domingo, 26 de maio de 2019

Pedro Barroso - Viva quem canta

Pedro Barroso, 67 anos, é uma das míticas vozes da música de contestação do período do 25 de abril. Quase meio século volvido, retirado do meio mediático e com a saúde a declinar, permanecem em Pedro Barroso as canções com história e as memórias daquele tempo em que se levou a boa música às massas isoladas e sem instrução. Colega de Zeca Afonso e de tantos outros que o acompanharam, resistiu à mudança dos tempos e de mentalidades, ao declínio da música ligeira e dos versos com subtexto em prol da superficialidade do espetáculo. A viver em Riachos, Torres Novas, Pedro Barroso tem mantido os concertos e a edição de discos, tendo inclusive publicado um livro de memórias. Reconhece-se, porém, no crepúsculo da vida.



Em Pedro Barroso não há silêncio. Conforme afirmava na música, “cantarei, cantarei, à chuva, ao sol, ao vento, ao mar”. Gosta de lembrar a juventude, os nomes, as músicas, as guerras. Alguma inconsciência que ditava a força da sua geração para lutar através da música, numa aventura que, para ele, começou no ecrã da televisão.

Nasceu em Lisboa em 1950, António Pedro da Silva Chora Barroso, filho de um professor que dá hoje nome à EB 2/3 em Riachos, próximo da casa onde hoje vive.


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