terça-feira, 30 de outubro de 2018

Parabéns a todos os Heróis do Mar!

Em ano de aniversário do Navio-Escola Sagres "30 de Outubro" (81 anos) ficamos com a sua passagem por debaixo da ponte 25 de Abril.

navio escola Sagres

Construído na Alemanha em 1937, (foi lançado ao mar a 30 Outubro desse ano)o navio passou pelos Estados Unidos e pelo Brasil até ser adquirido por Portugal, em 1962, para substituir o antigo Sagres. Ao serviço da Marinha Portuguesa, a principal missão do Navio-Escola Sagres é proporcionar contacto com a vida no mar aos cadetes da Escola-Naval, futuros oficias da Marinha. O navio representa ainda o país e a Marinha internacionalmente

domingo, 28 de outubro de 2018

Não te Rendas:


Ainda que o frio te queime, ainda que o medo te morda, ainda que o sol se ponha e se cale o vento... Não te Rendas.

Mario Benedetti, além de ser um grande escritor de origem uruguaia, é muito amado e lembrado até pela sua filosofia de vida. Através do seu trabalho, ele nos ensinou a ver a vida de uma maneira simples, encontrando a felicidade na simplicidade da vida cotidiana, naqueles pequenos detalhes que qualquer um pode acessar, se você se propuser.



                  Imagem relacionada

Em seguida, vamos ler este belo poema de Mario Benedetti.
Não te rendas, ainda estás a tempo
de alcançar e começar de novo,
aceitar as tuas sombras
enterrar os teus medos,
largar o lastro,
retomar o voo.
Não te rendas que a vida é isso,
continuar a viagem,
perseguir os teus sonhos,
destravar os tempos,
arrumar os escombros,
e destapar o céu.
Não te rendas, por favor, não cedas,
ainda que o frio queime,
ainda que o medo morda,
ainda que o sol se esconda,
e se cale o vento:
ainda há fogo na tua alma
ainda existe vida nos teus sonhos.
Porque a vida é tua, e teu é também o desejo,
porque o quiseste e eu te amo,
porque existe o vinho e o amor,
porque não existem feridas que o tempo não cure.
Abrir as portas,
tirar os ferrolhos,
abandonar as muralhas que te protegeram,
viver a vida e aceitar o desafio,
recuperar o riso,
ensaiar um canto,
baixar a guarda e estender as mãos,
abrir as asas
e tentar de novo
celebrar a vida e relançar-se no infinito.
Não te rendas, por favor, não cedas:
mesmo que o frio queime,
mesmo que o medo morda,
mesmo que o sol se ponha e se cale o vento,
ainda há fogo na tua alma,
ainda existe vida nos teus sonhos.
Porque cada dia é um novo início,
porque esta é a hora e o melhor momento.
Porque não estás só, por eu te amo.

sábado, 27 de outubro de 2018

Feijó

Breve historia:

Antigo lugar do termo e Freguesia de Almada, a povoação de Feijó é a mais jovem das onze freguesias que actualmente constituem o Concelho de Almada, mas cuja história remonta ao século XVII sendo, nessa época, caracterizada pela sua intensa exploração rural, devido à provável influência muçulmana, a qual, de acordo com os indícios existentes em alguns dos seus lugares, designadamente, em Algazarra, terá estado na origem desses mesmos locais.

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Nos primórdios da sua existência, o lugar de Feijó, situava-se na zona da Rua Pêro da Covilhã, aparecendo, segundo documento datado de 1813, como uma simples quinta, apesar de no século XVI já aqui existirem diversas quintas e propriedades de gente ilustre, nomeadamente do Conde de Monsanto, Manuel Sousa Coutinho e os condes de Aveiras, cenário que se manteve até meados do Século XX, época em que se verificou a expansão da povoação, em consequência da forte pressão demográfica que o concelho sofreu, por via do processo de industrialização que se operou nesta zona do país e da subsequente construção da ponte sobre o Rio Tejo.

Integrando, ao tempo, o território da Freguesia da Cova da Piedade, da qual deixou de fazer parte por via da criação da nova Freguesia de Laranjeiro, na qual se manteve até 27 de Maio de 1993, data em que, por deliberação unânime dos deputados que constituíam as diferentes forças políticas então representadas na Assembleia da República, foi tomada a decisão de lhe conferir autonomia administrativa elevando-a à categoria de Freguesia.
Com efeito, o acentuado desenvolvimento demográfico e económico que registava, a par de reclamar a existência de uma Junta de Freguesia, entidade que por força das suas atribuições e competências, acompanhasse esse complexo processo, colocava ainda constantes problemas à autarquia de Laranjeiro, que se via em grandes dificuldades para dar resposta às situações que diariamente se levantavam, ante a vasta área territorial que lhe estava afecta e as permanentes mudanças que, em todos os domínios, nele se operavam.
Nesta conformidade, a deliberação tomada por aquele órgão de soberania, a par de corresponder às expectativas da população, permitiu solucionar uma necessidade à muito sentida por todos os agentes locais, concorrendo simultaneamente para reforçar os laços identitários que caracterizam os habitantes da localidade.
Terra de fortes tradições associativas, a Freguesia de Feijó possui seis colectividades e associações que desenvolvem uma regular actividade visando a promoção do desporto e da cultura junto de todos quantos aqui residem, movimentando mais de um milhar de praticantes, na sua maioria jovens.
Além disso, a circunstância de possuir um parque industrial no qual apenas foi autorizada a instalação de um conjunto de unidades não poluentes é outro dos atractivos de que se reveste, esta populosa Freguesia do Concelho, situação que adquire ainda maior significado já que se trata de um território atravessado pela Auto-Estrada do Sul, assim como pela via alternativa à Estrada Nacional Nº. 10, obra esta levada a cabo sob responsabilidade da Câmara Municipal de Almada.
É aqui que o Almada Forum se situa "inaugurado a 17 de Setembro de 2002" na localidade de Vale de Mourelos que desde 2013  pertence à freguesia de Laranjeiro e Feijó, no município de Almada.

                                                                     Centro comunitário

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Casa Mateus Sesimbra, Portugal

     Casa de Mateus

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A escassos metros da avenida principal de Sesimbra está a Casa Mateus,uma agradável surpresa situada no estreito Largo Anselmo Braamcamp. É na porta número 4 que este pequeno restaurante familiar serve com mestria e dedicação alguns dos sabores mais tradicionais da vila piscatória que, apesar de ter celebrado o seu primeiro ano de vida há pouco mais de um mês, não se deixa intimidar pelos estabelecimentos mais afamados da zona.
Sesimbra é sempre uma escolha segura para comer bem, mas agora tem um motivo extra para conhecer este cantinho que já é uma referência no mapa gastronómico da região. Atravessando as montras de peixe espalhadas um pouco por toda a vila, encontrará um edifício forrado a azulejo tipicamente português com uma placa que indica que chegou ao sítio certo: um restaurante que alia boa cozinha ao atendimento simpático e afável implícito no ADN dos Mateus.

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quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Camaleões sociais


Os camaleões sociais "pessoas que mudam de acordo com as circunstâncias" são campeões em causar uma boa impressão. Por isso, eles não hesitam em praticar esse tipo de mercantilismo emocional, através do qual escondem seus próprios sentimentos , pensamentos e opiniões, a fim de serem aceitos e terem a aprovação dos outros. É um tipo de prática que provoca efeitos colaterais na dignidade pessoal.

Imagem relacionada


É muito provável que muitos de nós se lembrem de um curioso filme de Woody Allen chamado “Zelig”. Neste último, o protagonista apresenta uma estranha habilidade sobrenatural: ele é capaz de mudar completamente sua aparência para se adaptar a qualquer ambiente em que se encontre. Finalmente, um jovem psicanalista percebe o verdadeiro problema de Leonard Zelig, ou seja, sua extrema insegurança que o leva a se esconder entre as pessoas para se sentir aceito e integrado.

“Aquele que é autêntico assume a responsabilidade de ser o que é e se reconhece livre para ser quem ele é. ” -Jean-Paul Sartre

Este é, sem dúvida, um caso extremo, uma divertida reflexão audiovisual que Allen trouxe para a tela para falar sobre psicologia, problemas de identidade e nossa sociedade. No entanto, há um fato que não podemos negar: somos todos, de certo modo, camaleões sociais.

Mostrar a nós mesmos como somos, sem a menor fissura e com transparência total nem sempre é fácil. Temos medo do “que vamos dizer”, desapontar as pessoas, atrair a atenção ou não ser o que os outros esperam de nós. Viver na sociedade exige que nos encaixemos em um molde, todos nós sabemos disso. No entanto, devemos lembrar que a chave é aprender a ser pessoas, não personagens. Ser uma pessoa significa saber respeitar os outros com suas nuances, suas opiniões, suas qualidades e sua estranheza. Também significa ser capaz de praticar essa honestidade sem diluir a  nossa identidade e valores para sermos aceites.

Para verdadeiros camaleões sociais, tudo é possível. Perdem a sua dignidade, os seus princípios e até a sua escala de valores para alcançar o sucesso, para se sentirem integrados ou para serem reconhecidos. No entanto, por imitar e representar a si mesmos através de tantos papéis, eles nunca serão capazes de estabelecer relacionamentos autênticos, ter amigos reais, relacionamentos estáveis para mostrar  a sua verdadeira face, sem qualquer máscara. …

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Almada: há um bairro fantasma a tentar ganhar nova vida

Uma moagem com interesse histórico, diversas fábricas de cortiça, oficinas de tanoaria, o arsenal do Alfeite e as pequenas lojas deram vida à zona do Caramujo e Romeira, na Cova da Piedade, em Almada, durante quase dois séculos. Hoje ao abandono, o antigo bairro industrial tenta ganhar nova vida, mas é uma sombra fantasmagórica do passado.

  Resultado de imagem para almada romeira um bairro fantasmagórico

     
Primeiro era a família real que escolhia o palácio do Alfeite como local de veraneio. Mais tarde, o Hotel Club albergava os banhistas a poucos metros das muitas fábricas de cortiça que, a partir de meados do século XX, se instalaram na aldeia do Caramujo e na quinta da Romeira Velha.
Os moleiros já ali tinham chegado antes, e um dos seus descendentes, António José Gomes, fundou em 1865 a moagem que viria a laborar durante mais de um século: a Fábrica Industrial Aliança. Mais tarde, no local de um antigo estaleiro, viria a ser instalado, em 1936, o Arsenal do Alfeite.
Imponente, como se quisesse resistir a tudo, ergue-se o edifício da moagem. Classificado como imóvel de interesse público, foi construído para resistir: mandado erguer por António José Gomes na sequência de um incêndio foi o primeiro edifício em Portugal com uma estrutura integralmente de betão armado, que espera agora, coberto de graffitis, ser convertido em museu.
Hoje, depois da decadência que se iniciou nos anos 1960 e se acentuou na década seguinte, o bairro ganhou a aparência de uma cidade fantasma, com o fecho de todas as fábricas. Há, contudo, sinais de uma tentativa de renascimento – antigos armazéns convertem-se em ginásios, um dos antigos refeitórios de uma fábrica está prestes a converter-se em edifício multiusos e é lá que estão alguns restaurantes, como a Tia Bé – são, aliás, uma das atuais imagens de marca do local.   
Regresso hoje a este tema.
Fevereiro de 2021, como se dizia na altura "a tentar ganhar nova vida" deixo algumas fotos que dois anos depois, provam que tudo é possível
"Créditos das fotos, Rui Coutinho, em Janeiro 2021"

               






MUTELA
em recuperação 
( vai ser um ginásio )



sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Lagoa de Albufeira

Localiza-se na costa ocidental, próximo do canal de ligação da Lagoa de Albufeira ao mar. Está sujeita a ventos dos quadrantes norte e oeste e, como tal, apresenta boa ondulação durante muitos dias por ano, o que a torna muito apreciada para a prática de surf, bodyboard e skimboard.

           Imagem relacionada

Rodeada por pinhal em quase todo o perímetro, conta com pequenos areais junto do mar e na margem norte. As águas calmas e o vento criam condições ainda para a prática de winsdurf, kitesurf e vela. Procurada por inúmeras famílias com crianças, o trânsito pode ser caótico aos fins de semana. Em plataformas no meio da lagoa existem viveiros de mexilhão

domingo, 14 de outubro de 2018

Sei mais do que digo, penso mais do que falo e percebo bem mais do que imaginam.
Talvez uma das maiores sabedorias consista em percebermos que muitas pessoas não merecem receber o nosso melhor, pois tentarão sempre usar aquilo contra nós. É muito difícil saber em quem confiar, hoje em dia, num mundo em que as aparências são mais valorizadas do que qualquer essência.
                        Resultado de imagem para Sei mais do que digo, penso mais do que falo e percebo bem mais do que imaginam.
Nem tudo o que se sabe deve ser dito. Algumas pessoas não estão prontas para saber a verdade, porque simplesmente se agarram a ilusões, na falsa esperança de manter o que nem se sustenta mais. Tentar argumentar com quem não ouve ninguém além de si mesmo é uma tarefa inglória, que estressa e não traz resultado algum, para ninguém. Deixemos o tempo trazer as verdades, mesmo que já seja tarde demais para concertos ou ajustes.
Da mesma forma, alguns pensamentos devemos guardar para nós mesmos, uma vez que nem sempre estaremos certos. Cada um vive de acordo com as próprias verdades, sejam elas plausíveis ou não, pois dói demais encarar o enfrentamento das ilusões desconstruindo-se à nossa frente. E, caso nossas palavras possam ferir e machucar, sem razão específica, não há por que dizer o que trará dor que não se aproveita. No entanto, se a dor for necessária, escolher as palavras menos doídas será vital.
Muitas vezes, percebemos bem mais do que o outro possa supor, entendendo os comportamentos, olhares, o tom de voz, tudo o que esteja por trás do que se aparenta. Percebemos quando há desinteresse, antipatia, falsidade e segundas intenções ao nosso redor, como se nossos sentidos nos alertassem. Nesses momentos, o mais interessante será nos fingirmos de bobos, para percebermos até que ponto chegará a falsidade alheia. Lembremos que um dia a máscara cairá.
Como se vê, temos que ser prudentes ao compartilharmos o que temos dentro de nós, pois algumas pessoas não merecerão o nosso melhor. Tem gente que não quer dividir, nem somar, sugando e destruindo os caminhos por onde passam. Que sempre caminhemos por entre jardins floridos, com as cores da verdade e o perfume do amor recíproco. Também haverá espinhos, mas a cicatrização será mais rápida. É assim quando se ama.
Por:Marcel Camargo

sábado, 13 de outubro de 2018


Arquivo Histórico de Almada

Associação de Classe dos Operários Corticeiros de Almada

História administrativa/biográfica/familiar


As origens desta organização remontam a 1891, ano em que alguns operários se reuniram em Cacilhas com o intuito de discutirem a ideia de constituição de uma associação de classe dos corticeiros no concelho de Almada. Participaram nesse encontro os seguintes operários: Manuel Augusto de Oliveira, Luís Madrugo, Mateus Ferreira, Manuel Fevereiro, Nicolau das Neves e José Agostinho.


Os corticeiros em frente da cadeia d'Almada a fim de impedir que os presos fossem conduzidos para Lisboa.
Imagem: Hemeroteca Digital, Illustração Portugueza, 4 de setembro 1911...foto Almada Virtual

A instituição de uma associação de classe dos corticeiros em Almada visava combater a exploração do trabalho, nomeadamente a abolição dos serões e laboração aos domingos, a reivindicação do aumento salarial e a contestação ao governo na questão corticeira relativa à exportação da cortiça em bruto.

Em 1891 foi constituída a secção da Mutela, na Cova da Piedade, da Associação de Classe dos Operários da Industria Corticeira, com sede em Lisboa, instalada no Poço do Bispo. Neste mesmo ano, a 9 de outubro, a secção da Mutela, dependente da Associação de Lisboa, inicia o seu processo de autonomia reivindicando a constituição dos seus estatutos.

A primeira sede da secção da Mutela ficava na Rua Direita da Mutela, Cova da Piedade. Em 1892 a sede foi transferida para outras instalações, com melhores condições, na Rua de Oliveira, n.º 11, em Cacilhas. Esta mudança da sede para Cacilhas motivou que a sua designação passasse também a ser conhecida por Associação de Corticeiros de Cacilhas. Em 1906 passou para a Travessa do Açougue, na vila de Almada, e em 1908 voltou para a Rua Direita da Mutela, na Cova da Piedade.

A aprovação oficial dos estatutos da Associação foi alcançada pelo Alvará de 24 de agosto de 1898, publicado no Diário do Governo, n.º 239, de 22 de outubro de 1900.

A organização interna da associação estava regulada no Decreto de 9 de maio de 1891. Os seus corpos gerentes, eleitos anualmente, eram constituídos pela Direção (um presidente, um secretário, um tesoureiro e dois vogais), pela Assembleia Geral (os sócios e dirigida por uma mesa composta por um presidente e dois secretários) e pelo Conselho Fiscal (um presidente, um secretário e um relator).
Os principais fins da associação consistiam em estudar e defender os interesses económicos comuns aos associados; criar escolas e bibliotecas para os associados; obter recursos especiais de entidades públicas e privadas para a realização dos fins da associação.
Associação com forte componente social, política e cultural, apoiou financeiramente os seus associados em tempo de greves e publicou o jornal Corticeiro (1899-1900), primeiro órgão de informação dos operários corticeiros em Portugal. Foi extinta em finais de 1933, na sequência do Decreto-Lei n.º 23050, de 23 de setembro de 1933, diploma que criou novos sindicatos nacionais.

História custodial e arquivística


Com a extinção da associação, na sequência do Decreto-Lei n.º 23050, de 23 de setembro de 1933, os seus bens e provavelmente a documentação do seu arquivo, ficaram à guarda da Administração do Concelho, presume-se que aí permaneceram até à extinção do cargo de Administrador do Concelho (c. 1940), altura em que possivelmente foi transferido para o arquivo municipal.

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Instrumentos de pesquisa


Inventário; guia.

Notas


As fontes de informação utilizadas, para a elaboração da história administrativa foram:

- FLORES, Alexandre - Almada na história da indústria corticeira e do movimento operário (1860-1930). Almada: Câmara Municipal, 2003.
- FLORES, Alexandre - O corticeiro: o primeiro órgão dos operários corticeiros em Portugal (1899-1900). Almada: Câmara Municipal, 2000.
- Documentos relativos à aprovação dos Estatutos [Em linha]. Arquivo Histórico na Área Económico-Social. 


quinta-feira, 11 de outubro de 2018

HISTORIA:Do primeiro século de existência:
Academia de Instrução e Recreio Familiar Almadense

Às nove horas da noite de 27 de Março de 1895, na presença de dezassete sócios, declarou José Maria de Oliveira: Meus Senhores é com grande honra e orgulho que vos anuncio que, aprovado em assembleia com 17 elementos hoje, 27 de março de 1895, nasce a Academia de Instrução e Recreio Familiar Almadense. Que seja longa a sua vida!”

     Academia Almadense

A Academia Almadense completou, em 1995, o primeiro século de existência, após um longo percurso dedicado à música, ao recreio, à cultura e ao desporto. Em 27 de Março de 1895, dezassete almadenses reuniram-se e decidiram formar uma sociedade filarmónica e tão rápido foi o crescimento que um mês depois já uma “charanga” desfilava pelas ruas, da então vila de Almada, ao som dos primeiros acordes musicais duma colectividade, que se afirmou no panorama musical do concelho e até nacional.
A actividade da Academia não ficou restringida à música, já que o teatro, a dança, o desporto, a biblioteca e o cinema são outras facetas de permanente trabalho realizado por sucessivas gerações de homens e mulheres naturais ou residentes no Concelho. A Academia desenvolve ainda a sua actividade em outras áreas, como a escola de música e banda filarmónica, teatro, danças, ginástica e artes marciais.
A Academia Almadense, já contemplada com diplomas e condecorações de homenagem e mérito de entidades e associações locais e nacionais, inseriu-se, pois, no tecido associativo local, sendo desde há muitos anos um dos agentes culturais e desportivos de maior prestigio no Concelho pelos serviços prestados no desenvolvimento intelectual e físico dos cidadãos.
Pelos serviços distintos e altamente meritórios prestados à comunidade, de forma exemplar e duradoura, a autarquia atribuiu à Academia de Recreio e Instrução Familiar Almadense a Medalha de Ouro da cidade, com fita de seda bordada a ouro com as armas da cidade, conforme a deliberação camarária a 24 de Março de 1995.

Texto de síntese / Recolha de Alexandre M. Flores

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Aldeia - Museu José Franco

Já lá vão mais de 50 anos desde o início do sonho de José Franco: recriar uma aldeia com as suas memórias da infância.
A aldeia situada entre a Ericeira e Mafra é conhecida por vários nomes. Para além de Aldeia-Museu José Franco também é habitual ser chamada de Aldeia Saloia, Aldeia Típica do Sobreiro ou mesmo Aldeia Típica de José Franco. Esta aldeia é uma das mais reconhecidas aldeias musealizadas do país.

      

Para contar a história desta aldeia temos de recuar até 1920, ano do nascimento do oleiro José Franco. Filho de um sapateiro e de uma vendedora de loiça porta-a-porta (e em feiras, quando o negócio estava fraco), José Franco conviveu com o ofício de oleiro desde tenra idade. O Sobreiro era, na altura, um importante centro oleiro, e habitual as gentes da terra aprenderem a manusear o barro e a fazerem disso profissão. Franco aprendeu o ofício com dois mestres oleiros locais antes de começar, aos 17 anos, a trabalhar por conta própria.
No início dos anos 60, José Franco começou a dar forma a um sonho antigo, recriar uma aldeia de carácter etnográfico, onde estivesse espelhado o modo de viver das gentes locais. Era uma forma de homenagem à sua terra.
Como dizia Fernando Pessoa - "Deus quer, o homem sonha, a obra nasce" - e desta vez não foi exceção.

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Núcleo Naval

Ecomuseu municipal do Seixal-núcleo de Arrentela
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O Núcleo Naval do Ecomuseu abriu ao público em 1984, num antigo estaleiro naval da freguesia de Arrentela, que ali funcionou até ao final da década de 70 do século XX. O edifício foi entretanto remodelado para receber uma oficina de construção artesanal de modelos de barcos do Tejo, inaugurada em 1993, e um pavilhão de exposições, alvo de uma requalificação arquitetónica e museográfica da responsabilidade do arquiteto Cândido Chuva Gomes.

           

Na oficina de barcos, artífices ocupam-se da construção e da reparação de modelos, executados à escala a partir da reprodução de planos adquiridos no Museu da Marinha ou de planos originais de embarcações do Tejo. Quem visita o Núcleo tem uma oportunidade única de contactar com os diversos barcos tradicionais que costumavam preencher o estuário do Tejo. 
No Núcleo está ainda patente a exposição Barcos - Memórias do Tejo, onde é possível ver e ouvir as imagens e os sons mais característicos da construção naval, uma forma de transmitir a memória dos antigos estaleiros do Rio Judeu, à beira do Tejo. Estão também expostos vários modelos de embarcações tradicionais, complementadas por diversos apoios audiovisuais.
Transmite a memória do lugar, exibir e interpreta o património flúvio-marítimo do estuário do Tejo e aplica e comunica as técnicas artesanais de construção de modelos de barcos para a valorização do património náutico.

Alguns dos objectos que fazem parte do espólio do ecomuseu foram oferecidos por particulares. Não são raros os casos de munícipes que se dirigem ao EMS a entregar objectos antigos que descobriram em sótãos, arrecadações ou baús antigos.


Seixal, Avenida da República - Arrentela
Terça a sexta das 09h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h00 ;Sábado e domingo das 14h30 às 18h30   (horário de Verão);Sábado e domingo das 14h00 às 17h00   (horário de Inverno).
Entrada gratuita.

domingo, 7 de outubro de 2018

Arte xávega pede respeito por quem vive do mar

A arte xávega, de Espinho à Costa da Caparica, vai sobrevivendo a muito custo resistindo como pode. Há dois anos, esta pesca artesanal feita com rede e alagem para terra não chegava às 40 embarcações.

Arte xávega pede respeito por quem vive do mar e quer bater à porta da UNESCO

A situação dos pescadores pode piorar, mas ainda há gente de olhos postos nesta arte que pede respeito por quem se faz ao mar. Almada já apresentou uma candidatura a Património Cultural Imaterial de Portugal

(Março 2016)

De frente para o abismo, a única coisa que podemos fazer é aprender a voar

Todos nós ansiamos por uma vida de felicidades, onde exista abundância e os problemas não sejam complicados. Acontece que na busca por viver essas coisas,que é próprio da natureza humana, topamos com os obstáculos, com os entraves colocados no nosso caminho através de decisões erradas, crenças estabelecidas ou por situações que fogem do nosso controle.




A vida não é perfeitinha para ninguém, embora pareça ser para alguns afortunados,
mas, mesmo esses, em algum momento toparão com um desses entraves onde a
sua capacidade de resiliência, sua determinação, seu poder de superação serão
postos à prova. E nessa hora, nem sempre terá como “pedir para sair”; é enfrentar
ou enfrentar. E é aí, diante desse abismo, que precisamos descobrir como usar as
asas que vida nos deu, porque todos nós nascemos com um par delas.
Superar os próprios limites requer uma força de vontade gigantesca, mas pode
acreditar que essa força está lá, em algum lugar dentro de nós, só aguardando a
hora de ser requisitada. Não existe uma fórmula que ensine como acionar essa
força que faz abrir as asas, isso cada um descobre a seu modo, porém existe
fatores determinantes para que essa tal força não surja. A autopiedade, o vitimismo
e o hábito de culpar os outros por suas próprias mazelas, são comportamentos que
contribuem para sufocar o poder de superação que cada um de nós possuímos.
Fazer uma retirada estratégica, recuar, dá um passo para trás a fim de tomar
impulso, são ações que podem ser consideradas inteligentes, porém entregar-se
antes mesmo de tentar essas saídas, pode significar o fim, o atrofiamento total de
suas asas, e o percurso da queda até o fim do abismo pode ser longo e doloroso.
Sabemos que a vida é cheia desses desafios, viver é isso. Admiramos as pessoas
que dão a famosa “volta por cima”, que é o item que mais atrai e enriquece as
biografias dos grandes vencedores, das pessoas que se destacaram por terem
sido bem sucedidas, apesar dos inúmeros fracassos. Porém, quando nos topamos
com os obstáculos, quando é na nossa vez de superar e enriquecer a nossa própria
biografia, resistimos em sacar das nossas asas e alçar voo sobre o mesmo
abismo que esteve no percurso deles.
Os que voaram sobre o abismo e alcançaram o lado bom foi porque não sentiram
pena de si mesmos, não atribuíram a outros as culpas e responsabilidades que
eram só suas, não acharam que se entregar fosse uma opção. Talvez nem saibam
como acionaram suas asas, mas sabem que elas surgiram quando o próximo
passo dava direto para o abismo, e sabem também que o que sustenta o voo é
uma força interior que todos nós possuímos, que é acionada pelo desejo de não se
entregar de jeito nenhum.

Como saber se vale a pena usar suas asas?

Talvez você esteja tentando sacar de suas asas para superar um abismo
imaginário, ou um obstáculo inventado por um desejo de realizar um capricho, um
preenchimento de uma lacuna que nunca pode ser completada. A vaidade
exagerada, o desejo de ostentação, as futilidades que queremos adquirir apenas
para suprir nossa ânsia de ter e de se encaixar na última moda, não valem o
esforço do voo, porque não existe um abismo real.
Claro que podemos adquirir o que o dinheiro pode nos proporcionar, desde que
evitemos as armadilhas do consumismo, porém o desgaste, o esforço para
alcançar a recompensa nesses casos, se caracterizam apenas como um
saciamento de uma vontade, algo que não é determinante para decidir o rumo da
vida de ninguém.
Quando falamos de abismo, falamos de um obstáculo que pode significar a ruína, o
atraso, a miséria ou algo até fatal na vida de uma pessoa, como as doenças
graves. Embora existam outras situações em que nos deparamos com um abismo
que é preciso superá-lo (crises de relacionamentos, desemprego, dívidas,
impedimentos de se formar, etc), o certo é que as doenças se constituem como os
piores abismos com os quais podemos nos deparar, sem querer aqui desmerecer
o esforço dos que estão tentando voar e superar obstáculos causados por outras
situações.
Portanto estejamos prontos para abrir nossas asas e batê-las num voo sobre esse
abismo. Tente, se os grandes vencedores do mundo possuíram as deles, nós
também temos as nossas.
Por J.K. Rodrigues:

sábado, 6 de outubro de 2018

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