SOCIEDADE FILARMÒNICA INCRÍVEL ALMADENSE
Muitas vezes as colectividades são apelidadas de «universidades do povo». Mas estas são quase sempre mais do que isso. São verdadeiras «escolas» de civismo e de companheirismo, graças ao seu sentido colectivo, sempre presente, onde tudo parece ser possível graças à força e à vontade dos homens
«ANTÓNIO HENRIQUES»
O subtítulo dá ideia concreta do âmbito do livro. De facto «O associativista e historiador de Almada e das suas colectividades» é o resumo da ligação de António Henriques (1915-1992) à Incrível Almadense (fundada em 1848) na qual foi de tudo um pouco: filarmónico, dirigente, actor, ponto, comissionista, dramaturgo, editor de Boletins, organizador de festas, colector de donativos – muitas foram as suas actividades dentro da Incrível Almadense. Foi também um infatigável colecionador de memórias, bateu a muitas portas, procurando objectos e recordações sobre as colectividades de Almada, em especial da Incrível Almadense mas não só. Ainda se encontram inéditos dois trabalhos seus: «a biografia do Maestro Leonel Duarte Ferreira e a História da Associação de Socorros Mútuos 1º de Dezembro; o primeiro de 1971 e o segundo de 1983». António Henriques aderiu em 1946 ao MUD com (entre outros) José Carlos Pinto Gonçalves, Henrique Barbeitos, Felizardo Artur, Mário Fernandes, Domingos Miguel, Firmino da Silva, José Alaíz, Romeu Correia, Raimundo José Moreira, Mário Augusto, Fernando Gil, Anselmo Baptista Lopes Júnior e José Baptista Oliveira. No ano de 1948, ano do centenário, esteve na origem da reconciliação da «sua» Incrível com a Academia Almadense, fundada em 1895 a partir de uma ruptura dentro da Incrível Almadense. Como afirmam os autores no início do livro «Muitas vezes as colectividades são apelidadas de «universidades do povo». Mas estas são quase sempre mais do que isso. São verdadeiras «escolas» de civismo e de companheirismo, graças ao seu sentido colectivo, sempre presente, onde tudo parece ser possível graças à força e à vontade dos homens. Isso explicará em parte o porquê de António Henriques ter sido músico, actor dirigente, coleccionador, poeta, publicista, historiador e tudo o mais que lhe pediram, no seio da sua Incrível Almadense.»
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