge, Samuel e Nathalie.
O último álbum de originais, "Resistir é vencer", data já de 2004. Depois disso, José Mário Branco participou no projecto Três Cantos, ao lado de Sérgio Godinho e Fausto Bordalo Dias, que resultou numa série de concertos, um álbum e um DVD.
No ano passado, José Mário Branco assegurou a direção musical do filme "Alfama em si", de Diogo Varela Silva.
Recentemente, a vida de José Mário Branco foi passada em revista, com a participação do próprio músico, no documentário "Mudar de vida", de Nelson Guerreiro e Pedro Fidalgo.
segunda-feira, 13 de novembro de 2017
Um minuto por dia,vamos fechar a torneira à seca
Mais vale prevenir que remediar:
Sabia que 1 minuto de torneira aberta representa cerca de 12 litros de água? Ou que se todos os portugueses tiverem a torneira aberta, desnecessariamente, durante esse minuto são desperdíçados de 120 milhões de litros de água, o suficiente para garantir as necessidades básicas de 1 milhão de pessoas?
Estes fatos pretendem sensibilizar a população para a importância de fazermos uma utilização racional da água, em especial no contexto de seca que se vive em Portugal, ao abrigo da campanha “Vamos fechar a torneira à seca”.
Se quer saber como poupar água vá ao site:www.fecheatorneira.pt
domingo, 12 de novembro de 2017
Águas turvas
Querem-nos fazer caminhar em águas cada dia mais turvas...está nas nossas mãos,vontade,determinação,inteligência e querer,delas escapar...
"Remexendo no leito do rio, procurando pensamentos perdidos e criando novos, levanta-se o que estava escondido e encontra-se o que não se procurava."
sábado, 11 de novembro de 2017
TENDÊNCIAS.......
O ser humano tem destas coisas. Gostaria de estar errado, e felizmente há ainda excepções! Mas no geral o ser humano tem tendência para o mal.
É que é mesmo assim, senão vejamos o mundo que nos rodeia: guerras, genocídios, terrorismo... e mais perto de casa, roubos, violações, assassinatos... e na fila de trânsito, o constante apitar, o chamar de nomes (todos têm a mesma mãe...) e no mesmo prédio, aquele vizinho que põe a música em altos berros só para irritar ou até no trabalho... escuso-me a dizer deste último. Não falo de todos, claro. A humanidade talvez ainda tenha salvação. E não será divina, tem que ser por nós mesmos. Não vou dar nenhuma lição de moralidade, cada um de nós sabe o que é justo e o que não é.
Outro ponto a favor desta "teoria" são as religiões, dezenas ou centenas, não as contei... mas as grandes religiões, as mais seguidas, têm a mesma base, a mesma ideia: sê bom. Contigo, com o próximo, com todos. Dizem-nos todas para praticar o bem. Ora, se o ser humano fosse genuinamente bom seria necessário alguém nos dizer para o sermos? Não me parece.
Mas porque não é? Porque tem inveja do carro do vizinho e até é bem capaz de lhe deixar um risco no mesmo? Ou de deixar crescer uma árvore para que no quintal ao lado não possam usufruir do mesmo Sol que brilha para todos nós? Poderia fazer milhares de perguntas deste género e não encontraria resposta...
Alguém a sabe?!
terça-feira, 7 de novembro de 2017
Web Summit. A Lisboa dos Descobrimentos passou a ser a dos engenheiros
O mundo das startups aprendeu com a primeira Web Summit em Lisboa. Neste ano, as expectativas são mais altas
A sala cheia do agora Altice Arena não deixa margem para erros: de telemóveis em punho, 20 mil pessoas deram as boas-vindas à megacimeira de tecnologia, que se prolonga até quinta-feira com debates, conferências e o que de melhor se faz no mundo do empreendedorismo.
Cá e não só.
“Palmas para um país incrível: Portugal”, disse Paddy Cosgrave, o CEO da Web Summit, que fez as honras da abertura. A audiência cumpriu e logo chegou o primeiro recado: “Isto gira em torno do network [rede de contactos]. Apresentem-se às pessoas que estão ao vosso lado.” Para já, são apenas 20 mil, mas ao longo dos próximos dias “mais de 81 mil pessoas vão passar por estas portas”. Paddy falava não só dos 59 115 que participam na cimeira, mas também dos três mil voluntários, 160 elementos que compõem a organização, pessoal de construção, técnicos de iluminação e som e seguranças. Ao todo, mais de 20 mil pessoas que ajudam a pôr de pé a Web Summit.
O toque internacional da Web Summit é inegável. Por toda a cidade, vários cartazes dão o mote para um encontro que se faz maioritariamente em inglês. E o grande palco do Altice Arena não foi exceção. Dos sete oradores selecionados para a abertura, apenas o primeiro-ministro reservou tempo para falar em português. “Lisboa tem sido o ponto de encontro de pessoas de todas as culturas”, disse António Costa, enfatizando a “cidade aberta” que quer ser ponte para todos os continentes. Graças ao sentimento de partilha o primeiro-ministro até tirou a sua gravata para a entregar a Paddy, com a sua t-shirt azul e calças de ganga.
Antes, foi tempo para reflexão sobre tecnologia, inteligência artificial e futuro. Pelo palco desfilaram figuras de topo e, pelo ecrã chegou uma mensagem que entusiasmou e colou a audiência. “Quero agradecer à Feedzai por poder falar convosco hoje. Sejam muito bem-vindos à Web Summit”. Sem precisar de apresentações, o cientista Stephen Hawking realçou a importância da tecnologia: “Não há diferença entre o que pode ser alcançado por um ser humano e por um computador”, lembrando que “todos temos o papel de garantir que nós e a próxima geração têm não só a oportunidade, mas a determinação para agarrar o estudo da ciência de forma a aprofundar o nosso potencial e criar um mundo melhor para toda a raça humana”. Hawking deixou alertas para o uso da inteligência artificial, porque pode ser o “melhor ou o pior para a humanidade”.
Margreth Vestager, comissária europeia da Concorrência também subiu ao palco, num dos momentos mais aclamados. Defende que é preciso desenvolver as ferramentas certas para que a União Europeia tenha um mercado justo. “Temos de ser rápidos o suficiente numa economia que evolui de forma cada vez mais veloz”, destacou a dinamarquesa, vista por muitos como a mulher mais poderosa da Europa.
Margrethe Vestager
O português António Guterres, por sua vez, entende que “temos de evitar os argumentos para parar a inovação, é uma estupidez pedir isso”. Em inglês, o secretário geral da ONU disse ainda que “é preciso juntar governos, cientistas, a sociedade civil, a academia e criar um quadro regulatório que dê liberdade à inovação e combinar isso com a defesa dos direitos humanos. Os governos não podem fazer isso. Por isso é tão importante uma cimeira como a Web Summit”.
O silêncio de uma audiência especialmente atenta aos oradores de topo, voltou a ser quebrado mesmo antes de as luzes se apagarem: as 250 startups portuguesas subiram ao palco e a esta montra de talento. “Lisboa foi a capital do mundo há cinco séculos. De Lisboa partiram grandes descobridores. Os engenheiros e inovadores estão a desbravar o mundo, tal como nos descobrimentos há 500 anos”, concluiu o autarca de Lisboa Fernando Medina.
quinta-feira, 2 de novembro de 2017
Verão vs. Inverno
E eis que chegaram o frio e a chuva. Deve ser apenas por alguns dias... mas mesmo assim serve para eu dar uso ao teclado, aos dedos e a uma pequena parte do cérebro com mais um tema que não deve interessar a ninguém!
O que é melhor, Verão ou Inverno?
Analisemos cada um. Do meu ponto de vista, claro! Não está aqui mais ninguém por isso tem mesmo que ser.
Verão. Quente, Sol, praia, mar/rio, corpos escaldantes, cervejas geladas... perto do paraíso, não? Há quem diga que gostaria de ter Verão todo o ano. Mas e conseguiriam viver assim todo o ano? Não esquecer o trabalhinho. Com tanto calor conseguem trabalhar bem? Não estão todo o dia a pensar na praia? Pois é. Isto funciona bem para aquelas pessoas que não precisam mexer uma palha para ganhar o seu... para os outros de nós há que trabalhar. Vergar a mola! Daí que o Verão é bom mas só por algum tempo.
Inverno. Frio, chuva, vento. Escuro... Até chega a assustar não? E o quentinho duma lareira? E o ar fresco pelos pulmões adentro? E a chuva a cair na pele, a arrepiar... Sentir a Natureza a manifestar-se, a mostrar o seu poder! A sua fúria...
E o trabalho? Não perguntam vocês mas pergunto eu. O trabalho faz-se ainda melhor. "Este gaijo a dizer que gosta de trabalhar?! Bebeu!" Não. No Inverno o melhor que se pode fazer para aquecer é trabalhar. Ok, quase o melhor hehehe (maroto eu)
Assim, respondendo rápido à questão inicial: ambos os dois. Claro!
Não esquecendo ainda a Primavera e o Outono, tão caídos em desuso nos últimos tempos...
E para se aproveitar alguma coisa deste post, deixo uma frase que vi por aí algures na net, de um autor desconhecido: "everything will be okay in the end. if it's not okay, it's not the end"
O que é melhor, Verão ou Inverno?
Analisemos cada um. Do meu ponto de vista, claro! Não está aqui mais ninguém por isso tem mesmo que ser.
Verão. Quente, Sol, praia, mar/rio, corpos escaldantes, cervejas geladas... perto do paraíso, não? Há quem diga que gostaria de ter Verão todo o ano. Mas e conseguiriam viver assim todo o ano? Não esquecer o trabalhinho. Com tanto calor conseguem trabalhar bem? Não estão todo o dia a pensar na praia? Pois é. Isto funciona bem para aquelas pessoas que não precisam mexer uma palha para ganhar o seu... para os outros de nós há que trabalhar. Vergar a mola! Daí que o Verão é bom mas só por algum tempo.
Inverno. Frio, chuva, vento. Escuro... Até chega a assustar não? E o quentinho duma lareira? E o ar fresco pelos pulmões adentro? E a chuva a cair na pele, a arrepiar... Sentir a Natureza a manifestar-se, a mostrar o seu poder! A sua fúria...
E o trabalho? Não perguntam vocês mas pergunto eu. O trabalho faz-se ainda melhor. "Este gaijo a dizer que gosta de trabalhar?! Bebeu!" Não. No Inverno o melhor que se pode fazer para aquecer é trabalhar. Ok, quase o melhor hehehe (maroto eu)
Assim, respondendo rápido à questão inicial: ambos os dois. Claro!
Não esquecendo ainda a Primavera e o Outono, tão caídos em desuso nos últimos tempos...
E para se aproveitar alguma coisa deste post, deixo uma frase que vi por aí algures na net, de um autor desconhecido: "everything will be okay in the end. if it's not okay, it's not the end"
Analisemos cada um. Do meu ponto de vista, claro! Não está aqui mais ninguém por isso tem mesmo que ser.
Verão. Quente, Sol, praia, mar/rio, corpos escaldantes, cervejas geladas... perto do paraíso, não? Há quem diga que gostaria de ter Verão todo o ano. Mas e conseguiriam viver assim todo o ano? Não esquecer o trabalhinho. Com tanto calor conseguem trabalhar bem? Não estão todo o dia a pensar na praia? Pois é. Isto funciona bem para aquelas pessoas que não precisam mexer uma palha para ganhar o seu... para os outros de nós há que trabalhar. Vergar a mola! Daí que o Verão é bom mas só por algum tempo.
Inverno. Frio, chuva, vento. Escuro... Até chega a assustar não? E o quentinho duma lareira? E o ar fresco pelos pulmões adentro? E a chuva a cair na pele, a arrepiar... Sentir a Natureza a manifestar-se, a mostrar o seu poder! A sua fúria...
E o trabalho? Não perguntam vocês mas pergunto eu. O trabalho faz-se ainda melhor. "Este gaijo a dizer que gosta de trabalhar?! Bebeu!" Não. No Inverno o melhor que se pode fazer para aquecer é trabalhar. Ok, quase o melhor hehehe (maroto eu)
Assim, respondendo rápido à questão inicial: ambos os dois. Claro!
Não esquecendo ainda a Primavera e o Outono, tão caídos em desuso nos últimos tempos...
E para se aproveitar alguma coisa deste post, deixo uma frase que vi por aí algures na net, de um autor desconhecido: "everything will be okay in the end. if it's not okay, it's not the end"
segunda-feira, 30 de outubro de 2017
Parque das Nações - Lisboa
Um passeio fim de tarde:Parque das Nações foi a designação dada ao bairro surgido na antiga Zona de Intervenção da Expo, que inclui o local onde foi realizada a Exposição Mundial de 1998 e ainda todas as áreas que estiveram sob administração da ParqueExpo, S.A.
Vulcões de Água - Parque das Nações
Alameda dos Oceanos
"Ao longo da Alameda dos Oceanos, que ladeia o Parque a Oeste, encontram-se as construções mais engraçadas do Parque: os VULCÕES DE ÁGUA. Num total de seis ao longo do Parque, proporcionam momentos de frescura e de diversão. Ninguém fica indiferente a estes cones coloridos que expelem água com barulho e tudo, a fazer lembrar um vulcão em actividade."
Esta área tornou-se, entretanto, um centro de atividades culturais e um novo bairro da cidade, com perto de 15000 habitantes (prevendo-se que o total de população seja de 25000, daqui a poucos anos), com várias instituições culturais e desportivas próprias.
O Parque das Nações é atualmente considerado como um dos bairros mais seguros da cidade de Lisboa.
A sua arquitetura contemporânea, os espaços de convívio e todo o projeto de urbanização e requalificação urbana trouxeram nova dinâmica à zona oriental da cidade de Lisboa que, em 1990, ainda era uma zona industrial.
domingo, 29 de outubro de 2017
Na escola do século XXI, é de pequenino que se programa o pepino
Cerca de 64 mil crianças aprendem, este ano letivo, programação e robótica, numa iniciativa da Direção-Geral da Educação (DGE) que pretende transformar o método de ensino nas escolas num mundo cada vez mais tecnológico.
O projeto que dá aos professores a possibilidade de ensinarem novos conteúdos, e ao qual aderiram 786 escolas públicas e privadas, estende-se agora até ao 9.º ano, depois de dois anos aberto apenas aos alunos do 1.º ciclo.
O diretor-geral da educação, José Vítor Pedroso, explicou à Lusa que são os próprios docentes das escolas que, contando com um acompanhamento permanente ‘online’ e vários encontros regionais com formadores, dão estas aulas.António Silva, coordenador da iniciativa “Programação e Robótica no Ensino Básico”, sublinha que o objetivo não é formar programadores, mas fazer com a programação seja mais um método de ensino do que uma disciplina.
As atividades do programa, centradas nas temáticas de segurança digital, cidadania digital e multidisciplinaridade, podem ser dinamizadas na oferta complementar, nas atividades de enriquecimento curricular ou na oferta de escola, mas a intenção é que os professores de todas as disciplinas adotem a programação e a robótica.“Queremos que os professores utilizem não apenas as metodologias tradicionais, mas que inovem com base nesta nova área”, contou o coordenador, apoiado pelo diretor-geral, que acrescentou o exemplo da criação de uma estação meteorológica, na disciplina de geografia.
Segundo José Vítor Pedroso, a aprendizagem destes conteúdos permite não só desenvolver o pensamento computacional, ao nível da algoritmia ou das sequências, mas também a capacidade de resolução de problemas, a resiliência e a utilização do método científico na abordagem a várias situações.
“Esta capacidade de análise é muito referida pelos próprios professores como uma vantagem do ensino da programação”, explica o diretor-geral que diz ter vindo a receber críticas muito positivas ao programa.António Silva acrescenta ainda o desenvolvimento das competências para o século XXI, como a comunicação ou o trabalho de equipa, considerando que “estas ‘soft skills’ são, de facto, aquilo a que a escola hoje em dia deve dar cada vez mais resposta”.
Foi também a olhar para estas competências transversais que surgiu, no início de 2017, a HappyCode, uma escola de programação de jogos, aplicações e robótica, cuja missão é “formar pensadores e criadores do século XXI”.
“Queremos mudar mentalidades, mudar a forma de ver a tecnologia e ajudar a criar uma nova geração de portugueses aptos a ter sucesso num mundo cada vez mais tecnológico”, disse à Lusa Pedro Teixeira, diretor de operações.
A HappyCode tem cursos a partir dos sete anos e aos dez as crianças começam já a aprender conceitos e linguagens de programação que se ensinam na faculdade, um desafio que os professores procuram diminuir através de metodologias interativas.“Cada novo conceito leva a uma aplicação ou a uma nova funcionalidade de um jogo”, explica o diretor de operações, contando que, por exemplo, ao final de seis meses no curso de aplicações, as crianças já conseguem criar um programa de mensagens instantâneas.
À semelhança da HappyCode, a Academia de Código Júnior é outro dos vários projetos que leva a programação às escolas.Para Madalena Virtuoso, gestora do projeto apoiado pela DGE, este tipo de iniciativas permite que a tecnologia deixe de ser um quebra-cabeças e abre caminho para uma próxima geração de adultos “mais informada e com maior capacidade de se adaptar”.
No mesmo sentido, António Silva considera que é cada vez mais importante que a escola se adeque aos desafios da sociedade.“Estamos em crer que as áreas da programação e da robótica poderão dar resposta a muitos dos desafios que os alunos de hoje e os homens e mulheres de amanhã irão encontrar no futuro”, sublinhou.
O diretor-geral, José Vítor Pedroso, acrescenta que este projeto é, inclusive, importante para dar resposta àquilo que foi desenhado como o perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória, publicado no dia 26 de julho.Pedro Teixeira elogia a introdução da programação no ensino básico, mas admite que ir além dos conteúdos básicos não é possível. “É difícil ensinar programação sem saber efetivamente programação e em Portugal não há recursos humanos”, lamenta.
Além das 786 as escolas públicas e privadas envolvidas na iniciativa da DGE, outras 235 escolas estão a participar no projeto de autonomia e flexibilidade curricular, nas quais estes conteúdos estão integrados na disciplina de Tecnologias da Informação e Comunicação.
No ano letivo de 2017/2018, a “Programação e Robótica no Ensino Básico” vai chegar a 64.692 alunos.Nesta iniciativa, a DGE conta com o apoio da Associação Nacional de Professores de Informática, Microsoft, Escola Superior de Educação de Setúbal e Universidade de Évora e Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.
O projeto que dá aos professores a possibilidade de ensinarem novos conteúdos, e ao qual aderiram 786 escolas públicas e privadas, estende-se agora até ao 9.º ano, depois de dois anos aberto apenas aos alunos do 1.º ciclo.
O diretor-geral da educação, José Vítor Pedroso, explicou à Lusa que são os próprios docentes das escolas que, contando com um acompanhamento permanente ‘online’ e vários encontros regionais com formadores, dão estas aulas.António Silva, coordenador da iniciativa “Programação e Robótica no Ensino Básico”, sublinha que o objetivo não é formar programadores, mas fazer com a programação seja mais um método de ensino do que uma disciplina.
As atividades do programa, centradas nas temáticas de segurança digital, cidadania digital e multidisciplinaridade, podem ser dinamizadas na oferta complementar, nas atividades de enriquecimento curricular ou na oferta de escola, mas a intenção é que os professores de todas as disciplinas adotem a programação e a robótica.“Queremos que os professores utilizem não apenas as metodologias tradicionais, mas que inovem com base nesta nova área”, contou o coordenador, apoiado pelo diretor-geral, que acrescentou o exemplo da criação de uma estação meteorológica, na disciplina de geografia.
Segundo José Vítor Pedroso, a aprendizagem destes conteúdos permite não só desenvolver o pensamento computacional, ao nível da algoritmia ou das sequências, mas também a capacidade de resolução de problemas, a resiliência e a utilização do método científico na abordagem a várias situações.
“Esta capacidade de análise é muito referida pelos próprios professores como uma vantagem do ensino da programação”, explica o diretor-geral que diz ter vindo a receber críticas muito positivas ao programa.António Silva acrescenta ainda o desenvolvimento das competências para o século XXI, como a comunicação ou o trabalho de equipa, considerando que “estas ‘soft skills’ são, de facto, aquilo a que a escola hoje em dia deve dar cada vez mais resposta”.
Foi também a olhar para estas competências transversais que surgiu, no início de 2017, a HappyCode, uma escola de programação de jogos, aplicações e robótica, cuja missão é “formar pensadores e criadores do século XXI”.
“Queremos mudar mentalidades, mudar a forma de ver a tecnologia e ajudar a criar uma nova geração de portugueses aptos a ter sucesso num mundo cada vez mais tecnológico”, disse à Lusa Pedro Teixeira, diretor de operações.
A HappyCode tem cursos a partir dos sete anos e aos dez as crianças começam já a aprender conceitos e linguagens de programação que se ensinam na faculdade, um desafio que os professores procuram diminuir através de metodologias interativas.“Cada novo conceito leva a uma aplicação ou a uma nova funcionalidade de um jogo”, explica o diretor de operações, contando que, por exemplo, ao final de seis meses no curso de aplicações, as crianças já conseguem criar um programa de mensagens instantâneas.
À semelhança da HappyCode, a Academia de Código Júnior é outro dos vários projetos que leva a programação às escolas.Para Madalena Virtuoso, gestora do projeto apoiado pela DGE, este tipo de iniciativas permite que a tecnologia deixe de ser um quebra-cabeças e abre caminho para uma próxima geração de adultos “mais informada e com maior capacidade de se adaptar”.
No mesmo sentido, António Silva considera que é cada vez mais importante que a escola se adeque aos desafios da sociedade.“Estamos em crer que as áreas da programação e da robótica poderão dar resposta a muitos dos desafios que os alunos de hoje e os homens e mulheres de amanhã irão encontrar no futuro”, sublinhou.
O diretor-geral, José Vítor Pedroso, acrescenta que este projeto é, inclusive, importante para dar resposta àquilo que foi desenhado como o perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória, publicado no dia 26 de julho.Pedro Teixeira elogia a introdução da programação no ensino básico, mas admite que ir além dos conteúdos básicos não é possível. “É difícil ensinar programação sem saber efetivamente programação e em Portugal não há recursos humanos”, lamenta.
Além das 786 as escolas públicas e privadas envolvidas na iniciativa da DGE, outras 235 escolas estão a participar no projeto de autonomia e flexibilidade curricular, nas quais estes conteúdos estão integrados na disciplina de Tecnologias da Informação e Comunicação.
No ano letivo de 2017/2018, a “Programação e Robótica no Ensino Básico” vai chegar a 64.692 alunos.Nesta iniciativa, a DGE conta com o apoio da Associação Nacional de Professores de Informática, Microsoft, Escola Superior de Educação de Setúbal e Universidade de Évora e Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.
terça-feira, 24 de outubro de 2017
"O Paradoxo do nosso Tempo"
Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente.
Multiplicamos os nossos bens, mas reduzimos os nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos frequentemente.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver. Adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio. Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não o nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; excesso de reuniões e relações vazias. Esta é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Esta é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas".
Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa. Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.
Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Lembre-se dar um abraço carinhoso num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer. Lembre-se de dizer "eu te amo" à sua companheira (o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, Ame... AME MUITO. Um beijo e um abraço curam a dor, quando vem de lá de dentro. O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas AMAR tudo que você tem !!!
Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado."
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio. Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não o nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; excesso de reuniões e relações vazias. Esta é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Esta é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas".
Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa. Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.
Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Lembre-se dar um abraço carinhoso num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer. Lembre-se de dizer "eu te amo" à sua companheira (o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, Ame... AME MUITO. Um beijo e um abraço curam a dor, quando vem de lá de dentro. O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas AMAR tudo que você tem !!!
Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado."
segunda-feira, 23 de outubro de 2017
Mostra de Teatro de Almada 2017
A 21.ª Mostra de Teatro de Almada (MTA) irá juntar cerca de duas dezenas de grupos de teatro do concelho, para celebrar a dramaturgia de textos originais, em comunhão com clássicos de William Shakespeare e Bertolt Brecht.
A iniciativa vai decorrer de 3 a 19 de Novembro, conta com um total de 25 encenações, acompanhadas de uma 'Mostra.Ponto de Encontro', que tem por objetivo ser "um momento de convívio entre artistas e público", depois das representações no Teatro António Assunção, segundo o texto de apresentação hoje divulgado pela organização, que reúne a Câmara Municipal de Almada e grupos de teatro locais.
O Mercado Municipal da Trafaria irá também acolher 'memorabilia' reunida ao longo dos 45 anos do Grupo de Iniciação Teatral da Trafaria (GITT), tendo a oportunidade de expor "guarda-roupa, adereços cénicos, partes de cenário e material cénico", preservados até aos dias de hoje, e de exibir excertos das peças organizadas pelo grupo amador.
O espetáculo inaugural, 'Rei Ubu', é uma representação do texto original do francês Alfred Jarry (1873-1907), no qual o protagonista é retratado como "uma personagem excessiva (...) que possui todas as qualidades necessárias ao exercício despótico do poder", fazendo-o "um objeto teatral versátil e perfeitamente atualizável" - numa era de "pós-verdade" -, em que "factos passam a ser menos decisivos do que (...) opiniões [e] a manipulação da informação é aceite por largas faixas da população", aponta a sinopse da programação.
A agenda da mostra prossegue com duas outras estreias, 'Revolução no Frigorífico' - "uma peça infantil que aborda o tema da alimentação saudável de uma forma divertida, tanto para crianças como para adultos" - e 'Escuta Aqui Meu Ladrão', que dá título a "uma comédia de Paulo Sacaldassy, com um final surpreendente", ambas por parte da companhia de teatro Cénico da Incrível Almadense, agendadas para dia 04.
'Migrações' é o "título provisório" da última apresentação a entrar em palco, no dia 19, um "trabalho em processo" que narra "na primeira pessoa a vinda de Moçambique para Portugal" e as dificuldades que a mudança implica na tentativa de "erguer um sentido para o fluxo de palavras e de frases, num ritmo fora da área conversacional".
Organizada pela Câmara de Almada, com grupos de teatro locais desde 1996, a MTA envolve ainda companhias como Alpha Teatro, Actos Urbanos/Teatro de Areia e Teatro&Teatro de O Mundo do Espectáculo, EmbalArte, Grupo da Associação Cultural Manuel da Fonseca, Lagarto Amarelo, Ninho de Víboras, Novo Núcleo de Teatro, O Outro Lado, O Grito&Rugas, Oficina de Teatro de Almada, Teatro ABC.PI, Teatro Extremo e Teatro de Papel.
23/10/2017
A agenda da mostra prossegue com duas outras estreias, 'Revolução no Frigorífico' - "uma peça infantil que aborda o tema da alimentação saudável de uma forma divertida, tanto para crianças como para adultos" - e 'Escuta Aqui Meu Ladrão', que dá título a "uma comédia de Paulo Sacaldassy, com um final surpreendente", ambas por parte da companhia de teatro Cénico da Incrível Almadense, agendadas para dia 04.
'Migrações' é o "título provisório" da última apresentação a entrar em palco, no dia 19, um "trabalho em processo" que narra "na primeira pessoa a vinda de Moçambique para Portugal" e as dificuldades que a mudança implica na tentativa de "erguer um sentido para o fluxo de palavras e de frases, num ritmo fora da área conversacional".
Organizada pela Câmara de Almada, com grupos de teatro locais desde 1996, a MTA envolve ainda companhias como Alpha Teatro, Actos Urbanos/Teatro de Areia e Teatro&Teatro de O Mundo do Espectáculo, EmbalArte, Grupo da Associação Cultural Manuel da Fonseca, Lagarto Amarelo, Ninho de Víboras, Novo Núcleo de Teatro, O Outro Lado, O Grito&Rugas, Oficina de Teatro de Almada, Teatro ABC.PI, Teatro Extremo e Teatro de Papel.
23/10/2017
domingo, 22 de outubro de 2017
Felicidade Facebook e Solidão
Ou você está no “face” ou não está no mundo. Esta é a era da comunicação, em que se deve estar conectado para que haja o sentimento de pertencimento ao grupo. Todos vivemos na chamada grande rede, e nela tudo parece fazer sentido, afinal, todos estão sorrindo. A rede parece garantir a felicidade, logo se você não está na rede, você não só não está no mundo, como também não é feliz. Mas, será que essa felicidade Facebook é real?
Como dito, no face todos estão sorrindo (você já viu alguém triste?), tudo parece fazer sentido, é como se a vida real se tivesse tornado uma extensão, um plug-in da rede. Melhor, um aplicativo que baixa-se no Play Store. Entretanto, se a vida se deslocou para o face, se a felicidade está no face, o que acontece na vida real?
Esses são questionamentos para quem conseguiu manter-se na superfície. A resposta para as perguntas é simples – a felicidade Facebook não é real e apenas esconde a solidão que nos encontramos. O sucesso do Facebook é determinado pela facilidade em desconectar, de modo que não há uma preocupação em criar laços, mas apenas em se manter “conectado”. Sendo assim, como não crio laços, tenho a necessidade que o mundo me ofereça algo novo o tempo inteiro.
Por outras palavras, passamos pela vida sem que nós e os outros tenham importância e, portanto, tentamos substituir a qualidade dos relacionamentos pela quantidade. Desse modo, precisamos postar 48 fotos por dia, como se precisássemos da aprovação do outro, quando, na verdade, vivemos apenas uma representação e diante disso, não vivemos nada.
Ou seja, como na verdade não sou feliz, preciso compartilhar tudo a fim de que pelo olhar do outro haja a aprovação de que a minha vida possui o valor necessário para se sustentar. E como todos vivem uma fantasia, todos mentem uns para os outros, como se fosse condição necessária para manter a felicidade de todos.
Pelo medo de encarar o vazio que nos tornamos, preenchemos o nosso interior oco com mensagens e áudios pelo WhatsApp. Assim, toda a barafunda do Facebook é apenas para esconder aquilo que eu não quero ver, isto é, o meu vazio e como estamos cada vez mais sozinhos, muito embora, paradoxalmente viva-se na era da grande rede. Isto é, temos a necessidade de postar e compartilhar o maior número de coisas, para que os likes preencham o nosso vazio existencial.
É preciso que as pessoas curtam a vida que eu não estou curtindo, digo mais, é condição necessária ter pessoas legitimando aquilo que eu gostaria que fosse, para que o teatro seja mantido. Buscando o melhor enquadramento nas fotos, escondo o vazio que sou, a solidão que atormenta e o distanciamento das relações.
Essa urgência em ter pessoas legitimando aquilo que eu gostaria que fosse, impede-me de refletir sobre a própria vida, ou seja, não há uma tomada de consciência, em que o indivíduo é o dono do próprio destino, já que está sempre submetido ao espetáculo, pois este garante aplausos, mesmo que não passe de uma simulação.
Enquanto não acordarmos, estaremos mais ligados à internet, ao teatro, mais sozinhos e, portanto, desligados do real e das pessoas. É necessário ter a consciência do ser, pois não é fingindo ser, e, logo, não sendo, que há relações, tampouco, felicidade, pois essa reafirmação de um eu que não existe implica apenas a solidão que nos aflige, as ilhas emotivas que nos tornamos.
Imersos nesse espetáculo, talvez, não consigamos perceber que quanto mais desesperados por likes, mais sozinhos estamos e que, embora, a internet e o Facebook sejam instrumentos poderosíssimos, os quais podem ser utilizados como ferramentas de aproximação, estamos os substituindo pela vida real, e pior, por uma vida que não existe.
Esse desespero por likes só representa indivíduos cada vez mais solitários. Isso acontece pela dificuldade em estabelecer relações reais, e, por conseguinte, fortes; de encarar a si mesmo, a própria consciência e admitir que a vida não está passando de uma encenação.
A felicidade Facebook representa uma sociedade doente, mas que busca esconder-se. Faz-se necessário coragem para encarar-se e viver o que realmente somos, dizer o que realmente estamos sentido, fazer da rede uma extensão da vida real e não o contrário. Sabemos o quanto isso é difícil, pois temos medo de nos encarar, mas enquanto esse medo não for superado, continuaremos alimentando o palco que a vida se transformou, pois como diz o poeta:
“Esse mundo é um saco de fingimento”.
“Esse mundo é um saco de fingimento”.
22/10/2017
quinta-feira, 19 de outubro de 2017
Ana Margarida de Carvalho distinguida pela Associação de Escritores
A romancista Ana Margarida de Carvalho venceu novamente o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE), desta vez com a obra Não se pode morar nos olhos de um gato.
Ana Margarida de CarvalhoCréditos/ The Book Lovers
Num comunicado, a APE esclarece que «o júri, constituído por José Correia Tavares, que presidiu, Isabel Cristina Rodrigues, José Carlos Seabra Pereira, Luís Mourão, Paula Mendes Coelho e Teresa Carvalho, ao reunir-se pela quarta vez, deliberou por maioria, pois Luís Mourão votou em A Gorda, de Isabela Figueiredo».
Ana Margarida de Carvalho, que recebe pela segunda vez o Grande Prémio de Romance e Novela da APE, é finalista do Prémio Oceanos, do Brasil, com esta obra.
Publicado pela Teorema, o título Não se pode morar nos olhos de um gato foi considerado «livro do ano» pelo jornal Público e nomeado para «melhor livro de ficção narrativa» aos Prémios Autores, da Sociedade Portuguesa de Autores, este ano.
Ana Margarida de Carvalho nasceu em Lisboa, é licenciada em Direito e, nas eleições autárquicas de 1 de Outubro, foi eleita pela CDU à Assembleia Municipal de Lisboa. Como jornalista, recebeu, entre outros, os prémios Gazeta Revelação do Clube de Jornalistas de Lisboa, o do Clube de Jornalistas do Porto e o da Casa de Imprensa.
O seu primeiro romance, Que Importa a Fúria do Mar, venceu por unanimidade o Grande Prémio de Romance e Novela APE, em 2013.
Em parceria com Sérgio Marques publicou, em 2015, o livro infanto-juvenil A Arca do É.
Além de Ana Margarida de Carvalho e de Isabela Figueiredo, eram finalistas do Grande Prémio de Romance e Novela APE Alexandra Lucas Coelho, Mafalda Ivo Cruz e Paulo Varela Gomes.
Ana Margarida de Carvalho junta-se hoje à galeria de autores já distinguidos por duas vezes com o Grande Prémio de Romance e Novela da APE: Agustina Bessa-Luís, Maria Gabriela Llansol, António Lobo Antunes, Vergílio Ferreira e Mário Cláudio.
Mário de Carvalho, David Mourão-Ferreira, José Saramago, José Cardoso Pires, Rui Cardoso Martins, Vasco Graça Moura e Lídia Jorge foram alguns dos autores que também receberam o prémio.
De acordo com a APE, este ano apresentaram-se 93 livros a concurso, publicados em 2016, com a chancela de 44 editoras.
O prémio tem o valor pecuniário de 15 000 euros.
quarta-feira, 18 de outubro de 2017
Castelo de Coina
O CASTELO DO REI DO LIXO
(Coina, Barreiro)
O Palácio do Rei do Lixo, também conhecido como a Torre de Coina, ou Palácio da Bruxa, está situado na freguesia da Coina, Barreiro, sendo bem visível da estrada nacional n.º 10.
O Palácio do Rei do Lixo, também conhecido como a Torre de Coina, ou Palácio da Bruxa, está situado na freguesia da Coina, Barreiro, sendo bem visível da estrada nacional n.º 10.
A quinta onde se encontra o palácio foi propriedade rural, no século XVIII, de D. Joaquim de Pina Manique, irmão do intendente de D. Maria I, Diogo Inácio Pina Manique. A propriedade foi depois adquirida, no século XIX, por Manuel Martins Gomes Júnior, comerciante de Santo António da Charneca, que em 1910 mandou construir o palácio, diz-se, para que “conseguisse avistar a propriedade que possuía em Alcácer do Sal”.
Manuel Martins Gomes Júnior era conhecido como o "Rei do Lixo", devido ao exclusivo que tinha para a recolha dos detritos da cidade de Lisboa, e tendo feito fortuna a comprar e vender lixo. Profundamente ateu, Manuel Gomes Júnior transformou a ermida da propriedade em armazém e estábulo e baptizou a herdade de "Quinta do Inferno". Posteriormente, e através de António Zano Leite Ramada Curto, genro do "Rei do Lixo", a propriedade tornou-se numa importante casa agrícola. Em 1957, foi vendida aos grandes proprietários e industriais de curtumes Joaquim Baptista Mota e António Baptista, que constituíram a Sociedade Agrícola da Quinta de S. Vicente e transformaram a propriedade numa importante exploração pomícola.
Já na década de 70, a propriedade foi adquirida por António Xavier de Lima, conhecido construtor da margem sul do Tejo, que, segundo o presidente da Junta de Freguesia de Coina, “comprou toda a Quinta de S. Vicente e os terrenos adjacentes às quintas, tornando-se assim proprietário”. Em 1988, ocorreu um incêndio de contornos misteriosos que veio contribuir para o estado degradado do palácio, na altura já desabitado há 18 anos.
A torre ainda pertence actualmente à empresa Xavier de Lima, e não se conhecem planos para a sua reabilitação.
(Em 2013)
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