Há quem o recorde e dele fale...hoje sou eu a recorda-lo:
Que estranho Romeu, que esta terra que foi a tua e que tanto te deve, te recorde tão pouco:
Foi, nos últimos anos da sua vida, o dramaturgo mais representado por grupos amadores de teatro em
Portugal.
Paralelamente à carreira de escritor, Romeu Correia foi Atleta de alta competição em Atletismo e Campeão Nacional de Boxe amador.
Recebeu, em 1962 e 1975, o prémio Casa da Imprensa; em 1984, o Prémio de Teatro 25 de Abril, da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro; e, pela peça O Vagabundo das Mãos de Oiro(1962), o Prémio da Crítica.
Escreveu ainda, entre outras peças, Casaco de Fogo (1953), Bocage(1965), Grito no Outono (1980), Tempos Difíceis (1982), O Andarilho das Sete Partidas (1983) e A Palmatória (1995).
Muitas das suas obras foram traduzidas em Chinês, Húngaro,Checo, Alemão, Russo e Braille.
No entanto também é bom salientar que existe ainda a Escola Secundária Romeu Correia, na freguesia de Feijó (concelho de Almada). Em Dezembro de 2008 foi inaugurado em Almada um painel em azulejo alusivo à sua obra literária, da autoria de Louro Artur. O painel pode ser encontrado na zona de Almada Velha, junto às Piscinas da Academia Almadense, na Rua Leonel Duarte Ferreira.
Recordo "Bonecos de Luz "A propósito do Natal:
é, talvez, a sua obra mais conhecida.
( Diálogo entre BIGANGA, Sem-Abrigo e PARDALITO, Menino de Rua, a propósito do Natal)
- Sabes que dia é amanhã?
- Amanhã... é dia de Natal, não é?
Que sim - retorquiu o vendedor de sinas- amanhã era o dia mais bonito do ano.
- Mais bonito porquê?- Olha o mais bonito!... Estás cuma febre !...
- É a grande festa da família! Há rancho melhorado...Mas são os miúdos que ficam a ganhar. põem a bota na chaminé e recebem brinquedos...
- Vai impingir essa às osgas!... Brinquedos na bota...! AH!AH! AH!
- Bom - gaguejou ele - para essas coisas acontecerem não bastava a boa vontade do Menino Jesus...Primeiro era preciso que cada rapazinho tivesse um par de botas...Não admirava, portanto, que a garotada descalça de pé e perna não apanhasse nada.
Indignado, cresci para o gigante:
- Mesmo que eu TIVESSE BOTAS...QU'É DO SÍTIO !?... QU' É DA CHAMINÉ PARA PÔR AS BOTAS!?
- AH....
In "Bonecos de Luz", Cap.XV, Romeu Correia ( Com Supressões)
Paralelamente à carreira de escritor, Romeu Correia foi Atleta de alta competição em Atletismo e Campeão Nacional de Boxe amador.
Recebeu, em 1962 e 1975, o prémio Casa da Imprensa; em 1984, o Prémio de Teatro 25 de Abril, da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro; e, pela peça O Vagabundo das Mãos de Oiro(1962), o Prémio da Crítica.
Escreveu ainda, entre outras peças, Casaco de Fogo (1953), Bocage(1965), Grito no Outono (1980), Tempos Difíceis (1982), O Andarilho das Sete Partidas (1983) e A Palmatória (1995).
Escreveu ainda, entre outras peças, Casaco de Fogo (1953), Bocage(1965), Grito no Outono (1980), Tempos Difíceis (1982), O Andarilho das Sete Partidas (1983) e A Palmatória (1995).
Muitas das suas obras foram traduzidas em Chinês, Húngaro,Checo, Alemão, Russo e Braille.
No entanto também é bom salientar que existe ainda a Escola Secundária Romeu Correia, na freguesia de Feijó (concelho de Almada). Em Dezembro de 2008 foi inaugurado em Almada um painel em azulejo alusivo à sua obra literária, da autoria de Louro Artur. O painel pode ser encontrado na zona de Almada Velha, junto às Piscinas da Academia Almadense, na Rua Leonel Duarte Ferreira.
Recordo "Bonecos de Luz "A propósito do Natal:
é, talvez, a sua obra mais conhecida.
é, talvez, a sua obra mais conhecida.
( Diálogo entre BIGANGA, Sem-Abrigo e PARDALITO, Menino de Rua, a propósito do Natal)
- Sabes que dia é amanhã?
- Amanhã... é dia de Natal, não é?
Que sim - retorquiu o vendedor de sinas- amanhã era o dia mais bonito do ano.
- Mais bonito porquê?- Olha o mais bonito!... Estás cuma febre !...
- É a grande festa da família! Há rancho melhorado...Mas são os miúdos que ficam a ganhar. põem a bota na chaminé e recebem brinquedos...
- Vai impingir essa às osgas!... Brinquedos na bota...! AH!AH! AH!
- Bom - gaguejou ele - para essas coisas acontecerem não bastava a boa vontade do Menino Jesus...Primeiro era preciso que cada rapazinho tivesse um par de botas...Não admirava, portanto, que a garotada descalça de pé e perna não apanhasse nada.
Indignado, cresci para o gigante:
- Mesmo que eu TIVESSE BOTAS...QU'É DO SÍTIO !?... QU' É DA CHAMINÉ PARA PÔR AS BOTAS!?
- AH....
- Sabes que dia é amanhã?
- Amanhã... é dia de Natal, não é?
Que sim - retorquiu o vendedor de sinas- amanhã era o dia mais bonito do ano.
- Mais bonito porquê?- Olha o mais bonito!... Estás cuma febre !...
- É a grande festa da família! Há rancho melhorado...Mas são os miúdos que ficam a ganhar. põem a bota na chaminé e recebem brinquedos...
- Vai impingir essa às osgas!... Brinquedos na bota...! AH!AH! AH!
- Bom - gaguejou ele - para essas coisas acontecerem não bastava a boa vontade do Menino Jesus...Primeiro era preciso que cada rapazinho tivesse um par de botas...Não admirava, portanto, que a garotada descalça de pé e perna não apanhasse nada.
Indignado, cresci para o gigante:
- Mesmo que eu TIVESSE BOTAS...QU'É DO SÍTIO !?... QU' É DA CHAMINÉ PARA PÔR AS BOTAS!?
- AH....
In "Bonecos de Luz", Cap.XV, Romeu Correia ( Com Supressões)
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